Sobretratamento excisional ambulatorial do colo uterino: histologia negativa para atipias

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Nathana Cristina Freitas Pereira
Sádia Martins de Paula Souza
Nádia Martins de Paula Souza

Resumo

Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico das pacientes submetidas a eletrocirurgia do colo uterino cujo resultado histológico foi negativo e investigar as indicações de EZT e os fatores que favoreceram tais resultados, reduzindo, assim, procedimentos desnecessários e superestimação da citologia e da biópsia. Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo, quantitativo, transversal, descritivo e observacional envolvendo pacientes que apresentaram histologia negativa para atipias após realizar EZT do colo uterino no período de janeiro de 2021 a dezembro de 2022, em um hospital público do Distrito Federal. Resultados: Foram incluídas no estudo 76 pacientes que atenderam aos critérios de inclusão. A maioria delas tinha entre 30 e 49 anos e 50% eram multíparas. A alteração citológica mais frequente foi ASCH, seguida de HSIL. A colposcopia mostrou que 30,3% apresentaram achados maiores. Cerca de 32% das pacientes realizaram biópsia incisional. Conclusão: Conclui-se que novas estratégias diagnósticas antes da EZT devem ser implementadas no serviço na tentativa de reduzir o tratamento excessivo.

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Como Citar
PereiraN. C. F., SouzaS. M. de P., & SouzaN. M. de P. (2024). Sobretratamento excisional ambulatorial do colo uterino: histologia negativa para atipias. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(2), e15936. https://doi.org/10.25248/reas.e15936.2024
Seção
Artigos Originais

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