Cenário epidemiológico e assistencial das neoplasias no estado do Amapá

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Cintia do Socorro Matos Pantoja
Weslley Lieverson Nogueira do Carmo
Juliana de Oliveira Dantas
Katiane Andrade Pereira
Doriane Nunes dos Santos
Janayna Almeida da Silva
Renata Sofia Hamoy
Mardonio Nogueira do Carmo
Kalliny Verena Almeida da Costa
Eliélb Vales Maciel

Resumo

Objetivo: Apresentar o cenário epidemiológico e assistencial das neoplasias no Estado do Amapá em 2022. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal e descritivo, baseado em dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde Datasus – Painel Oncologia Brasil e dados do Sistema de Informação da Unidade de Alta Complexidade Oncológica do Amapá. Resultados: Em 2022, 847 usuários residentes do Estado receberam diagnóstico para neoplasia, com destaque por Classificação Internacional de Doenças para neoplasias de comportamento incerto ou desconhecido de outras localizações (340), neoplasia maligna de mama (122), neoplasia maligna de próstata (70), neoplasia maligna de colo do útero (46), neoplasia maligna de estômago (37) e outras neoplasias malignas da pele (19). Sobre o a assistência oncológica, foram realizadas em 2022 um total de 514 cirurgias, 20.834 atendimentos especializados pela Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, além de 2.115 procedimentos de quimioterapia. Conclusão: Conclui-se que o Amapá, segue as estimativas de novos casos de câncer previstas pelo Instituto Nacional do Câncer. Porém, o Estado ainda apresenta fragilidades na rede assistencial oncológica no quesito tratamento por radioterapia, apoio-diagnóstico, cirurgias e consultas especializadas em oncopediatria em que necessita enviar usuários via Tratamento Fora do Domicílio para outros Estados.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
PantojaC. do S. M., CarmoW. L. N. do, DantasJ. de O., PereiraK. A., SantosD. N. dos, SilvaJ. A. da, HamoyR. S., CarmoM. N. do, CostaK. V. A. da, & MacielE. V. (2024). Cenário epidemiológico e assistencial das neoplasias no estado do Amapá. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(3), e15888. https://doi.org/10.25248/reas.e15888.2024
Seção
Artigos Originais

Referências

1. AMAPÁ. Secretaria de Estado da Saúde. Decreto nº 2.804 de 21 de maio de 2013. Estabelece normas, critérios, rotinas e fluxos para o Tratamento Fora do Domicílio-TFD aos usuários do SUS-Amapá e dá outras providências. 2013; 1.

2. AMERICAN CANCER SOCIETY. Cancer Surgery. How Surgery Is Used for Cancer. 2019. Disponível em: https://www.cancer.org/treatment/treatments-and-sideeffects/treatment-types/surgery/how-surgery-is-used-for-cancer.html#written_by. Acessado em: 10 de dezembro de 2023.

3. ASSIS M, et al. Detecção precoce do câncer de mama na mídia brasileira no outubro rosa. Physis, 2020; 30(1): e300119.

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Lei nº 13.896 de 30 de outubro de 2019. Altera a Lei nº 12.732, de 22 de novembro de 2012, para que os exames relacionados ao diagnóstico de neoplasia maligna sejam realizados no prazo de 30 (trinta) dias, no caso em que especifica. Diário Oficial da União, Brasília, 2019; 1.

5. BRASIL. Ministério da Saúde. Lei nº 12.732 de 22 de novembro de 2012. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12732.htm. Acessado em: 10 de dezembro de 2023.

6. Dispõe sobre o primeiro tratamento de paciente com neoplasia maligna comprovada e estabelece prazo para seu início. Diário Oficial da União, Brasília, 2012; 1.

7. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Estatísticas de câncer. [Internet]. 2020. Disponível em: https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer. Acessado em: 10 de dezembro de 2023.

8. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.439/GM, de 8 de dezembro de 2005. Institui a Política Nacional de Atenção Oncológica: Promoção, Prevenção, Diagnóstico, Tratamento, Reabilitação e Cuidados Paliativos, a ser implantada em todas as unidades federadas, respeitadas as competências das três esferas de gestão. Diário Oficial [da] União, Brasília, DF, 2005; 1(76): 80-81.

9. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 55, de 24 de fevereiro de 1999. Dispõe sobre a rotina do Tratamento Fora de Domicilio no Sistema Único de Saúde - SUS, com inclusão dos procedimentos específicos na tabela de procedimentos do Sistema de Informações Ambulatoriais do SIA/SUS e dá outras providências. 1999; 1.

10. BRAY F, et al. Global cancer statistics 2018: globocan estimates of incidence and mortality world wide for 36 cancers in 185 countries. CA: Cancer J Clin, 2018; 68(6): 394-424.

11. CESAR LM, et al. Câncer de mama e próstata no Brasil: análise epidemiológica. Arq Med Hosp Fac Cienc Med Santa Casa São Paulo. 2021; 66: e011.

12. CONCEIÇÃO CS. Tratamento Fora de Domicílio (TFD): entre o direito, o benefício e o artifício. (Monografia) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2021; 1.

13. COSTA ETT, et a. Olhar do acadêmico de enfermagem ao paciente oncológico hospitalizados em cuidados paliativos. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2023; 23(7): e13274.

14. FREITAS JR. Guia de Boas Práticas em Navegação de Pacientes com Câncer de Mama no Brasil [livro eletrônico] / Ruffo de Freitas Júnior – Goiânia: Conexão Soluções Corporativas, 2021; 62.

15. INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Ministério da Saúde. Estatísticas do câncer. Publicado em: 26 nov. 2018. Disponível em: https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer. Acessado em: 10 de dezembro de 2023.

16. INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Ministério da Saúde. Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil/Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. – Rio de Janeiro: INCA, 2019; 120.

17. INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Ministério da Saúde. INCA estima 704 mil casos de câncer por ano no Brasil até 2025. Instituto Nacional do Câncer, Rio de Janeiro: INCA. 2022; 1.

18. INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Ministério da Saúde. Tratamento do câncer. Cirurgia. Rio de Janeiro. 2021. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tratamento/cirurgia#:~:text=A%20cirurgia%20oncológica%20é%20um,é%20remover%20totalmente%20o%20tumor. Acessado em: 10 de dezembro de 2023.

19. KALIKS RA, et al. Differences in systemic cancer treatment in Brazil: my Public Health System is different from your Public Health System. Braz J Oncol., 2017; 13(44): 1-12.

20. MEDEIROS GC, et al. Fatores Associados ao Atraso entre o Diagnóstico e o Início do Tratamento de Câncer de Mama: um Estudo de Coorte com 204.130 Casos no Brasil. Revista Brasileira de Cancerologia 2020; 66(3): e09979.

21. MENDES EC e VASCONCELLOS LCF. Cuidados paliativos no câncer e os princípios doutrinários do SUS. Saúde Debate, 2015; 39(106): 881-892.

22. MENDEZ LC, et al. Cancer Deaths due to Lack of Universal Access to Radiotherapy in the Brazilian Public Health System. Clin Oncol (R Coll Radiol)., 2018; 30(1): e29-e36.

23. SANTOS AC, et al. Tratamento oncológico fora do domicílio: estudo piloto. Mario Penna Journal, 2022; 1(1): 108-122.

24. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA ONCOLÓGICA. Cirurgia Oncológica. Disponível em: https://sbco.org.br/cirurgia-oncologica/. Acessado em: 10 de dezembro de 2023.

25. SILVA RV. Cuidados Paliativos em Oncologia. (Monografia) – Universidade Federal da Paraíba. 2020; 1.

26. SILVEIRA FM, et al. Impacto do tratamento quimioterápico na qualidade de vida de pacientes oncológicos. Acta Paul Enferm., 2021; 34: eAPE00583.

27. SUNG H, et al. Global cancer statistics 2020: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries. CA: Cancer Journal for Clinicians, Hoboken, 2021; 71(3): 209-249.

28. TOURINHO BRR, et al. Prostate cancer in Brazil and Latin America: epidemiology and screening. Int Braz J Urol. 2016; 42(6): 1081-90.

29. WILD CP, et al. World cancer report: cancer research for cancer prevention. Lyon, France: International Agency for Research on Cancer, 2020; 1.

30. ZHAO J, et al. Global trends in incidence, death, burden and risk factors of early-onset cancer from 1990 to 2019. BMJ Oncology 2023; 2: e000049.