Prevalência de consultas médicas e fatores associados: estudo transversal com universitários na Região Centro-Oeste

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Marcelo Ramos
Douglas Nunes Stahnke
Marcos Pascoal Pattussi
Juvenal Soares Dias da Costa

Resumo

Objetivo: Verificar a prevalência de universitários que consultaram com médico nos últimos 12 meses e fatores associados na região Centro-Oeste.  Métodos: Estudo transversal incluindo alunos com 18 anos ou mais, matriculados em cursos da área da saúde em Universidade localizada em Goiás. Foram utilizados questionários auto administráveis aplicados aos alunos durante os períodos das aulas. A variável dependente foi consultar com médico nos últimos 12 meses A análise ajustada foi realizada por meio da Regressão de Poisson. Resultados: Entre 2294 participantes, 1717 (74,8%; IC95% 73,1 a 76,6) tinham consultado com médico. Algumas características como classe econômica mais elevada, sexo feminino, cursar medicina, estar no início dos cursos e referir algumas morbidades como presença de asma/bronquite, doenças do coração, colesterol elevado, diabetes mellitus, infecção sexualmente transmissível, depressão e ansiedade estavam associadas positivamente com o desfecho. Conclusões: O estudo apontou baixo uso de consultas médicas, diferenças do uso entre classes econômicas, elevadas prevalências de algumas doenças e de sofrimento mental podendo servir como subsídio para criação de serviços de apoio e promoção de saúde para os estudantes.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
RamosM., StahnkeD. N., PattussiM. P., & CostaJ. S. D. da. (2024). Prevalência de consultas médicas e fatores associados: estudo transversal com universitários na Região Centro-Oeste. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(11), e15268. https://doi.org/10.25248/reas.e15268.2024
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ABEP. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE PESQUISA. Critério de classificação econômica Brasil: critério Brasil 2015 e atualização da distribuição de classes para 2016. São Paulo: Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa; 2016. 6 p. Disponível em: https ://www.abep.org/criterio-brasil. Acessado em: 18 de setembro de 2016.

2. ALMEIDA LMS, et al. Fatores associados a não realização de consulta médica nos 12 meses anteriores a entrevista concedida por adultos e idosos em Rio Grande, Rio Grande do Sul, em 2016: estudo transversal. Epidemiol. Serv. Saúde. 2020; 29 (1): 2018399.

3. ALMEIDA RIBEIRO MCS, et al. Perfil sociodemográfico e padrão de utilização de serviços de saúde para usuários e não-usuários do SUS – PNAD 2003, Cienc Saúde Colet, 2006; 11(4): 1011-1022.

4. ANDRADE AG, et al. Levantamento Nacional sobre o Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários das 27 Capitais Brasileiras. Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP e SENAD. Secr Nac Políticas sobre Drog. 2010; 27.

5. ANDRADE SSA, et al. Prevalência de hipertensão arterial autorreferida na população brasileira: análise da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Epidemiol. Serv. Saúde. 2015; 24(2): 297-304.

6. ARAÚJO MEA, et al. Prevalência de utilização de serviços de saúde no Brasil: revisão sistemática e metanálise. Epidemiol Serv Saúde, 2017; 26(3): 589-604.

7. CASTALDELLI-MAIA JM, et al. The role of drug use sequencing pattern in further problematic use of alcohol, tobacco, cannabis, and other drugs. J Ment Health. 2015; 24(1): 9-14.

8. CAVESTRO JM e ROCHA FL. Prevalência de depressão entre estudantes universitários. J. Bras. Psiquiatra. 2006; 55(4): 264-267.

9. DIAS-DA-COSTA JS, et al. Characteristics of women who do not consult a doctor: a population-based study. Rev. Saúde Pública. 2018; 52: 54.

10. DIAS-DA-COSTA JS, et al. Utilização de serviços de saúde pela população adulta de São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brasil: resultados de um estudo transversal. Cad Saude Publica. 2011; 27(5): 868–76.

11. FIOCRUZ. FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. A saúde no Brasil em 2030 - prospecção estratégica do sistema de saúde brasileiro: população e perfil sanitário [online]. Rio de Janeiro: Fiocruz/Ipea/Ministério da Saúde/Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, 2013; 2: 176. Disponível em: https ://portal.fiocruz.br/livro/saude-no-brasil-em2030diretrizesparaprospeccaoestrategicadosistema-de-saude-brasileiro. Acessado em: 18 de junho de 2018.

12. FONTENELLE LF, et al. Utilization of the Brazilian public health system by privately insured individuals: a literature review. Cad. Saúde Pública. 2019; 35(4): 00004118.

