Fatores de risco de doenças cardíacas e ingestão alimentar em adultos adstritos a uma Estratégia Saúde da Família

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Adriano Augusto Reis Souza
Madson Matheus Garcia Costa
Luísa Margareth Carneiro da Silva
Rosilene Reis Della Noce
Maria do Socorro Castelo Branco de Oliveira Bastos

Resumo

Objetivo: Analisar os fatores de risco de doenças cardíacas e a ingestão alimentar em adultos adstritos a uma Estratégia Saúde da Família. Métodos: Estudo transversal, conduzido com 267 adultos residentes em Belém do Pará. Aplicou-se um questionário socioeconômico e de frequência alimentar, composto por 67 itens divididos em grupos de alimentos, sendo considerado o consumo diário para 10% da amostra. O risco cardiovascular de Framingham foi calculado a partir dos dados clínicos e bioquímicos, classificando os indivíduos nos grupos de alto e baixo risco. Para as análises utilizou-se o software IBM SPSS Statistics, considerado p<0,05. Resultados: O grupo apresentou 22,5% de alto risco para desenvolver doenças cardíacas, com a maior pressão arterial sistólica e diastólica, maior nível de LDL-c e menor HDL-c, maior proporção de pessoas com diabetes e sem associação direta com a ingestão alimentar diária e o excesso de peso. Conclusão: O consumo excessivo de alimentos de alta densidade calórica pode estar ocasionando os elevados índices de excesso de peso, o que pode estar interferindo no aumento da hipertensão, dislipidemias e diabetes, indicando a necessidade de implementação de estratégias para a redução do excesso de peso e o maior consumo de alimentos cardioprotetores.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
SouzaA. A. R., CostaM. M. G., SilvaL. M. C. da, NoceR. R. D., & Oliveira BastosM. do S. C. B. de. (2024). Fatores de risco de doenças cardíacas e ingestão alimentar em adultos adstritos a uma Estratégia Saúde da Família. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(4), e15581. https://doi.org/10.25248/reas.e15581.2024
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ARAÚJO MS, et al. Factors associated with overweight and central adiposity in urban workers covered by the Workers Food Program of the Brazilian Amazon Region. Brazilian Journal of Epidemiology, São Paulo, 2010; 13(3): 425-433.

2. BAZZANO L, et al. Fruit and vegetable intake and risk of cardiovascular disease in US adults: the first National Health and Nutrition Examination Survey Epidemiologic Follow-up Study. Am J Clin Nutr. 2002; 76(1): 93-99.

3. BLOOM DR, et al. The global economic burden of noncommunicable diseases. Program on the Global Demography of Aging. 2012; 1.

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Vigitel Brasil 2016: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. 2016. Disponível em: www.saude.gov.br/bvs. Acessado em: 13 de março 2019.

5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil 2011-2022. 2011. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_acoes_enfrent_dcnt_2011.pdf. Acessado em: 13 de março de 2019.

6. GARG R, et al. Association of atherosclerosis with dyslipidemia and co-morbid conditions: A descriptive study. Journal of natural science, biology, and medicine. 2015; 6(1): 163.

7. GAZZOLA J e DEPIN MH. Associação entre consumo de gordura trans e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV). Extensio: Revista Eletrônica de Extensão, 2015; 12(20): 90.

8. GRASGRUBER P, et al. “Food Consumption and the Actual Statistics of Cardiovascular Diseases: An Epidemiological Comparison of 42 European Countries.” Food & Nutrition Research, 2016; 60.

9. GRUNDY S, et al. "Primary prevention of coronary heart disease: guidance from Framingham: a statement for healthcare professionals from the AHA Task Force on Risk Reduction. American Heart Association." Circulation. 1998; 97(18): 1876-87.

10. HEPPY K, et al. Avaliação do consumo de margarinas e o conhecimento sobre gorduras trans dos consumidores do município de Lajeado, RS. Jornal of Health Sciences. 2007; 9(1).

11. JAIME PC, et al. Prevalência e distribuição sociodemográfica de marcadores de alimentação saudável, Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), Brasil 2013. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2015; 24: 267-276.

