Alterações eletrocardiográficas mais prevalentes em educadores físicos

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Lucas da Silva Dias
Luciano Sena Silva
Carlos Alberto Alves Dias Filho
Rodrigo Guimarães Vieira de Carvalho

Resumo

Objetivo: Identificar as alterações de ECG mais recentes e prevalentes em educadores físicos, discorrendo sobre os critérios avaliativos para promoção de um diagnóstico precoce. Revisão bibliográfica: Educadores físicos são mais propensos a desenvolver desfechos cardiovasculares desfavoráveis, devido às alterações cardíacas motivadas pelo exercício. Por isso, a detecção prévia de condições cardiovasculares nesse público é crucial para prevenção de eventos durante a prática profissional. Nesse sentido, a triagem cardiovascular orienta os educadores para uma correta prática desportiva, assegurando o exercício e desempenho seguro e saudável. O eletrocardiograma (ECG), dessa forma, é o exame de primeira linha para identificação de cardiopatias – como o “coração de atleta” – tornando-se imprescindível na avaliação de educadores físicos que realizam mais de 4 horas semanais de atividade física. Considerações finais: Nesse público, as alterações do ECG mais prevalentes são a inversão da onda T gigante, taquicardia ventricular, fibrilação atrial, desvio esquerdo e direito do eixo, dilatação auricular esquerda e direita, bloqueio ramo direito, sendo o exame imprescindível para triagem desses profissionais. Para fornecer uma avaliação mais abrangente, métodos clínicos e de imagem são complementares, visto que o diagnóstico precoce tem papel fundamental na prevenção da morte súbita em educadores físicos. 

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
DiasL. da S., SilvaL. S., Dias FilhoC. A. A., & CarvalhoR. G. V. de. (2025). Alterações eletrocardiográficas mais prevalentes em educadores físicos. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 25(5), e15314. https://doi.org/10.25248/reas.e15314.2025
Seção
Revisão Bibliográfica

Referências

1. ALMEIDA SLAC, et al. Morte súbita em atletas: Causas cardíacas. Brazilian journal of health review, 2021; 4(2): 4592-9601.

2. ALO ROR, et al. Prática de exercícios físicos na população idosa em tempos de pandemia. Rev. DERC, 2020; 26(2): 88-90.

3. ARBELO E, et al. 2023 ESC Guidelines for the management of cardiomyopathies: Developed by the task force on the management of cardiomyopathies of the European Society of Cardiology (ESC). European Heart Journal, 2023; 44(37): 3503-3626.

4. BASU J, MALHOTRA A. Interpreting the Athlete's ECG: Current State and Future Perspectives. Current treatment options in cardiovascular medicine, 2018; 20(12): 104-104.

5. BERNARDO MCR. Alterações eletrocardiográficas no atleta e preditores da morte súbita cardíaca. Tese de dissertação (Mestrado integrado em Medicina) - Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto, Portugal, 2019.

6. BJERRING AW, et al. Morphological changes and myocardial function assessed by traditional and novel echocardiographic methods in preadolescent athlete’s heart. European journal of preventive cardiology, 2018; 25(9): 1000-1007.

7. BOSMAN LP, et al. Diagnosing arrhythmogenic right ventricular cardiomyopathy by 2010 Task Force Criteria: clinical performance and simplified practical implementation. Europace, 2020; 22(5): 787-96.

8. COELHO P, et al. Aplicabilidade dos critérios de Seattle na avaliação eletrocardiográfica de atletas. Atividade física lazer e saúde: perspectivas e desafios de investigação, 2020; 86-101.

9. CUESTA A, et al. Deporte: modificaciones fisiológicas y evaluación para la prevención de la muerte súbita (Parte I). Revista Uruguaya de Cardiología, 2020; 35(2): 209-25

10. DAS A, et al. Insight into myocardial microstructure of athletes and hypertrophic cardiomyopathy patients using diffusion tensor imaging. Journal of Magnetic Resonance Imaging, 2021; 53(1): 73-82.

11. D'ASCENZI, et al. Morphologic changes of the heart in highly trained athletes: relevance for sports cardiology. J Cardiovasc Med (Hagerstown), 2018; 19(12): 671-678.

12. DE MIRANDA LIMA BS, et al. Descompensação física em atletas: impactos na saúde cardiovascular pós infecção por COVID-19. Brazilian Journal of Health Review, 2023; 6(3): 10882-10892.

13. DREZNER JA, et al. International Criteria for Electrocardiographic Interpretation in Athletes: Consensus Statement. Br J Sports Med., 2017; 51(9): 704-31.

