Gastos do Sistema Único de Saúde e do Regime Geral de Previdência Social com o acidente vascular cerebral: Brasil, 2020

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Marcio Fernandes dos Reis
Alfredo Chaoubah

Resumo

Objetivo: Identificar e descrever os gastos com procedimentos hospitalares e ambulatoriais do Sistema Único de Saúde e com benefícios previdenciários do Regime Geral de Previdência Social, devido ao AVC no Brasil, 2020. Métodos: Pesquisa transversal e descritiva, de coleta e análise de dados secundários do Sistema de Informação Ambulatorial e Hospitalar do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde e da Base de Dados Históricos da Previdência Social. Os dados foram tabulados e descritos pela quantidade de procedimentos hospitalares e ambulatoriais e benefícios previdenciários e seus gastos. Resultados: Os gastos do sistema público com AVC foram de 416 milhões de reais, 77% hospitalar, 20% previdenciário e 3% ambulatorial, com predomínio para o sexo masculino. O tratamento clínico do paciente internado (94%) e o diagnóstico por imagem (57%) originaram os maiores gastos hospitalares e ambulatoriais respectivamente e a aposentadoria por invalidez (85%), os maiores gastos previdenciários. Conclusão: Os gastos hospitalares do AVC foram maiores devido aos procedimentos de alta complexidade, seguido dos gastos previdenciários e ambulatoriais, e, medidas de combate aos fatores de risco e a implementação de um banco de dados unificado seriam fundamentais para redução dos gastos do sistema público com AVC no Brasil.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
ReisM. F. dos, & ChaoubahA. (2024). Gastos do Sistema Único de Saúde e do Regime Geral de Previdência Social com o acidente vascular cerebral: Brasil, 2020. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(2), e14884. https://doi.org/10.25248/reas.e14884.2024
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ABREU FG, et al. Stroke at baseline of the Brazilian Longitudinal Study ofAdult Health (ELSA-Brasil): a cross-sectional analysis. São Paulo Med J., 2018; 136(5): 398-406.

2. ALAKBARZADE V, PEREIRA AC. Cerebral catheter angiography and its complications. Pract Neurol, 2018; 18(5): 393-398.

3. ALMEIDA HG, et al. Trends in corneal transplantation from 2001 to 2016 in Brazil. Arq Bras Oftalmol., 2018; 81(6): 529-538.

4. AMERICAN STROKE ASSOCIATION. About Stroke. 2021. Disponível em: https://www.stroke.org/en/about-stroke. Acessado em: 23 de julho de 2021.

5. BANEFELT J, et al. Work productivity loss and indirect costs associated with new cardiovascular events in high-risk patients with hyperlipidemia: estimates from population-based register data in Sweden. Eur J Health Econ., 2016; 17(9): 1117-1124.

6. BÉJOT Y, et al. Epidemiology of stroke in Europe and trends for the 21st century. La Presse Médicale, 2016; 45(12): e391-e398.

7. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acessado em: 20 de novembro de 2020.

8. BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS. SIASUS. SIHSUS. SIM. 2021a. Disponível em: https://datasus.saude.gov.br/transferencia-de-arquivos/. Acessado em: 16 de março de 2021.

9. BRASIL. Ministério da Saúde. Glossário Temático: Economia da Saúde. Brasília: Editora MS, 2013; 3: 94.

10. BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Auxílios. 2019. Disponível em: https://www.gov.br/inss/pt-br/saiba-mais/auxilios. Acessado em: 7 de setembro de 2019.

11. BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. Secretaria de Previdência. Informações: Benefícios por Incapacidade Ativos Urbanos por CID. 2021b. Disponível em: http://www3.dataprev.gov.br/infologo/GATV/ATIV08/ATIV08.php. Acessado em: 17 de agosto de 2021.

12. CAMACHO S, et al. How much for a broken heart? Costs of cardiovascular disease in Colombia using a person-based approach. PLoS ONE, 2018; 13(12): e0208513.

13. CARLOS MJ, et al. Hospitalization of the aged due to stroke: An ecological perspective. PLoS ONE, 2019; 14(8): e0220833.

14. FERNANDES TG, et al. Seguimento de pessoas acometidas por doenças cerebrovasculares em um hospital regional amazônico: uma metodologia do WHO STEPS Stroke. Acta Fisiatr., 2020; 27(4): 206-212.