12. KANNEL WB, et al. Factors of risk in the development of coronary heart disease – sixyear follow-up experience: the Framingham study. Ann. Intern. Med. 1961; 55(1): 33-50.

13. MILLER V, et al. Fruit, vegetable, and legume intake, and cardiovascular disease and deaths in 18 countries (PURE): a prospective cohort study. The Lancet. 2017; 390(10107): 2037-2049.

14. MINOURA A, et al. Association of dietary fat and carbohydrate consumption and predicted ten-year risk for developing coronary heart disease in a general Japanese population. Acta Medica Okayama. 2014; 68(3): 129-135.

15. NASCIMENTO BR, et al. Global health and cardiovascular disease. Heart; British Cardiac Society. 2014; 100(22): 1743-1749.

16. NCEP - NATIONAL CHOLESTEROL EDUCATION PROGRAM Expert Panel On Detection, Evaluation. Executive summary of the third report of the expert panel on detection, evaluation, and treatment of high blood cholesterol in adults (Adult Treatment Panel III). Jama. 2001; 285(19): 2486.

17. PINHO CPS, et al. Consumo de alimentos protetores e preditores do risco cardiovascular em adultos do estado de Pernambuco. Rev. Nutr. 2012; 25(3): 341-351.

18. SANTOS R, et al. I Diretriz sobre o consumo de gorduras e saúde cardiovascular. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2013; 100(1): 1-40.

19. SCHMIDT MI e DUNCAN BB. O enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis: um desafio para a sociedade brasileira. Epidemiol. Serv. Saúde. 2011; 20(4): 421-423.

20. SHARMA S, et al. Fruit and vegetable consumption, ethnicity and risk of fatal ischemic heart disease. The journal of nutrition, health & aging, 2014; 18(6): 573-578.

21. SILVA, CL. Consumo de frutas e hortaliças e conceito de alimentação saudável em adultos de Brasília. 2011; 1.

22. SIMAO AF, et al. I Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular. Arq. Bras. Cardiol. 2013; 101(6): 163.

23. SLATER B, et al. Validação de Questionários de Frequência Alimentar - QFA: considerações metodológicas. Rev. bras. epidemiol, 2003; 6(3): 200-208.

24. SOEDAMAH-MUTHU SS, et al. Milk and dairy consumption and incidence of cardiovascular diseases and all-cause mortality: dose-response meta-analysis of prospective cohort studies. The American journal of clinical nutrition. 2010; 93(1): 158-171.

25. SOHN C, et al. The framingham risk score, diet, and inflammatory markers in Korean men with metabolic syndrome. Nutrition research and practice. 2012; 6(3): 246-253.

26. SOUZA AAR. Katuana da Amazônia: consumo alimentar e risco cardiovascular em população urbana. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Saúde, Ambiente e Sociedade na Amazônia). Universidade Federal do Pará, Pará, 2019; 70.

27. SPOSITO AC, et al. IV Diretriz brasileira sobre dislipidemias e prevenção da aterosclerose: Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 2007; 88: 2-19.

28. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51.

29. WHICHELOW M e PREVOST T. Dietary patterns and their associations with demographic, lifestyle and health variables in a random sample of British adults. British Journal of Nutrition. 1996; 76(1): 17-30.

30. WILSON PWF, et al. Prediction of coronary heart disease using risk factor categories. Circulation. 1988; 97(18): 1837-1847.

31. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Diet, nutrition and prevention of chronic diseases. Report FAO/WHO Expert Consulation. 2002. Disponível em: https://citeseerx.ist.psu.edu/document?repid=rep1&type=pdf&doi=b2b75a3c3f615277380936b54944da8736998e62. Acessado em: 13 de março de 2019.

32. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Global action plan for the prevention and control of noncommunicable diseases 2013-2020. 2013. Disponível em: https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/94384/9789241506236_eng.pdf?sequence=1. Acessado em: 13 de março de 2019.

33. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). World Health Statistics 2016. Disponível em: https://www.who.int/docs/default-source/gho-documents/world-health-statistic-reports/world-heatlth-statistics-2016.pdf. Acessado em: 13 de março de 2023.