Perfil epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos no estado do Pará entre os anos de 2017 e 2022

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Jéssica Arianna França Félix
Graziane da Silva Portela Maia
Nayara da Silva Pantoja
Alex José Lobo Campos dos Santos
Igor de Sales Oliveira
Ronaldo Lucas do Nascimento Correa
Flávio Vasconcelos

Resumo

Objetivo: Analisar e descrever os aspectos epidemiológicos dos acidentes por animais peçonhentos ocorridos no Estado do Pará. Métodos: Estudo observacional, transversal e descritivo de dados dos casos notificados do DATASUS (subseções do Sistema de Informações de Agravos e Notificações - SINAN). Resultados: No Pará, de 2017 a 2022, foram notificados 52.004 acidentes por animais peçonhentos, com um aumento de 38,1% no número de casos nesse período. A faixa etária de maior incidência (37,2% de notificações) foi a de 20 a 39 anos e o sexo masculino (74,5% dos casos) foi o mais acometido, sendo 79,4% em pessoas da raça/cor parda. Quanto à escolaridade, a prevalência foi dos indivíduos semi-alfabetizados, com até a 4ª série incompleta do ensino fundamental (18,1% dos casos). As serpentes causaram maior número de acidentes (61,0%), destacando-se o gênero Bothrops (56,2%). Os acidentes leves, com desfecho clínico de cura, foram de 62,6% e 85,6%, respectivamente. Conclusão: Infere-se que o aumento dos casos ao longo dos anos correlaciona-se com a crescente urbanização e consequente ocupação do habitat dos animais. Adultos jovens do sexo masculino, pardos e com baixa escolaridade foram os mais acometidos e os acidentes ofídicos (botrópicos) foram mais prevalentes.

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Como Citar
FélixJ. A. F., MaiaG. da S. P., PantojaN. da S., SantosA. J. L. C. dos, OliveiraI. de S., CorreaR. L. do N., & VasconcelosF. (2024). Perfil epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos no estado do Pará entre os anos de 2017 e 2022. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(6), e15154. https://doi.org/10.25248/reas.e15154.2024
Seção
Artigos Originais

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