Os riscos do uso abusivo de benzodiazepínicos na população idosa

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Gabriella Alves Ramos
Lucia Helena Ferreira Vasconcelos
Danielle Furtado de Oliveira
Nathalia Lopez Duarte

Resumo

Objetivo: Analisar o risco do uso abusivo de benzodiazepínicos na população idosa. Revisão bibliográfica: Os determinantes comportamentais do risco de abuso e dependência de drogas do tipo benzodiazepínicos, com base na sua ação farmacológica, devem ser trazidos à luz da discussão entre os profissionais de saúde. O consumo por automedicação e por prescrição tem aumentado na população idosa, contribuindo para um maior número de quedas. Outros fatores importantes devem ser observados, como a presença de comorbidades - contexto no qual afecções como ansiedade e depressão alcançam índices mais elevados – pois, em paralelo, existem outras opções de tratamento farmacológico. Considerações finais: Torna-se importante o monitoramento dessa população que, além de fazer uso de outros fármacos para suas condições crônicas, ainda utilizam benzodiazepínicos de maneira não controlada, potencializando o risco de quedas e fraturas, bem como provocando a diminuição da atenção e aumentando a ocorrência de amnésia e instabilidade postural. Dessa forma, deve-se estimular e buscar a substituição, quando possivel, de benzodiazepínicos por terapias alternativas, farmacológicas ou não.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
RamosG. A., VasconcelosL. H. F., OliveiraD. F. de, & DuarteN. L. (2024). Os riscos do uso abusivo de benzodiazepínicos na população idosa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(2), e15896. https://doi.org/10.25248/reas.e15896.2024
Seção
Revisão Bibliográfica

Referências

1. ALVIM MM, et al. Estudo do uso de medicamentos em idosos: uso de benzodiazepínicos e interações medicamentosas potenciais. Cadernos Saúde Coletiva, 2021; 29: 209-217.

2. ANICET KL. Programa de orientação e acompanhamento para a prescrição de benzodiazepínicos e drogas Z na atenção primária à saúde. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Prevenção e Assistência em Saúde Mental e Transtornos Aditivos) – Hospital das Clínicas de Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2022; 58p.

3. ARAÚJO AC. Desprescrição de benzodiazepínicos: uma revisão integrativa. Monografia (Farmácia) - Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022; 38p.

4. ASSIS PHN e BORTOCAN R. Uso abusivo de benzodiazepínicos. Monografia (Farmácia), Universidade de Uberaba, Uberaba, 2018; 19p.

5. BAN TA. The role of serendipity in drug discovery. Dialogues in clinical neuroscience, 2022.

6. BAZRAFSHAN M, et al. The effect of lavender herbal tea on the anxiety and depression of the elderly: A randomized clinical trial. Complementary therapies in medicine, 2020; 50: 102393.

7. CARRASCO-GARRIDO P, et al. Trends in the misuse of tranquilizers, sedatives, and sleeping pills by adolescents in Spain, 2004–2014. Journal of Adolescent Health, 2018; 63(6): 709-716.

8. DOMÍNGUEZ-CANTERO M. Uso prolongado de benzodiacepinas en el paciente anciano. European Journal of Health Research, 2018; 4(2): 89-97.

9. DOS SANTOS BSG. Uso indiscriminado de benzodiazepínicos. Monografia (Farmácia) - Curso de Farmácia, Centro Universitário Atenas, 2019; 19p.

10. DOS SANTOS B, et al. Contribution of benzodiazepines in dental care of patients with special needs. Journal of clinical and experimental dentistry, 2019; 11(12): e1170.

11. ESTEVES VPG. Uso abusivo de benzodiazepínicos em idosos: revisão bibliográfica. Monografia (Atenção Básica em Saúde da Família) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2011; 40p.

12. FOND G, et al. Long-term benzodiazepine prescription in treatment-resistant depression: A national FACE-TRD prospective study. Progress in Neuro-Psychopharmacology and Biological Psychiatry, 2023; 126: 110779.

13. FORGERINI M, et al. Drug interactions for elderly people with mental and behavioral disorders: a systematic scoping review. Archives of Gerontology and Geriatrics, 2021; 93: 104283.

14. FREIRE M, et. al. Utilização de benzodiazepínicos em idosos brasileiros: um estudo de base populacional. Revista de Saúde Pública, 2022; 56:. 10.

15. GALDURÓZ JCF, et al. V Levantamento sobre o consumo de drogas psicotrópicas entre estudantes do ensino fundamental e médio nas 27 capitais brasileiras. 1 ed. São Paulo: CEBRID, 2005; 506p.

16. GERLACH LB, et al. Prescription benzodiazepine use among older adults: a critical review. Harvard review of psychiatry, 2018; 26(5): 264.

17. GUIMARÃES IG e MELO QGS. Uso indiscriminado de medicamentos benzodiazepínicos. Monografia (Farmácia) – Departamento de Farmácia, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2022; 33p.

18. GUINA K e MERRILL B. Benzodiazepines I: upping the care on downers: the evidence of risks, benefits and alternatives. Journal of clinical medicine, 2018; 7(2): 17.

19. HALL W, et al. The 12-month prevalence of substance use and ICD-10 substance use disorders in Australian adults: Findings from the National Survey of Mental Health and Well-Being. Addiction, 1999; p. 1541–1550.

