Desprescrição de medicamentos: uma revisão sobre a melhora na qualidade de vida dos pacientes
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Resumo
Objetivo: Avaliar o fenômeno da utilização de medicamentos em idosos, em uma perspectiva de identificar o possível efeito cascata das drogas terapêuticas nesta população e as suas reações adversas. Revisão bibliográfica: No Brasil, estima-se cerca de 80% dos idosos façam uso de ao menos um tipo de medicamento. Além disso, observa-se, com frequência, a utilização de mais de uma droga terapêutica, e muitas vezes, de forma indiscriminada. Doenças como hipertensão arterial, diabetes e distúrbios respiratórios, deflagram como condições patológicas mais prevalentes e motivadoras para polifarmácia em idosos, na qual, a classe dos anti-hipertensivos, seguida por hipoglicemiantes orais e de antiagregantes plaquetários, foram as drogas de maior presença no cotidiano da população idosa. Nessa perspectiva de polifarmácia, ou com o uso de medicações potencialmente inadequadas, a desprescrição surge como processo de retirada de um medicamento inadequado, supervisionado por um profissional da saúde, com a finalidade de reduzir efeitos adversos medicamentosos e melhorar os resultados terapêuticos dos pacientes. Considerações finais: Dessa forma, como mais de 90% dos pacientes idosos são receptivos à descontinuação de medicamentos desnecessários quando recomendados pelos profissionais da saúde, a desprescrição em um contexto de cuidados primários pode se tornar mais fácil para os médicos envolverem pacientes e familiares.
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