Violência obstétrica: percepções de mulheres sobre a assistência ao parto

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Marciana de Sousa Chaves
Maria Zilná Arrais Daniel Mendes
Eryjosy Marculino Guerreiro Barbosa
Rhanna Kessya Maia Façanha
Cleane Chaves Maia
Priscila França de Araújo

Resumo

Objetivo: Compreender a percepção das gestantes de um município do interior do Ceará sobre a violência obstétrica. Métodos: O estudo foi realizado com gestantes, a partir de 18 anos de idade, atendidas em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), localizada em uma área de vulnerabilidade social. Utilizou-se abordagem qualitativa, do tipo exploratória e descritiva, com aplicação de entrevista semiestruturada. Os dados obtidos foram interpretados por meio do método da análise categorial temática. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Constatou-se que as gestantes vivenciaram situações de violação de direitos, mas não conseguiram reconhecê-las como violência obstétrica. Também foi identificada a naturalização de práticas que geram dores físicas e emocionais nas mulheres, bem como o desconhecimento das gestantes sobre seus direitos sexuais e reprodutivos. Conclusão: O estudo indica a necessidade da criação de estratégias para humanização da assistência ao parto, bem como a implementação de ações que visem disseminar o conhecimento sobre direitos reprodutivos, proporcionando mudanças culturais nas práticas assistenciais.

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Como Citar
ChavesM. de S., MendesM. Z. A. D., BarbosaE. M. G., FaçanhaR. K. M., MaiaC. C., & AraújoP. F. de. (2024). Violência obstétrica: percepções de mulheres sobre a assistência ao parto. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(2), e14808. https://doi.org/10.25248/reas.e14808.2024
Seção
Artigos Originais

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