13. FRANCA C e COLARES V. Estudo comparativo de condutas de saúde entre universitários no início e no final do curso. Rev. Saúde Pública. 2008; 42(3): 420-427.

14. GRANER KM e CERQUEIRA ATAR. Revisão integrativa: sofrimento psíquico em estudantes universitários e fatores associados. Ciênc. Saúde Coletiva. 2019; 24 (4): 1327-1346.

15. GUIBU IA, et al. Características principais dos usuários dos serviços de atenção primária à saúde no Brasil. Rev. Saúde Pública. 2017; 51(2): 17.

16. INEP. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Resumo Técnico do Censo da Educação Superior 2018. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2020. Disponível em: https ://www.gov.br/inep/pt-br/centrais-de-conteudo/acervo-linha-editorial/publicacoes-institucionais/estatisticaseindicadoreseducacionais/resumo-tecnico-2013-censo-da-educacao-superior-2018. Acessado em: 30 de maio de 2020.

17. ISER BPM, et al. Prevalência de diabetes autorreferido no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Epidemiol. Serv. Saúde. 2015; 24(2): 305-314.

18. KESMODEL US. Cross-sectional studies – what are they good for? Acta Obstet Gynecol Scand 2018; 97(4): 388-393.

19. LOPES PD, et al. Fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis em universitários. Rev. bras. promoç. saúde (Impr), 2017; 30(4): 1-11.

20. MALTA DC, et al. Doenças crônicas não transmissíveis e a utilização de serviços de saúde: análise da Pesquisa Nacional de Saúde no Brasil. Rev. Saúde Pública. 2017; 51 (1): 4.

21. MANOEL AL e TREVISOL FS. Sexual behavior of students of medicine of Brazil: a multicenter study. DST - J Bras Doenças Sex Transm, 2017; 29(2): 44-49.

22. MARTINS MMF, et al. Acesso aos serviços de atenção primária à saúde por adolescentes e jovens em um município do estado da Bahia. Cad Saude Publica, 2019; 35(1): 00044718- 00044718.

23. MATSUDO S, et al. Questionário internacional de atividade física (IPAQ): estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil. Rev Bras Ativ Fís Saúde, 2001; 6(2): 5-18.

24. MAYER FB, et al. Factors associated to depression and anxiety in medical students: a multicenter study. BMC Med Educ, 2016; 16(1): 282.

25. MELO AC e GARCIA LP. Involvement of school students in fights with weapons: prevalence and associated factors in Brazil. BMC Public Health. 2016; 16(1): 1008.

26. PILOTTO LM e CELESTE RK. Tendências no uso de serviços de saúde médicos e odontológicos e a relação com nível educacional e posse de plano privado de saúde no Brasil, 1998-2013. Cad Saúde Pública. 2018; 34(4): 00052017.

27. QUINTINO PL, et al. Estágios de mudança de comportamento para atividade física em universitários e fatores sociodemográficos associados. Rev. bras. educ. fís. Esporte, 2014; 28(2): 305-314.

28. SÁ ACMGN, et al. Fatores associados ao LDL-Colesterol aumentado na população adulta brasileira: Pesquisa Nacional de Saúde. Ciên Saúde Colet, 2021; 26(2).

29. SANCHEZ ZM, et al. Trends in alcohol and tobacco use among Brazilian students: 1989 to 2010. Rev Saude Publica, 2015; 49: 70.

30. SANTOS IS. Evidência sobre o mix público-privado em países com cobertura duplicada: agravamento das iniquidades e da segmentação em sistemas nacionais de saúde. Ciênc Saúde Colet, 2011; 16(6): 2743-52.

31. SILVA CA, et al. Dificuldade de acesso a serviços de média complexidade em municípios de pequeno porte: um estudo de caso. Ciênc. Saúde Coletiva. 2017; 22(4): 1109-1120.

32. SILVA SLA, et al. Fatores associados à busca por serviços preventivos de saúde entre adultos brasileiros: Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Ciênc. Saúde Coletiva. 2020; 25(3): 783-792.

33. SOUSA TF, et al. Condutas negativas à saúde em estudantes universitários brasileiros. Cien Saude Colet. 2013; 18(12): 3563-75.

34. STOPA SR, et al. Acesso e uso de serviços de saúde pela população brasileira, Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Rev Saúde Pública, 2017; 51(1): 3.

35. TAVARES MGM, et al. Políticas de expansão da Educação Superior no Brasil pós-LDB/96 – desafios para a avaliação. Inter-Ação, 2011; 36(1): 81-99.

36. THEME FILHA MM, et al. Prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e associação com autoavaliação de saúde: Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Rev. Bras. Epidemiol. 2015; 18(2): 83-96.