Análise do perfil epidemiológico de casos de recidiva de tuberculose no estado do Pará

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Emilly Gabriele Ribeiro Dias
Emmily Oliveira Amador
Jaqueline de Moura Ferreira
Michelle Vitória Pinheiro Rodrigues
Pâmela do Socorro Fonseca da Silva
João Vitor Tavares Pamplona
Claudio Joaquim Borba-Pinheiro
Joyce Karen Lima Vale
Arnaldo Jorge Martins Filho

Resumo

Objetivo: Descrever o perfil Sociodemográfico, diagnóstico, as formas, agravos associados e desfecho dos casos de Tuberculose (TB) recidiva no estado do Pará na Amazônia Brasileira. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico, descritivo, transversal e retrospectivo realizado a partir de registros de notificações de casos de recidiva de TB provenientes do SINAN, no período de 2010 a 2021 no estado do Pará, usando a análise do Qui-quadrado. O estudo avaliou as variáveis ​​sociodemográficas, clínicas, doenças associadas e métodos diagnósticos Resultados: No Pará, houve 2.990 casos de recidiva de TB, principalmente em homens de 31 a 45 anos, com TB pulmonar predominante (92%) e comorbidades como AIDS (11%) e alcoolismo (14%). Os diagnósticos mostraram 64% de positividade na baciloscopia, 16,76% na cultura de escarro e 59% de suspeitas em radiografias. Encerramento dos casos: 63,67% curados, 12,79% abandonaram, 2,11% faleceram por TB e 4,29% por outras causas, além de resistência a medicamentos (4,57%). Esses dados destacam a complexidade da TB no Pará, requerendo atenção urgente na saúde pública. Conclusão: A pesquisa revelou altas taxas de recidiva de tuberculose em homens e na forma pulmonar, destacando falhas nos registros, acesso e adesão ao tratamento, evidenciando a necessidade urgente de melhorar a vigilância e cuidados.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
DiasE. G. R., AmadorE. O., FerreiraJ. de M., RodriguesM. V. P., SilvaP. do S. F. da, PamplonaJ. V. T., Borba-PinheiroC. J., ValeJ. K. L., & Martins FilhoA. J. (2024). Análise do perfil epidemiológico de casos de recidiva de tuberculose no estado do Pará. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(1), e14846. https://doi.org/10.25248/reas.e14846.2024
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ALMEIDA MR e HUBIE APS. Comparação dos fatores de risco associados à tuberculose entre as macrorregiões do paraná, no período de 2012 a 2022. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 9(8):1725–1736, 2023.

2. ARAÚJO MPS, et al. Aplicativo SARA para tratamento de pessoas com tuberculose: estudo metodológico. Acta Paulista de Enfermagem, 2023; 36.

3. BRASIL MS. SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). Tuberculose- Notificações Registradas: banco de dados, 2022. Disponível em: https://portalsinan.saude.gov.br/. Acessado em: 15 de novembro de 2023.

4. BRASIL MS. Fundação Nacional de Saúde. Plano Nacional de Controle da Tuberculose. Brasília: Ministério da Saúde; 1999. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0106pnct1.pdf. Acessado em: 15 de novembro de 2023.

5. BRASIL MS. Biblioteca Virtual em Saúde. Tuberculose. Brasília: Ed. Ministério da Saúde, 2019. Disponível em: http://antigo.aids.gov.br/pt-br/pub/2019/manual-de-recomendacoes-para-o-controle-da-tuberculose-no-brasil. Acesso em: 15 de novembro de 2023.

6. BRASIL MS. Secretaria de Vigilância em Saúde. Tuberculose: Boletim Epidemiológico Especial. Brasília: Ministério da Saúde; 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2022/boletim-epidemiologico-de-tuberculose-numero-especial-marco-2022.pdf. Acessado em: 15 de novembro de 2023.

7. CARDOSO RF, et al. Aspectos clínicos e epidemiológicos da tuberculose no estado do Amapá. Revista Brasileira de Revisão de Saúde, 2023; 6(3): 12689–12703.

8. CORDOVIL ABC, et al. Subnotificação da tuberculose nos serviços de saúde: revisão integrativa. Biológicas & Saúde, 2022; 12(41): 1-13.

