Violência obstétrica vivenciada por mães adolescentes no processo do parto
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Resumo
Objetivo: Conhecer as vivências de adolescentes que tiveram histórico de violência obstétrica no processo do parto. Métodos: Estudo descritivo, exploratório, qualitativo, realizado em um município do interior do Estado do Ceará, Brasil, e contou com a participação de nove adolescentes, que apresentavam histórico de violência obstétrica no momento do parto, as quais foram identificadas pelas equipes de Estratégia Saúde da Família do município, durante a visita puerperal. A coleta de dados aconteceu em agosto de 2022, no domicílio das adolescentes. Utilizou-se um roteiro de entrevista semiestruturada e a técnica de análise de conteúdo. Resultados: Participaram nove adolescentes, solteiras, pardas, com baixa renda familiar, sendo a maioria evangélica, com ensino médio incompleto, primigestas e com histórico de parto vaginal. Relataram as seguintes violações vivenciadas no processo do parto: indicação de cesariana sem indicação, violência física (Episiotomia, manobra de Kristeller, toque vaginal de forma excessiva e a amniotomia) e verbal, proibição do acompanhante no momento do parto. Conclusão: As vivências das adolescentes revelaram que o tema sobre violência obstétrica precisa ser cada vez mais abordada durante o pré-natal, para que durante toda a gravidez, o parto e o puerpério, elas possam identificá-la e se prevenirem.
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