Perfil epidemiológico da toxoplasmose humana no estado do Pará no período de 2010 a 2017: um estudo retrospectivo

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Isabela de Souza Parry
Louysse Helene Monteiro
Rafael Souza Freitas
Mariana de Oliveira Melo
Katarine de Souza Rocha
Andrey Carlos do Sacramento de Oliveira
Andréia Ferreira da Silva
Carla Cristina de Guimarães Moraes

Resumo

Objetivo: Investigar o perfil epidemiológico dos pacientes nas 13 Regiões de Saúde confirmados com toxoplasmose no estado do Pará no período de 2010 a 2017 Métodos: Por meio de estudo retrospectivo descritivo utilizando o software estatístico BioEstat 5.3., aplicou-se o Teste Qui-Quadrado e foi estipulado um Intervalo de Confiança (IC) de 95%. Resultados: Identificou-se que a média de incidência variou de 0 a 6,67 casos/100.000 habitantes nas 13 Regiões de Saúde. Sendo obtido 9,92% (166/1.674) de casos confirmados, destacando-se a maior frequência para o grupo do sexo feminino (71,69% n=119), com faixa etária mais frequente era de 20 a 29 anos (31,93% n=53), da raça parda (82,53% n=137), escolaridade até o ensino médio completo (39,58% n=522) e residentes nas áreas urbanas (71,69% n=119). Dentre o grupo de mulheres, verificou-se que das 119 mulheres diagnosticadas com toxoplasmose, 46,22% (55/119) estavam grávidas, no segundo trimestre gestacional 58,18% (32/55), e foram confirmados 13,86% (23/166) de casos de toxoplasmose congênita. O ano de 2013 foi o que apresentou a maior porcentagem de casos confirmados da doença 48,19% (80/166). Conclusão: Conclui-se baixa prevalência de notificação de toxoplasmose no estado do Pará, em um período de oito anos nos 13 Regiões de Saúde.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
ParryI. de S., MonteiroL. H., FreitasR. S., MeloM. de O., RochaK. de S., OliveiraA. C. do S. de, SilvaA. F. da, & MoraesC. C. de G. (2024). Perfil epidemiológico da toxoplasmose humana no estado do Pará no período de 2010 a 2017: um estudo retrospectivo. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(2), e14956. https://doi.org/10.25248/reas.e14956.2024
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ALVES JAG, et al. Achados clínicos e sorológicos de crianças acompanhadas por risco de toxoplasmose congênita. Rev Med UFC, 2021; 61(1): 1-5.

2. AMENDOEIRA MRR e COURA LF. Uma breve revisão sobre toxoplasmose na gestação. Scientia Medica (Porto Alegre), 2010; 20(1): 113-119.

3. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/web_sus20anos/20anossus/legislacao/constituicaofederal.pdf. Acessado em: 25 de Agosto de 2022.

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 204, de 17 de fevereiro de 2016. Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, 2016; 204.

5. BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Humanização do Parto: humanização do pré-natal e Nascimento, 2002; 28.

6. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde, 2006; 8: 444.

7. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. Brasília: Ministério da Saúde, 2009; 7.

8. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Sistema de Informação de Agravos de Notificação–Sinan: normas e rotinas / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006; 2.

9. CARVALHO AM, et al. Soroprevalência de Toxoplasmose Humana na Cidade de Teresina no Período de 2010 a 2014. Saúde e Pesquisa, 2015; 8(3): 517-524.

10. DEMAR M, et al. Acute toxoplasmoses in immunocompetent patients hospitalized in an intensive care unit in French Guiana. Clinical Microbiology and Infection, 2012; 18(7): E221-E231.

11. DIAS RCF, et al. Factors associated to infection by Toxoplasma gondii in pregnant women attended in basic health units in the city of Rolândia, Paraná, Brazil. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 2011; 53: 185-191.

12. DUNN D, et al. Mother-to-child transmission of toxoplasmosis: risk estimates for clinical counselling. The Lancet, 1999; 353(9167): 1829-1833.

13. DUBEY JP, et al. Toxoplasmosis in humans and animals in Brazil: high prevalence, high burden of disease, and epidemiology. Parasitology, 2012; 139(11): 1375-1424.

14. DUBEY JP, et al. Toxoplasma gondii infections in horses, donkeys, and other equids: The last decade. Research in veterinary science, 2020; 132: 492-499.

