Perfil da mortalidade por lesões autoprovocadas no estado do Piauí

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Letícia de Carvalho Marques
Ana Paula Neiva Nunes Morais
Francisco de Assis Cosme Júnior
Danilo Gonçalves Dantas
Maurílio Batista Lima

Resumo

Objetivo: Analisar o perfil clínico e epidemiológico da mortalidade por lesões autoprovocadas no estado do Piauí, de 2012 a 2021. Métodos: Estudo epidemiológico, documental e transversal, de caráter descritivo, com dados do Sistema de Informação de Mortalidade do Sus (DATASUS), sobre lesões autoprovocadas. Resultados: Foram verificadas 2.728 notificações de óbitos por lesões autoprovocadas intencionalmente, no Piauí, com uma média anual de 272,8 casos, predominando os indivíduos do sexo masculino (79,2%), na faixa etária de 20-29 anos (24,2%), de cor/raça parda (68,9%), escolaridade de 1 a 3 anos (27,3%) e 1.123 casos eram indivíduos solteiros (41,2%). O ambiente domiciliar foi o local mais frequente dessas ocorrências (71,0%); e o meio mais utilizado foi enforcamento, estrangulamento e sufocação (X70), com 2.127 notificações (77,9%). Houve predominância de casos na macrorregião de saúde do Meio Norte (43,5%) e no município de Teresina, com 773 (28,3%) ocorrências. Conclusão: Ao longo dos anos, o Piauí observou um aumento na mortalidade por suicídio, com um perfil predominante de adultos jovens do sexo masculino, solteiros, com baixa escolaridade e identificados como pardos. A maior parte desses óbitos ocorreu em ambientes domésticos, e as lesões autoprovocadas mais comuns foram por enforcamento, estrangulamento e sufocação.

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Como Citar
MarquesL. de C., MoraisA. P. N. N., Cosme JúniorF. de A., DantasD. G., & LimaM. B. (2024). Perfil da mortalidade por lesões autoprovocadas no estado do Piauí. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(8), e15999. https://doi.org/10.25248/reas.e15999.2024
Seção
Artigos Originais

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