15. GIROTRA T, et al. A contemporary and comprehensive analysis of the costs of stroke in the United States. Journal of the Neurological Sciences, 2020; 410: 116643.

16. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Percepção do Estado de Saúde, Estilos de Vida e Doenças Crônicas: Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação. Rio de Janeiro: IBGE, 2014; 2: 25.

17. KING D, et al. The future incidence, prevalence and costs of stroke in the UK. Age and Ageing, 2020; 49: 277–282.

18. KORB PJ, JONES W. Coding in Stroke and Other Cerebrovascular Diseases. Continuum (Minneap Minn), 2017; 23(1): e1–e11.

19. KOTSEVA K, et al. Patient and caregiver productivity loss and indirect costs associated with cardiovascular events in Europe European Journal of Preventive Cardiology, 2019; 26(11): 1150–1157.

20. LEKANDER I, et al. Relationship between functional disability and costs one and two years post stroke. PLoS ONE, 2017; 12(4): e0174861.

21. LIEBEL G, et al. O diagnóstico por imagem no Brasil: um sistema, muitas realidades. J Bras Econ Saúde, 2018; 10(3): 291-297.

22. LIU J, et al. Global burden of cardiovascular diseases attributable to hypertension in young adults from 1990 to 2019. Journal of Hypertension, 2021; 39(12): 2488–2496.

23. MARTINS SCO, et al. Priorities to reduce the burden of stroke in Latin American countries. Lancet Neurol, 2019; 18(7): 674-683.

24. MUKUNDAN G, SEIDENWURM DJ. Economic and Societal Aspects of Stroke Management. Neuroimag Clin N Am, 2018; 28: 683-689.

25. MURRAY CJL, et al. Global burden of 369 diseases and injuries in 204 countries and territories, 1990-2019: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2019. Lancet, 2020; 396(10258): 1204-1222.

26. NAKIRI GS, et al. Experience on Mechanical Thrombectomy for Acute Stroke Treatment in a Brazilian University Hospital. Journal of Stroke and Cerebrovascular Diseases, 2017; 26(3): 532-537.

27. NILSON EAF, et al. Modelling the effect of compliance with WHO salt recommendations on cardiovascular disease mortality and costs in Brazil. PLoS ONE, 2020; 15(7): e0235514.

28. PERSSON J, et al. Economic burden of stroke in a large county in Sweden. BMC Health Serv Res, 2012; 12: 341.

29. REIS MF, et al. Análise do gasto ambulatorial do acidente vascular cerebral na perspectiva do sistema público. J Bras Econ Saúde, 2018; 10(3): 219-225.

30. ROCHMAH TN, et al. Economic Burden of Stroke Disease: A Systematic Review. Int. J. Environ. Res. Public Health, 2021; 18: 7552.

31. ROLIM CLRC, MARTINS M. O uso de tomografia computadorizada nas internações por Acidente Vascular Cerebral no Sistema Único de Saúde no Brasil. Rev Bras Epidemiol, 2012; 15(1): 179-187.

32. SAFANELLI J, et al. The cost of stroke in a public hospital in Brazil: a one-year prospective study. Arq Neuropsiquiatr, 2019; 77(6): 404-411.

33. SOUZA JÚNIOR EV, et al. Renal transplantation: epidemiology and hospital public spending. J Nurs UFPE, 2019; 13(4): 1046-1051.

34. TSAO CW, et al. Heart Disease and Stroke Statistics—2022 Update: A Report From the American Heart Association. Circulation, 2022; 145: e153-e639.

35. TUPPIN P, et al. Prevalence and economic burden of cardiovascular diseases in France in 2013 according to the national health insurance scheme database. Archives of Cardiovascular Disease, 2016; 109(6-7): 399-411.

36. VESTERGAARD SV, et al. Occurrence, mortality and cost of brain disorders in Denmark: a population-based cohort study. BMJ Open, 2020; 10(11): e037564.

37. VIEIRA LGDR, et al. The cost of stroke in private hospitals in Brazil: a one-year prospective study. Arq Neuropsiquiatr, 2019; 77(6): 393-403.

38. WAFA HÁ, et al. Burden of Stroke in Europe: Thirty-Year Projections of Incidence, Prevalence, Deaths, and Disability-Adjusted Life Years. Stroke, 2020; 51(8): 2418–2427.

39. ZIXIAO L, et al. China’s response to the rising stroke burden. BMJ, 2019; 364: 1879.