14. FERRARI F, et al. Comentários Sobre o Eletrocardiograma do Atleta nas Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre a Análise e Emissão de Laudos Eletrocardiográficos. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2023; 120: 1.

15. FERRAZ FILHO L, et al. O diagnóstico e a prevalência da miocardite em atletas: uma revisão de literatura. Revista Eletrônica Acervo Médico, 2022; 8: e10132.


16. FRIEDMANN AA. Localizando a via acessória. Diagnóstico e Tratamento, 2020; 25(2): 62-64.

17. GHORAYEB N, et al. Atualização da Diretriz em Cardiologia do Esporte e do Exercício da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. Arq Bras Cardiol., 2019; 112(3): 326-368.

18. GÜLAN U, et al. A comparative study on the analysis of hemodynamics in the athlete’s heart. Scientific Reports, 2022; 12(1): 16666.

19. HEDMAN K, et al. Limitations of Electrocardiography for Detecting Left Ventricular Hypertrophy or Concentric Remodeling in Athletes. The American journal of medicine, 2020; 133(1): 123–132.e8.

20. HELAL L, et al. Morte Súbita em Jovens Atletas Brasileiros: Não é Hora de Criarmos um Cadastro Genuinamente Nacional?. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2018; 6: 856–859.

21. ILODIBIA TF, ODIA JO. Evaluation of the Seattle and International Criteria in elite Nigerian athletes. Journal of Electrocardiology, 2021; 68: 14-23.

22. LASS AD, et al. Efeito de uma prova de triathlon na variabilidade da frequência cardíaca em atletas amadores. Tese de dissertação (Mestrado) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Paraná, 2019.

23. LI P, et al. Assessment of left ventricular systolic function by non-invasive pressure-strain loop area in young male strength athletes. Cardiovascular Ultrasound, 2020; 18: 1-8.

24. LOUREIRO AR, et al. Anomalia de artéria coronária e prescrição de prática esportiva: nove casos de coronária anômala em atletas. Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo, 2020; 122-122.

25. MARQUES JP, et al. Beware of regression of electrocardiographic abnormalities on detraining - It may not always mean 'athlete's heart'. Revista portuguesa de cardiologia, 2012; S0870-2551(21)00323-1.

26. MONTEIRO VCL, et al. Avaliação da ingestão alimentar em pacientes com mucopolissacaridose. Nutrição Rev Soc Bras Alimentos Nutr., 2018; 43: 1-7

27. MONTERA MW, et al. Diretriz de Miocardites da Sociedade Brasileira de Cardiologia–2022. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2022; 119: 143-211.

28. OLIVETTI NQS. Associação das variáveis clínicas, eletrocardiográficas e genéticas com desfechos de gravidade em pacientes com cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito. Tese de dissertação (Doutorado) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2023.

29. PETERSON DF, et al. Etiology of sudden cardiac arrest and death in US competitive athletes: a 2-year prospective surveillance study. Clinical Journal of Sport Medicine, 2020; 30(4): 305-314.

30. POPOV SV, et al. Diagnostic of the athlete’s heart and factors affecting its developing. Wiad Lec., 2021; 74(5): 1158-1163.

31. SCHÖFFL I, et al. Athlete’s Heart in elite sport climbers: cardiac adaptations determined using ECG and echocardiography data. Wilderness & Environmental Medicine, 2020; 31(4): 418-425.

32. SHARMA S, et al. A. International recommendations for electrocardiographic interpretation in athletes. European Heart Journal, 2018; 39(16): 1466-80

33. SILVA A, et al. Anomalias congénitas das artérias coronárias. Revista Portuguesa de Cardiologia, 2018; 37(4): 341-350.

34. SOUZA PVS, et al. Efeitos da frequência de treinamento e da idade cronológica sobre as adaptações cardiovasculares e de performance física ao treinamento intervalado em jovens jogadores de futebol. Tese de dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2023.

35. STEFANI LDC, et al. Alterações eletrocardiográficas em jogadores de futebol profissionais. RBPFEX-Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, 2023; 17(108): 148-153.

36. VENTURA HS. Coração do Atleta: Adaptação Ventricular Direita vs. Patologia. Tese de dissertação (Mestrado) – Universidade de Coimbra, Portugal, 2020.

37. WEISS M, et al. Physician adherence to ‘Seattle’ and ‘International’ ECG criteria in adolescent athletes: an analysis of compliance by specialty, experience, and practice environment. Journal of Electrocardiology, 2020; 60: 98-101.