Perfil epidemiológico do transtorno mental relacionado ao trabalho no estado de Minas Gerais nos anos de 2013 a 2022
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de transtorno mental relacionado ao trabalho (TMRT) no estado de Minas Gerais entre os anos de 2013 a 2022. Métodos: O presente estudo é transversal, retrospectivo e observacional e foi feito através da análise dos dados que integram o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizado pelo Ministério da Saúde, por meio do sistema TABNET. Resultados: Foram obtidos 2880 trabalhadores, notificados com TMRT, que eram em sua maioria mulheres (62,63%), cuja cor mais prevalente era branca (41%), cursaram até o Ensino médio (33,05%) e a faixa etária predominou dos 30 aos 49 anos de idade (63,64%). Um percentual importante apresentou incapacidade temporária (59,54%) e menos da metade dos trabalhadores foi afastada do trabalho (48,12%). Conclusão: Conclui-se que o estado de Minas Gerais apresentou um aumento de TMRT durante o período estudado, principalmente entre os anos de 2021 a 2022. O perfil epidemiológico identificou maior acometimento do sexo feminino, cor branca, que cursou o Ensino Médio e cuja idade predominou dos 30 aos 49 anos de idade.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1339, 19 de novembro de 1999. Institui a lista de doenças relacionadas ao trabalho, a ser adotada como referência dos agravos originados no processo de trabalho no Sistema Único de Saúde, para uso clínico e epidemiológico. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF), 1999. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1999/prt1339_18_11_1999.html. Acessado em: 30 de julho de 2023.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 777, 28 de abril de 2004. Dispõe sobre os procedimentos técnicos para a notificação compulsória de agravos à Saúde do Trabalhador em rede de serviços sentinela específica, no Sistema Único de Saúde – SUS. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF), 2004. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2004/prt0777_28_04_2004.html. Acessado em: 30 de julho de 2023.
4. BRASIL. Ministério da Saúde. Informação sobre Transtorno Mental Relacionado ao Trabalho, que consta no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Ficha de investigação. Disponível em: https://portalsinan.saude.gov.br/images/DRT/DRT_TranstornosMentais.pdf. Acessado em: 29 de julho de 2023.
5. BRASIL. Ministério da Saúde. A Epidemiologia da saúde do trabalhador no Brasil [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Universidade Federal da Bahia. Brasília, 2020. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/epidemiologia_saude_trabalhador_brasil.pdf. Acessado em: 13 de janeiro de 2023.
6. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1823, 23 de agosto de 2012. Institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF). 2012. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt1823_23_08_2012.html. Acessado em: 02 de setembro de 2023.
7. BRASIL. Ministério da Saúde. PISAT. Programa Integrado em Saúde Ambiental e do Trabalhador. Boletim Epidemiológico: Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho no Brasil, 2006-2017. Centro Colaborador da Vigilância dos Agravos à Saúde do Trabalhador. 13º ed. 2019. Disponível em: https://renastonline.ensp.fiocruz.br/sites/default/files/arquivos/recursos/ccvisat_bol_transtmentais_final_0.pdf. Acessado em 04 de setembro de 2023.
8. BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças relacionados ao trabalho: Manual de procedimentos para os serviços de saúde. Brasília, 2001. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_trabalho_manual_procedimentos.pdf. Acessado em: 16 de setembro de 2023.
9. BRASIL. 1º Boletim Quadrimestral sobre Benefícios por Incapacidade. Adoecimento Mental e Trabalho. A concessão de benefícios por incapacidade relacionados a transtornos mentais e comportamentais entre 2012 e 2016. Ministério do Trabalho. 2017. Disponível em: https://sa.previdencia.gov.br/site/2017/04/1%C2%BA-boletim-quadrimestral.pdf. Acessado em: 16 de setembro de 2023.
10. CARDOSO MCB e ARAÚJO TM. Atenção aos transtornos mentais relacionados ao trabalho nas regiões do Brasil. Psicologia & Sociedade, 2018; 30:e163746.
11. COLEDAM DHC, et al. Prevalência de transtornos mentais comuns em trabalhadores brasileiros: revisão sistemática e meta-análise. Ciência & Saúde Coletiva, 2022; 27(2):579-591.
12. CORDEIRO TMSC, et al. Notificações de transtornos mentais relacionados ao trabalho entre trabalhadores na Bahia: estudo descritivo, 2007-2012. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 2016; 25(2):363-372.
