O sofrimento mental em estudantes de medicina e o papel das redes de apoio

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Miguel Rassi Fernandes Lopes
Vithor Alexander Borges Coelho
Hellen Hansel de Sousa
Jordana Lúcio de Barros
Luciana Vieira Queiroz Labre

Resumo

Objetivo: Associar a percepção dos alunos com sofrimento mental frente às ferramentas de acolhimento do curso de medicina de uma instituição privada de ensino superior. Métodos: Trata-se de um estudo observacional com delineamento transversal qualitativo e quantitativo, realizado com 302 acadêmicos de medicina, de ambos os sexos, idade de 18 a 33 anos. Foi aplicado um questionário desenvolvido pelos pesquisadores (Questionário Saúde Mental Acolhimento Estudantil) e as respostas correlacionadas com o Self-Reporting Questionannaire-20. Os dados obtidos foram analisados por estatística descritiva com auxílio do software IBM SPSS Statistics. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética. Resultados: Dentre os participantes 52,3% apresentaram sofrimento mental, mas cerca de 74,5% nunca frequentaram a rede de apoio oferecida pela Universidade, sendo que 15,6% não tinham conhecimento dela. Além disso, os acadêmicos que mais buscaram acolhimento foram os do ciclo clínico e não houve diferença na forma como se sentiram recebidos, apesar dos diferentes perfis. Conclusão: Conclui-se que mais da metade dos entrevistados possuem sofrimento mental e os recursos de apoio são pouco utilizados.

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Como Citar
LopesM. R. F., CoelhoV. A. B., SousaH. H. de, BarrosJ. L. de, & LabreL. V. Q. (2024). O sofrimento mental em estudantes de medicina e o papel das redes de apoio. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(7), e16321. https://doi.org/10.25248/reas.e16321.2024
Seção
Artigos Originais

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