Impactos psicossociais em crianças e adolescentes vítimas de violência sexual

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Fernanda Rodrigues da Silva
Sineide Santos de Souza
Erika Augusta do Amaral Coelho Bezerra
Brenda Moreira Dias

Resumo

Objetivo: Identificar na produção científica os impactos psicossociais em crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. As buscas dos estudos foram realizadas no período de março a abril de 2022. Foram incluídos estudos publicados no período de 2011 a 2021, indexados nas bases de dados, disponíveis na íntegra de forma gratuita e que respondessem à pergunta norteadora. Estudos em duplicidade, de revisão, dissertações, teses, trabalhos de conclusão de curso e anais de congressos foram excluídos. Resultados: A amostra compreendeu 12 estudos, os quais demonstraram que os impactos psicossociais dependem do nível de abuso sofrido, do tempo de exposição e de quem foi o abusador. As vítimas podem apresentar comportamento hipersexualizado, dificuldades de relacionamentos quando adultos, psicose e síndromes relacionadas ao estresse, introdução muito precoce e precoce ao sexo, uso de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas, comportamento sexual de risco, alta probabilidade de contrair Infecções Sexualmente Transmissíveis e de gravidez na adolescência, reincidência da violência na vida adulta, tanto como vítima quanto como abusador. Considerações finais: Os impactos psicossociais da violência sexual em crianças e adolescentes são diversos e podem perpetuar até a fase adulta, repercutindo em diversos âmbitos da vida social do indivíduo.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
SilvaF. R. da, SouzaS. S. de, BezerraE. A. do A. C., & DiasB. M. (2024). Impactos psicossociais em crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(6), e15947. https://doi.org/10.25248/reas.e15947.2024
Seção
Revisão Bibliográfica

Referências

1. ARPINI DM, et al. O ponto de vista de adolescentes em situação de vulnerabilidade social sobre o agressor sexual. Pesquisas e Práticas Psicossociais, 2017;12(2): 247- 262.

2. BAE SM, et al. PTSD correlates with somatization in sexually abused children: Type of abuse moderates the effect of PTSD on somatization. PloS one, 2018; 13(6): 1-11.

3. BERTHELOT N, et al. Prevalence and correlates of childhood sexual abuse in adults consulting for sexual problems. Journal of sex & marital therapy, 2014; 40(5): 434–443.

4. BRASIL. Escola que Protege: enfrentando a violência contra crianças e adolescentes. Ministério da.

5. Educação, 2008. Disponível em:http ://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/escqprote_eletronico.pdf.

6. CHIOQUETTA R. Violência doméstica contra crianças e adolescentes: o berço do crime. Revista Laboratório de Estudos da Violência da Unesp, 2014; 13: 169-179.

7. CONCEIÇÃO MM, et al. Perceptions of a multidisciplinary team on the psychological repercussions of sexual violence against children and adolescents. Texto & contexto enfermagem, 2021; 30: 1-15.

8. CORRÊA JB, et al. Transtornos dissociativos em pacientes vítimas de abuso sexual na infância. Brazilian Journal of Development, 2022; 8(7): 53876–53892.

9. CRUZ MA, et al. Repercussões do abuso sexual vivenciado na infância e adolescência: revisão integrativa. Ciência & saúde coletiva, 2021; 26(4): 1369–1380.

10. CUSTÓDIO AV e LIMA RP. O Contexto da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes. Revista Direitos Sociais e Políticas Públicas, 2023; 11(2): 48–72.

11. EGRY EY, et al. Enfrentar a violência infantil na Atenção Básica: como os profissionais percebem? Revista Brasileira de Enfermagem, 2017; 70(1): 119-125.

12. GARCIA AK, et al. Strategies for thirst relief: integrative literature review. Revista Brasileira de Enfermagem, 2016; 69(6): 1215-1222.

13. GAVA LL, et al. Sintomas e Quadros Psicopatológicos Identificados nas Perícias em Situações de Abuso Sexual Infanto-Juvenil. Psico, 2013; 44(2): 235-244.

14. KRINDGES CA e HABIGZANG LF. Regulação emocional, satisfação sexual e comportamento sexual de risco em mulheres vítimas de abuso sexual na infância. Estudos de Psicologia, Campinas, 2018; 35(3): 321–332.

15. LEVENSON JS, et al. Adverse childhood experiences in the lives of female sex offenders. Sexual abuse: a journal of research and treatment, 2015; 27(3): 258–283 .

16. LIRA MO, et al. Abuso Sexual na Infância e suas Repercussões na Vida Adulta. Texto & contexto enfermagem, 2017; 26(3): 1-8.

17. LUNARDI PA, et al. Violência contra crianças e adolescentes: características dos casos notificados em um Centro de Referência do Sul do Brasil. Enfermería Global, 2017; 46(4): 419-431.

18. MURPHY J, et al. Modelling the co-occurrence of psychosis-like experiences and childhood sexual abuse. Social psychiatry and psychiatric epidemiology, 2014; 49(7): 1037–1044.

19. NETO B, et al. Medicina: Elevados Padrões de Desempenho Técnico e Ético. 1ª ed. Ponta Grossa - PR: Atena, 2020; 140p.

20. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Global status report on preventing violence against children. 2020. Disponível em:https ://www.who.int/teams/social-determinants-of-health/violence-prevention/global-status-report-on-violence-against-children-2020.

21. PETERS M, et al. The Joanna Briggs Institute reviewers' manual 2015: Methodology for JBI scoping reviews. The Joanna Briggs Institute, 2015. 1-15p.

22. SANTOS DT, et al. O peso da Violência Sexual: uma análise da produção de conhecimento sobre violência sexual e obesidade no contexto brasileiro. Revista Gênero, 2022; 22(2): 83-108.

23. SATAR SN, et al. Predisposing factors and impact of child victimization: A qualitative study. International journal of environmental research and public health, 2021; 18(17): 1-14.

24. SCHEIDELL JD, et al. Child sexual abuse and HIV-related substance use and sexual risk across the life course among males and females. Journal of child sexual abuse, 2017; 26(5): 519–534.

25. SIQUEIRA AC, et al. Família e abuso sexual na perspectiva de adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Aletheia, 2011; 34: 109–122.

26. TEIXEIRA SA e TAQUETTE SR. Violência e atividade sexual desprotegida em adolescentes menores de 15 anos. Revista da Associação Médica Brasileira, 2010; 56(4): 440–446.

27. THOMPSON AD, et al. Sexual trauma increases the risk of developing psychosis in an ultra high-risk “prodromal” population. Schizophrenia bulletin, 2014; 40(3): 697–706.

28. TSUYUKI K, et al. Adverse childhood experiences (ACEs) are associated with forced and very early sexual initiation among Black women accessing publicly funded STD clinics in Baltimore, MD. PloS one, 2019; 14(15): 1-15.

29. TURNER S, et al. Childhood adversity and clinical and psychosocial outcomes in psychosis. Epidemiology and psychiatric sciences, 2019; 29(78): 1-10.

30. VIEIRA LJ, et al. Capacitação para o enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes em quatro capitais brasileiras. Ciência & Saúde Coletiva, 2015; 20(11):3407-3416.

31. WALSH K, et al. Pathway from child sexual and physical abuse to risky sex among emerging adults: the role of trauma-related intrusions and alcohol problems. The Journal of adolescent health: official publication of the Society for Adolescent Medicine, 2014; 54(4): 442–448.

32. WUBS D, et al. Speaking with and without words-an analysis of foster children’s expressions and behaviors that are suggestive of prior sexual abuse. Journal of child sexual abuse, 2018; 27(1): 70–87.