Perfil sociodemográfico dos pacientes diagnosticados com hanseníase no Estado do Pará no período de 2012 a 2022

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Joise Suzane Martins da Costa
Valéria Pantoja Silva Barboza
Ana Claudia Barbosa dos Santos
Isaac Luciano Nascimento de Barros
Bruno José Martins da Silva

Resumo

Objetivo: Avaliar o perfil sociodemográfico e clínico epidemiológico da hanseníase no Estado do Pará nos anos de 2012 a 2022. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo ecológico, descritivo com abordagem quantitativa, de dados coletados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) e Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados: No período do estudo, foram notificados 36.987 casos de hanseníase no Pará, com os maiores índices registrados no município de Marituba. A maioria dos casos ocorreu em homens (62,88%), cor parda (72,89%), idade economicamente ativa (66,63%), baixo nível de escolaridade (51,02%), na forma clínica dimorfa (52,30%) Conclusão: A redução no número de casos notificados no período de estudo só revelou significância expressiva a partir do ano de 2020. Apresentando maior prevalência indivíduos do sexo masculino, cor parda, faixa etária economicamente ativa, baixo nível de escolaridade, na forma dimorfa. Portanto, esse estudo fornece informações importantes a respeito da real situação epidemiológica da hanseníase no Estado do Pará, a fim de contribuir para o fortalecimento e criação de políticas públicas com foco na conscientização da população na tentativa de erradicação da hanseníase.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
CostaJ. S. M. da, BarbozaV. P. S., SantosA. C. B. dos, BarrosI. L. N. de, & SilvaB. J. M. da. (2024). Perfil sociodemográfico dos pacientes diagnosticados com hanseníase no Estado do Pará no período de 2012 a 2022. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(6), e15449. https://doi.org/10.25248/reas.e15449.2024
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ALMEIDA CM, et al. Clinical-epidemiological profile of patients diagnosed with Leprosy in the state of Alagoas in the period from 2017 to 2021. Brazilian Journal of Health Review, 2023; 6(3): 8959-8972.

2. ALVES JM, et al. Perfil epidemiológico e espacial dos casos novos de hanseníase notificados em Feira de Santana no período de 2005- 2015. Rev Pesqui Fisioter., 2021; 11(2): 334-341.

3. ANDRADE KVF, et al. Geographic and socioeconomic factors associated with leprosy treatment default: An analysis from the 100 Million Brazilian Cohort. PLOS Neglected Tropical Diseases, 2019; 13(9): e0007714.

4. ARAÚJO BGL, et al. Perfil Sociodemográfico e Epidemiológico de Novos Casos de Hanseníase no Município de Almenara – MG. Id on Line Rev. Mult. Psic. 2019; 13(47): 410-423.

5. ARAÚJO KMFA, et al. Análise espacial do risco de adoecimento da hanseníase em um estado do nordeste brasileiro. Revista Baiana Enfermagem, 2020; 34: e37902.

6. BARBOSA AM, et al. Seroepidemiologic survey of the household contacts of leprosy patients. Revista Da Associação Médica Brasileira, 2022; 68(10): 1389–1393.

7. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim epidemiológico 2023. Disponível em: file:///C:/Users/joise/Downloads/boletim_Hansen%C3%ADase%202023_internet_completo%20(1).pdf. Acessado em: 05 setembro de 2023.

8. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia prático sobre a hanseníase. 2017. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_hanseniase.pdf. Acessado em: 05 setembro de 2023.

9. BUCATER EP e DIAS MAC. Prevalência de casos de hanseníase no município de Votuporanga (SP) no período de 2014 a 2018. Revista Brasileira Multidisciplinar. 2020; 23: 2.

10. CAMPOS MRM, et al. Perfil Clínico-Epidemiológico dos Pacientes Diagnosticados com Hanseníase na Paraíba e no Brasil, 2008 – 2012. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, 2018; 22(1): 79-86.

11. CRUZ DLV. Doenças Negligenciadas: Hanseníase. Editora Omnis Scientia, 2021; 1: 104p.

12. DAMASCENO PR, et al. Perfil clínico-epidemiológico de pessoas com hanseníase no estado do Pará entre os anos de 2017-2021. Rev Enferm Contemp., 2023; 12: e4905.

13. DEPS P, et al. Hansen's disease case detection in Brazil: a backlog of undiagnosed cases due to COVID-19 pandemic. J Eur Acad Dermatol Venereol., 2022; 36(10): e754-e755.

14. GOMES MDMB, et al. Leprosy: epidemiological profile and possible causes of treatment abandonment. Brazilian Journal of Development, 2020; 6(9): 73667–73683.

15. IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2022. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/pesquisa/10070/64506. Acessado em: 22 de outubro de 2023.

16. JESUS MD, et al. Epidemiological profile of leprosy in Alagoinhas and its health region. Brazilian Journal of Health Review, 2021; 4(6): 26321-26338.

17. LEAL JFS, et al. A Baixa adesão dos homens aos serviços da estratégia saúde da família. Revista Interdisciplinar em Saúde, Cajazeiras, 2023; 10 (único): 85-100.

