Violência obstétrica: percepções de mulheres sobre a assistência ao parto
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Resumo
Objetivo: Compreender a percepção das gestantes de um município do interior do Ceará sobre a violência obstétrica. Métodos: O estudo foi realizado com gestantes, a partir de 18 anos de idade, atendidas em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), localizada em uma área de vulnerabilidade social. Utilizou-se abordagem qualitativa, do tipo exploratória e descritiva, com aplicação de entrevista semiestruturada. Os dados obtidos foram interpretados por meio do método da análise categorial temática. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Constatou-se que as gestantes vivenciaram situações de violação de direitos, mas não conseguiram reconhecê-las como violência obstétrica. Também foi identificada a naturalização de práticas que geram dores físicas e emocionais nas mulheres, bem como o desconhecimento das gestantes sobre seus direitos sexuais e reprodutivos. Conclusão: O estudo indica a necessidade da criação de estratégias para humanização da assistência ao parto, bem como a implementação de ações que visem disseminar o conhecimento sobre direitos reprodutivos, proporcionando mudanças culturais nas práticas assistenciais.
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