13. COVID-19 MENTAL DISORDERS COLLABORATORS. Estimating the global prevalence and burden of depressive and anxiety disorders in 2020 due to the COVID-19 pandemic. The Lancet, 2021; 10.016/S0140-6736(21)02143-7.
14. FARSEN TC, et al. Qualidade de vida, bem-estar e felicidade no trabalho: sinônimos ou conceitos que se diferenciam? Interação Psicol. 2018; 22(1):31-41.
15. FREITAS PP, et al. Saúde e trabalho no Brasil: demandas físicas e psicossociais. Cad. Saúde Pública. 2021; 37(9).
16. GLINA DMR, et al. Saúde mental e trabalho: uma reflexão sobre o nexo com o trabalho e o diagnóstico, com base na prática. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2001; 17(3):607-616.
17. HARVEY SB, et al. Can work make you mentally ill? A sistematic meta-review of work-related risk factors for common mental health problems. Occup Environ Med. 2017; 74(4):301-310.
18. HIRSCHLE ALT e GONDIM SMG. Estresse e bem-estar no trabalho: uma revisão de literatura. Ciência & Saúde Coletiva, 2020; 25(7):2721-2736.
19. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho. Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 2022. Disponível em: https://smartlabbr.org/sst/localidade/0?dimensao=perfilCasosAfastamentos. Acessado em: 05 de setembro de 2023.
20. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua de 2022. Rio de Janeiro: IBGE, 2022. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv102004_informativo.pdf. Acessado em: 28 de agosto de 2023. (confirmar se entra como manual)
21. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo Brasileiro de 2022. Rio de Janeiro: IBGE, 2022.
22. LIMA SO. Impactos no comportamento e na saúde mental de grupos vulneráveis em época de enfrentamento da infecção COVID-19: revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2020: 46: e4006.
23. LOMBARDI MR e CAMPOS VP. A Enfermagem no Brasil e os contornos de gênero, raça/cor e classe social na formação do campo profissional. Revista da ABET, 2018;17:1.
24. MERLO ARC. O trabalho e a saúde mental no Brasil: caminhos para novos conhecimentos e novos instrumentos de intervenção. In: Minayo-Gomez C, Machado JMH, Pena PGL. Saúde do trabalhador na sociedade brasileira contemporânea. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2011; 17:369-384.
25. OMS. World mental health report. 2022. Disponível em https://apps.who.int/iris/rest/bitstreams/1433523/retrieve. Acessado em: 24 de agosto de 2023.
26. PINTOR, EAS. Sofrimento mental em vendedores na Grande São Paulo: a destituição do ser pela organização do trabalho. Rev. Bras. Saúde Ocup., São Paulo, 2010; 35(122): 277-288.
27. PIQUERO AR, et al. Domestic violence during the COVID-19 pandemic – evidence from a sistematic review and meta analysis. J Crim Justice. 2021; 74:101806.
28. POCHMANN M. Tendências estruturais do mundo do trabalho. Revista Ciência & Saúde Coletiva, 2020; 25(1):89-99.
29. REIS CD, et al. Situações estressoras e estratégias de enfrentamento adotadas por enfermeiras líderes. Acta Paul Enferm. 2020; 33:1-7.
30. SANTOS GBV, et al. Prevalência de transtornos mentais comuns e fatores associados em moradores da área urbana de São Paulo, Brasil. Cad Saúde Pública, 2019; 35(11):e00236318.
31. SILVA AB e COSTA AV. Políticas e Programas Públicos que Oportunizam a Inserção do Jovem no Mercado de Trabalho. Id on Line Ver. Mult. Psic., 2019; 13(43):967-981.
32. SILVA MG e TOLFO SR. Processos psicossociais, saúde mental e trabalho em um instituto federal de educação. Rev. Bras. Saúde Ocup, 2022; 74:e13.
33. SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN). Transtorno mental relacionado ao trabalho, Minas Gerais. Disponível em: https://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/transmentalmg.def. Acessado em: 08 de agosto de 2023.
34. SOUZA-DUARTE F, et al. Da Psicodinâmica a psicopatologia do trabalho no Brasil: in(definições) e possibilidades. Psicol. Estud., 2022; 27:e48172.
35. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Depression and Other Common Mental Disorders: Global Health Estimates. Geneva, 2017. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/254610/WHO-MSD-MER-2017.2-eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acessado em: 02 de agosto de 2023.