9. CUNHA JPA, et al. Magnitude dos casos de tuberculose notificados em um município: perfil epidemiológico e fatores de risco, uma descrição temporal. Medicina (Ribeirão Preto), 2022; 55(2): e-191143.

10. DA SILVA JÚNIOR FS, et al. Perfil dos casos notificados de Tuberculose no município de Teresina-PI nos anos de 2012-2021. Brazilian Journal of Health Review, 2023; 6(3): 9681–9696.

11. DE OLIVEIRA PPC, et al. Perfil epidemiológico da tuberculose no município de Patos - Paraíba. RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar, 2022; 3(11): e3112275.

12. FERREIRA MRL, et al. Social determinants of health and unfavourable outcome of tuberculosis treatment in the prison system. Ciência & Saúde Coletiva, 2022; 27: 4451-4459.

13. FREIRE MM, et al. Fatores de risco para desfechos desfavoráveis do tratamento em pacientes com tuberculose resistente a medicamentos internados em um hospital terciário de referência no estado do Rio de Janeiro. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, 2022; 15: e529111537419.

14. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo brasileiro de 2022. Rio de janeiro, 2022. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/22827-censo-demografico-2022.html. Acessado em: 15 de novembro de 2023.

15. LIMA IB, et al. Spatial patterns of multidrug-resistant tuberculosis: correlation with sociodemographic variables and type of notification. Revista Brasileira de Enfermagem, 2020; 73.

16. LIMA LV, et al. Distribution of tuberculosis cases in the state of Paraná: an ecological study, Brazil, 2018-2021. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2023; 32: e2022586.

17. MAIA BNB, et al. Perfil epidemiológico da tuberculose no município de Barreiras (BA), no período de 2008 a 2018. Revista Baiana de Saúde Pública, 2022; 46: 3.

18. MITANO F, et al. Barreiras na detecção e notificação dos casos da tuberculose: uma análise discursiva. Revista Brasileira de Enfermagem, 2018; 71: 523-530.
19. NARDELL EA. Manual MSD Versão para Profissionais da Saúde, 2022. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional. Acessado em: 15 de novembro de 2023.

20. OLIVEIRA TMP, et al. Assistência ao paciente com Tuberculose na Atenção primária à saúde: Uma Revisão Integrativa. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, 2023; 27(7): 3247–3263.

21. OLIVEIRA, RCC, et al. Discursos de gestores sobre a política do tratamento diretamente observado para tuberculose. Revista Brasileira de Enfermagem, 2015; 68(6): 1069–1077.

22. PEETLUK LS, et al. Revisão sistemática de modelos de predição de desfechos do tratamento da tuberculose pulmonar em adultos. BMJ Open, 2021; 11: e044687.

23. PICON PD, et al. Fatores de risco para a recidiva da tuberculose. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 2007; 33: 572-578.

24. SANTANA MVM. Incidência de tuberculose no estado de Sergipe entre 2017 e 2022: Um estudo epidemiológico. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, 2023; 8: e5612842830.

25. SILVA JLR da, et al. Aspectos relacionados à eficácia do tratamento da tuberculose: revisão sistemática: Aspects related to the effectiveness of tuberculosis treatment: a systematic review. Brazilian Journal of Health Review, 2022; 5(6): 25221–25237.

26. SILVA QCG da, et al. Perfil dos portadores de Tuberculose no interior de Minas Gerais. Europub Journal of Health Research, 2022; 3(4): 130–136.

27. SILVA ANC e ROSS JR. Tratamento diretamente observado na tuberculose: imergindo em publicações científicas. J Manag Prim Health Care, 2020.

28. SKALINSKI LM, et al. Dificuldades, caminhos e potencialidades da descentralização do atendimento à tuberculose. Journal of Health and Biological Sciences, 2020; 8(1).

29. TRAESEL GS, et al. Perfil epidemiológico dos pacientes com Tuberculose no município de Santarém – Pará nos anos de 2010 a 2014: Epidemiological profile of patients with Tuberculosis in the municipality of Santarém - Pará from 2010 to 2014. Brazilian Journal of Development, 2022; 8(9): 63196–63202.

30. ZUCHONELLI, TS, et al. Epidemiological profile of patients who stopped the treatment of tuberculosis in the period from 2007 to 2017 under the supervision of the regional health management of teófilo otoni. Revista Saúde Dos Vales, 2019; 1(1): 283-300.