18. LOPES FC, et al. Hanseníase no contexto da Estratégia Saúde da Família em cenário endêmico do Maranhão: prevalência e fatores associados. Ciência & Saúde Coletiva, 2021; 26: 5.

19. MACIEL CCL, et al. Perfil sociodemográfico e clínico de pacientes portadores de hanseníase no estado do Amapá, no período de 2010 a 2020. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2023; 23(1): e11782.

20. MARQUETTI CP, et al. Epidemiological profile of people affected by leprosy in three states in the northeast region of Brazil. Research, Society and Development, 2022; 11(1): 38811124872.

21. MENDES LMC, et al. Analysis of Hansen’s disease cases in the northern region in relation to Brazil from 2011 to 2021. Brazilian Journal of Health Review, 2022; 5(4): 13669-13681.

22. NARDI SMT, et al. O Papel da Capacitação em Saúde nos Resultados da Baciloscopia para Hanseníase. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, 2020; 24(4): 505-516.

23. NETO BFV, et al. Leprosy in the State of Pará: spatial and temporal patterns made visible by the analysis of epidemiological indicators from 2004 to 2018. Research, Society and Development, 2021; 10(11): e245101119699.

24. NUNES MRG e LIMA BSS. Perfil Epidemiológico dos Casos de Hanseníase no Nordeste Brasileiro no Período de 2010-2017: Doença Negligenciada Id on Line Rev. Mult. Psic., 2019; 13(48): 622-638.

25. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAUDE (OMS). Diretrizes para o diagnóstico, tratamento e prevenção da hanseníase. 2019. Disponível em: https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/274127/9789290227076-por.pdf?sequence=47&isAllowed=y. Acessado em: 08 de setembro de 2023.

26. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAUDE (OMS). Estratégia Global de Hanseníase 2021–2030 “Rumo à zero hanseníase”. 2021. Disponível em: http://telessaude.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2022/04/1.-Hanseniase-2021-2030.pdf. Acessado em: 08 de setembro de 2023.

27. PLOEMACHER T, et al. Reservoirs and transmission routes of leprosy; A systematic review. PLoS Neglected Tropical Diseases, 2020; 14(4): e0008276.

28. PROPÉRCIO ANA, et al. O Tratamento da Hanseníase a partir de uma Revisão Integrativa. Revista Brasileira de Revisão de Saúde, 2021; 4(2): 8076–810.

29. PRUDÊNCIO FA. A experiência do adoecimento de pacientes com reação hansênica durante o tratamento da hanseníase multibacilar. Tese (doutorado) – Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Rio de Janeiro, 2021.

30. RAMOS DP, et al. Prevalência da forma clínica de hanseníase notificadas no município de Porto Nacional – TO. Rev. Cient. do Tocantins ITPAC Porto Nacional, 2022; 2(2): 1-13.

31. RAMOS ACV, et al. Trends and forecasts of leprosy for a hyperendemic city from Brazil’s northeast: Evidence from an eleven-year time-series analysis. PLOS one, 2020; 15(8): e0237165.

32. SANTOS ALS, et al. Percepções dos portadores de hanseníase sobre as respostas hansenênicas e o cuidado de si. Rev Pan-Amaz Saúde, 2018; 4: 37-46.

33. SANTOS ÁN, et al. Perfil epidemiológico e tendência da hanseníase em menores de 15 anos. Revista Da Escola De Enfermagem Da USP, 2020; 54: e03659.

34. SANTOS DA, et al. Perfil Epidemiológico dos casos de hanseníase em São Luís - MA entre 2018 e 2021. Diversitas Journal, 2023; 8(1): 0421 – 0430.

35. SILVA DS. Avaliação da detecção de caos novos de hanseníase durante as ações de supervisão, nos municípios de Estado do Amazonas, realizadas pela fundação Alfredo da Matta. Dissertação – Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Dermatologia – Universidade do Estado do Amazonas, Manaus, 2020.

36. SOUZA HP, et al. Doenças infecciosas e parasitárias no Brasil de 2010 a 2017: aspectos para vigilância em saúde. Rev Panam Salud Publica, 2020; 44: e10.

37. TAVARES AM. Perfil epidemiológico da hanseníase no estado de Mato Grosso: estudo descritivo. Einstein (São Paulo), 2021; 19: eAO5622.

38. TRAÚZOLA TR, et al. Panorama geral da hanseníase no Brasil: uma análise epidemiológica. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2022; 15(6): e10223.

39. VIEIRA SMS, et al. Perfil epidemiológico da Hanseníase entre os anos 2015 e 2020, no município de Lago da Pedra, Estado do Maranhão. Hansen int., 2020; 45: 1-20.

40. WHO (WORLD HEALTH ORGANIZATION). Global leprosy (Hansen disease) update, 2021: moving towards interruption of transmission. Weekly Epidemiological Record, 2022; 36: 429-450. Disponível em: Global leprosy (Hansen disease) update, 2021: moving towards interruption of transmission (who.int). Acessado em: 05 setembro de 2023.