20. HALLI-TIERNEY AD, et al. Polypharmacy: evaluating risks and deprescribing. American family physician, 2019; 100(1): 32-38.

21. HER J e CHO M. Effect of aromatherapy on sleep quality of adults and elderly people: A systematic literature review and meta-analysis. Complementary therapies in medicine, 2021; 60: 102739.

22. JÚNIOR ABS, et al. Uso abusivo e indiscriminado de benzodiazepínicos por atuantes da área da saúde: uma revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2022; 15(10): e11397.

23. MARTINS RS, et al. Avaliação in silico da interação entre o receptor GABAA e metalocompostos derivados de benzodiazepínicos. Dissertação de Mestrado (Mestrado em biologia computacional e sistemas) -Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019; 124p.

24. NAFTI M, et al. Is benzodiazepine use associated with the risk of dementia and cognitive impairment–not dementia in older persons? The Canadian study of health and aging. Annals of Pharmacotherapy, 2020; 54(3): 219-225.

25. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). 2020. COVID-19 Disrupting Mental Health Services in Most Countries, WHO Survey. World Mental Health Day on 10 October to Highlight Urgent Need to Increase Investment in Chronically Underfunded Sector. Disponível em: https://www.who.int/news/item/05-10-2020-covid-19-disrupting-mental-health-services-in-most-countries-who-survey. Acessado em: 8 de dezembro de 2023.

26. ORLANDI P e NOTO AR. Uso indevido de benzodiazepínicos: um estudo com informantes-chave no município de São Paulo. Revista Latino Americana de Enfermagem, 2005.

27. PINCTON JD, et al. Benzodiazepine use and cognitive decline in the elderly. American Journal of Health-System Pharmacy, 2018; 75(3): 6-10.

28. PINTO MC. Medicamentos empregados nas intubações orotraqueais no contexto da pandemia do Covid-19 e suas alternativas terapêuticas: uma revisão bibliográfica. Monografia (Graduação em Farmácia), Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022; 102p.

29. POISBEAU P, et al. Anxiolytics targeting GABAA receptors: Insights on etifoxine. The World Journal of Biological Psychiatry, 2018; 19(sup1): S36-S45.

30. RABEEA SA, et al. Surging trends in prescriptions and costs of antidepressants in England amid COVID-19. DARU Journal of Pharmaceutical Sciences, 2021; 29: 217-221.

31. REI MJA. Questionário sobre o uso e aconselhamento de psicofármacos em animais de companhia. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Universidade da Beira Interior, Covilhã, 2022; 383p.

32. RIVASI G, et al. Effects of benzodiazepines on orthostatic blood pressure in older people. European journal of internal medicine, 2020; 72: 73-78.

33. ROCHA DAS e BATISTA DCA. O processo de desprescrição de benzodiazepínicos com ênfase na sua utilização e dependência. Revista multidisciplinar do sertão, 2023; Suplementar 2(1): S108-S116.

34. RUSIANA HP, et al. The effect of tradisoional music “cilokaq” therapy for the anxiety level in elderly women at the retirement home. Journal for Quality in Women's Health, 2023; 6(1): 75-81.

35. SANTOS MP. Comunidades terapêuticas e a disputa sobre modelos de atenção a usuários de drogas no Brasil. Em: SANTOS MPG. Comunidades terapêuticas: temas para reflexão. Rio de Janeiro, 2018; 17-36.

36. SARANGI A, et al. Benzodiazepine misuse: an epidemic within a pandemic. Cureus, 2021; 13: 6.

37. SILBERMAN E, et al. Benzodiazepines: it's time to return to the evidence. The British Journal of Psychiatry, 2021; 218(3): 125-127.

38. SILVA EG, et al. Uma abordagem ao uso indiscriminado de medicamentos benzodiazepínicos. Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente, 2018; 9: 610–614.

39. SINHA A, et al. Issues and challenges of polypharmacy in the elderly: A review of contemporary Indian literature. Journal of Family Medicine and Primary Care, 2021; 10(10): 3544.

40. TRKULJA V e BARIĆ H. Current research on complementary and alternative medicine (CAM) in the treatment of anxiety disorders: an evidence-based review. Anxiety Disorders: rethinking and understanding recent discoveries, 2020; 415-449.

41. VOTAW VR, et al. The epidemiology of benzodiazepine misuse: a systematic review. Drug and alcohol dependence, 2019; 200: 95-114.

42. WELSH JW, et al. Adjunctive pharmacologic approaches for benzodiazepine tapers. Drug and Alcohol Dependence, 2018; 189: 96-107.

43. WOJSZEL ZB. Dementia diagnoses and treatment in geriatric ward patients: a cross-sectional study in Poland. Clinical Interventions in Aging, 2020; 2183-2194.

44. ZAWILSKA JB e WOJCIESZAK J. An expanding world of new psychoactive substances—designer benzodiazepines. Neurotoxicology, 2019; 73: 8-16.

45. ZORZANELLI RT, et al. Consumo do benzodiazepínico clonazepam (Rivotril®) no estado do Rio de Janeiro, Brasil, 2009-2013: estudo ecológico. Ciência & Saúde Coletiva, 2019; 24: 3129-3140.