15. DUBEY, J.P. Toxoplasmosis of Animals and Humans. Boca Raton, Florida, 2010; 2: 313.

16. FOSCHIERA AIC, et al. Prevalência da toxoplasmose em pacientes atendidos no laboratório central de saúde pública de Porto Velho-RO. Saber Científico, 2021; 2(1): 92-103.

17. GARCIA JL, et al. Soroprevalência, epidemiologia e avaliação ocular da toxoplasmose humana na zona rural de Jaguapitã (Paraná), Brasil. Revista Panamericana de Salud Pública, 1999; 6: 157-163.

18. GILBERT R. Treatment for congenital toxoplasmosis: finding out what works. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 2009; 104(2): 305-311.

19. KIJLSTRA A e JONGERT E. Control of the risk of human toxoplasmosis transmitted by meat. International journal for parasitology, 2008; 38(12): 1359-1370.

20. LOPES LM, et al. Ocorrência de anticorpos contra Toxoplasma gondii e Neospora caninum em suínos no estado do Pará, Brasil. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, 2021; 30(1).

21. MAIA LP, et al. Soroprevalência de toxoplasmose na região do pontal do Triângulo Mineiro, Minas Gerais, Brasil. Revista de Patologia Tropical/Journal of Tropical Pathology, 2012; 41(4).

22. MARZOLA PER, et al. Perfil epidemiológico da toxoplasmose congênita no estado de Santa Catarina. Evidência, 2021; 21(2): 85-94.

23. MORAIS RDAPB, et al. Surto de toxoplasmose aguda no Município de Ponta de Pedras, Arquipélago do Marajó, Estado do Pará, Brasil: características clínicas, laboratoriais e epidemiológicas. Revista Pan-Amazônica de Saúde, 2016; 7(Esp): 10-10.

24. MOREIRA TR, et al. Prevalence of antibodies against Toxoplasma gondii and Neospora spp. in equids of Western Pará, Brazil. Acta tropica, 2019; 189: 39-45.

25. MOURA DS, et al. Toxoplasmose gestacional: perfil epidemiológico e conhecimentos das gestantes atendidas na unidade básica de saúde de um município alagoano/Toxoplasmosis in pregnancy: Epidemiological profile and knowledge of pregnant women assisted in basic units of an Alagoan municipality. Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, 2018; 69-76.

26. PARÁ. Decreto nº 2.475, de 10 de setembro de 2010. Dispõe sobre a implementação do Programa Estadual de Qualidade do Açaí, e dá outras providências. Pará: Assembleia Legislativa do Pará. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=147931. Acesso em 08 de Agosto de 2022.

27. PAZ GS, et al. Infecção por Toxoplasma gondii, Neospora caninum, Leishmania major e Trypanosoma cruzi em cães do estado do Pará. Ciência Animal Brasileira, 2019; 20: 1-10.

28. PORTO AM, et al. Serologic profile of toxoplasmosis in pregnant women attended at a teaching-hospital in Recife. Revista da Associacao Medica Brasileira (1992), 2008; 54(3): 242-248.

29. RADIN J, et al. Toxoplasma gondii: IgG E IgM em pacientes oncológicos na região sul do Rio Grande do Sul, Brasil. Revista de Patologia Tropical/Journal of Tropical Pathology, 2015; 44(3): 271-281.

30. ROCHA KDS, et al. Serological prevalence of Toxoplasma gondii infection in cats (Belém, Pará, Brazil). Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, 2020; 29.

31. SANDRIN LDNA, et al. Perfil epidemiológico de toxoplasmose em gestantes. Rev Bras Clin Med, 2012; 10(6): 486-489.

32. SARTORI AL, et al Triagem pré-natal para toxoplasmose e fatores associados à soropositividade de gestantes em Goiânia, Goiás. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2011; 33: 93-98.

33. SILVA CC, et al. Soroprevalência e pesquisa de oocistos de Toxoplasma gondii em felídeos selvagens procedentes do estado do Pará, Brasil. Veterinária e Zootecnia, 2016; 23(3): 400-408.

34. SILVEIRA RP e PINHEIRO R. Entendendo a necessidade de médicos no interior da Amazônia-Brasil. Revista Brasileira de Educação Médica, 2014; 38(4): 451-459.

35. VAZ R, et al. Toxoplasmose congênita: uma doença negligenciada? atual política de saúde pública brasileira. Field Actions Science Reports. The journal of field actions, 2011; 3.

36. ZHAO XY e EWALD SE. The molecular biology and immune control of chronic Toxoplasma gondii infection. The Journal of clinical investigation, 2020; 130(7): 3370-3380.