Análise dos casos de trauma que evoluem para morte encefálica e o processo de doação de órgãos
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Resumo
Objetivo: Analisar casos de trauma que evoluem para morte encefálica quanto ao processo de doação de órgãos. Método: Estudo quantitativo transversal analítico com pacientes em situação de suspeita de morte encefálica, atendidos em instituição hospitalar de janeiro de 2021 a dezembro de 2022. Foram incluídos os casos de origem traumática e excluídos os que evoluíram para parada cardiorrespiratória antes da confirmação da morte encefálica. Verificaram-se associações entre a caracterização do perfil, o tipo de trauma e o processo de doação de órgãos por meio dos testes Qui-quadrado de Pearson e análise Post hoc. Resultados: A maioria tinha entre 30 e 59 anos e eram do sexo masculino. Estiveram associados ao tipo de trauma a região acometida (p<0,001), o mecanismo (p<0,001), não ser vítima de violência (p<0,001), não autorização familiar para doação (p<0,001), não ser doador efetivo (p<0,012) e o tipo de tecido doado (p<0,005). Conclusão: Sugere-se explorar mais a não efetivação da doação, visto que o número de doadores efetivos esteve muito abaixo se comparado à quantidade de potenciais doadores. Agir sobre as causas pode modificar as taxas de doação e reduzir a lista de espera por transplantes.
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