Percepção de sujeitos em processo de transexualização com relação a atenção e promoção dos serviços de saúde
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Avaliar a percepção de sujeitos em processo de transexualização com relação à atenção e promoção dos serviços de saúde. Métodos: Estudo transversal, desenvolvido de forma remota, no período de junho a outubro de 2022, através de contatos telefônicos fornecidos pela instituição parceira: Casarão Brasil, localizada em São Paulo. A amostra foi composta por 28 sujeitos, com idade variando entre 22 a 52 anos e foram aplicados três questionários: 1. Questionário semi-estruturado; 2. Escala de Empatia – CARE Scale of empathy; 3. Questionário de Avaliação da Satisfação dos Usuários. Resultados: Da amostra, 96,43% declararam estar desempregados e 53,57% relataram possuir ensino médio e fundamental incompletos. Os sujeitos em processo de transexualização encontram dificuldades com relação ao acesso aos serviços de saúde, como longas esperas para marcação de consultas e para atendimentos nos serviços de saúde, despreparo dos profissionais ao atendê-los, dificuldade com o uso do nome social e patologização da transexualidade. Conclusão: Pode-se concluir, portanto, que a percepção das pessoas transexuais a respeito dos serviços de saúde é marcada pela discriminação, demora para conseguir atendimentos e falta de estrutura dos estabelecimentos.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. BRASIL. Decreto nº 8.727, de 28 de abril de 2016. Dispõe sobre o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. Diário Oficial da União 29 abr. 2016; Seção 1. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2016/decreto-8727-28-abril-2016-782951-publicacaooriginal-150197-pe.html.
3. BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Brasília, 2022. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/panorama.
4. BRASIL, Manual do Ministério da Saúde de Atenção Integral à População Trans. 2016. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cuidar_bem_saude_populacao_trans.pdf.
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.803, de 19 de novembro de 2013. Redefine e amplia o Processo Transexualizador no Sistema Único de Saúde - SUS. Diário Oficial [da] União. 21 nov 2013; p. 25 (Seção 1). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2803_19_11_2013.html.
6. BRASIL. Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria nº 457, de 19 de agosto de 2008. Aprova a Regulamentação do Processo Transexualizador no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. Diário [das] Leis:PortaldeLegislação; 2008.Disponívelem:https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-136-29-2008-08-19-457.
7. CARVALHO LS, PHILIPPI MM. Percepção de lésbicas, gays e bissexuais em relação aos serviços de saúde. Universitas: Ciências da Saúde, 2013; 11(2): 83-92.
8. CIASCA SV, et al. Saúde LGBTQIA+: práticas de cuidado transdisciplinar. 1. ed. Santana de Parnaíba: Editora Manole Ltda; 2021. Sessão II, Introdução a sexualidade humana e diversidade; 604-82.
9. COSTA AB, et al. Healthcare needs of and access barriers for Brazilian transgender and gender diverse people. Journal of Immigrant and Minority Health, 2018; 20(1): 115-123.
10. FRAGA FA. A percepção de homens negros transexuais acerca de saúde e adoecimento [dissertação]. Rio de Janeiro: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; 2020; 99p.
11. GAMBARELLI SF, TAETS GGCC. A importância da empatia no cuidado de enfermagem na atenção primária à saúde. Enfermagem Brasil, 2018; 17(4): 394-400.
12. GRANT JM, et al. Injustice at Every Turn: A Report of the National Transgender Discrimination Survey [internet]. Washington: National Center for Transgender Equality and National Gay and Lesbian Task Force, 2011; 228 p.
13. HANAUER OFD, HEMMI APA. Caminhos percorridos por transexuais: em busca pela transição de gênero. Saúde em Debate, 2019; 43 (spe8): 91–106.
14. MOIMAZ SAS, et al. Satisfação e percepção do usuário do SUS sobre o serviço público de saúde. Revista de Saúde Coletiva, 2010; 20(4): 1419-1440.
15. NOGUEIRA FJS, et al. Interseccionalidades na experiência de pessoas trans nos serviços de saúde. Revista Psicologia e Saúde, 2021; 13(3): 35-50.
16. OLIVEIRA GS, et al. Acesso de lésbicas, gays, bissexuais e travestis/transexuais às Unidades Básicas de Saúde da Família. Rev Rene, 2018; 19: e3295.
17. PADOVANI CSS, et al. Avaliação do perfil epidemiológico e das dificuldades encontradas pelos pacientes para o atendimento de primeira consulta no ambulatório de triagem da nefrologia da UNIFESP. Brazilian Journal of Nephrology, 2012; 34(4): 317-322.
18. PEREIRA LBC e CHAZAN ACS. O Acesso das Pessoas Transexuais e Travestis à Atenção Primária à Saúde: uma revisão integrativa. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, 2019; 14(41): 1795.
19. PINHO PH, et al. Os itinerários terapêuticos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de homens trans em busca do processo transexualizador. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2021; 13(11): e9116.
20. ROCON PC, et al. Acesso à Saúde pela População Trans no Brasil: nas Entrelinhas da Revisão Integrativa. Trab educ saúde, 2020; 18(1): e0023469.
21. ROCON PC, et al. Dificuldades vividas por pessoas trans no acesso ao Sistema Único de Saúde. Ciência coletiva, 2016; 21(8): 2517–26.
22. SCARPELLINI GR, et al. Escala CARE de empatia: tradução para o Português falado no Brasil e resultados iniciais de validação. Medicina (Ribeirão Preto), 2014; 47(1): 51-8.
23. SILVA JFL, et al. Autocuidado à Saúde LGBT e sua Percepção em Relação à Atuação dos Profissionais de Saúde. Ensaios e Ciência, 2021; 25(4): 456-461.
24. SILVA MA, et al. Trabalho e saúde na população transexual: fatores associados à inserção no mercado de trabalho no estado de São Paulo, Brasil. Ciência e Saúde Coletiva, 2020; 25(5): 1723-1734.
25. SILVA TG, et al. Vivência sobre o acesso ao serviço de saúde público da população transexual. Inic Científ Unicamp, 2020.