Desconforto respiratório ao nascimento e a necessidade de CPAP nas primeiras horas do recém-nascido

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Manoella Carla de Almeida Dias Barbosa
Bianca Jorge Sequeira

Resumo

Objetivo: Estabelecer os fatores do neonato associados com sucesso e falha da utilização do Continuous Positive Airway Pressure (CPAP) na sala de parto, em neonatos com desconforto respiratório nas primeiras horas de vida. Métodos: Pesquisa documental, transversal, observacional e descritiva de caráter quantitativo. Como critérios de inclusão, recém-nascidos (Rns) com idade gestacional (IG) ≥ 34 semanas com desconforto respiratório ao nascimento, aumento do trabalho respiratório e necessidade de oxigenioterapia na sala de parto. Resultados: A média de IG foi de 38 semanas, o peso médio ao nascimento (PN) foi de 3,1 kg e o tempo médio de utilização de pressão positiva contínua nas vias aéreas (T-CPAP) foi de 121,4 min. As patologias prevalentes foram: síndrome do desconforto respiratório (61,4%), síndrome da aspiração meconial (19%), asfixia (11,1%) e taquipnéia transitória do recém-nascido. Resultados mostram que o aumento da idade gestacional aumentou a probabilidade de sucesso em 1,4 vezes em relação à probabilidade de necessidade de UTI. Já o peso ao nascimento e o T-CPAP não foram fatores que contribuíram com a probabilidade de sucesso ou de necessidade de UTI. Conclusão: O CPAP neonatal foi bem estabelecido com uma taxa de sucesso de 85,6%, sendo duas horas desses dispositivos na sala de parto, tempo importante para promover o reestabelecimento da condição respiratória de forma precoce e evitar internação na UTI.

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Como Citar
BarbosaM. C. de A. D., & SequeiraB. J. (2024). Desconforto respiratório ao nascimento e a necessidade de CPAP nas primeiras horas do recém-nascido. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(1), e14690. https://doi.org/10.25248/reas.e14690.2024
Seção
Artigos Originais

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