Ponte Miocárdica: fisiopatologia, diagnóstico e condutas terapêuticas
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Resumo
Objetivo: Revisar sobre Ponte Miocárdica (PM), destacando sua fisiopatologia, manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento. Revisão bibliográfica: A ponte miocárdica (PM) é uma anomalia cardíaca congênita na qual uma porção do músculo cardíaco sobrepõe-se a uma artéria coronária, levando a compressão transitória dessa artéria durante a sístole. Apesar de ser considerada benigna, alguns subgrupos da PM estão associados a sintomas isquêmicos, dificultando o diagnóstico diferencial com doença arterial coronariana. Os pacientes com PM são em sua maioria assintomáticos e apresentam resultados do eletrocardiograma de repouso normais. Devido à heterogeneidade das características anatômicas e funcionais da PM, sua avaliação deve incluir também fatores funcionais e fisiológicos. Não existem diretrizes específicas para o tratamento da PM em pacientes assintomáticos, contudo, destaca-se a importância do monitoramento periódico e da modificação dos fatores de risco associados. Nos pacientes sintomáticos, embora ainda sejam escassas as evidências científicas, os betabloqueadores têm sido considerados fármacos de primeira linha devido aos seus efeitos cronotrópicos e inotrópicos negativos. Considerações finais: O conhecimento das particularidades anatômicas e das distintas manifestações clínicas da PM, assim como das limitações e potencialidades dos diferentes métodos diagnósticos disponíveis, são cruciais para o adequado manejo clínico desta condição.
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