Perfil dos nascimentos prematuros ocorridos em município do extremo oeste de Santa Catarina

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Camila Amthauer
Eliane Carla Brandemburg
Karina Brandemburg
Joel Morschbacher
Leidimari Meneghini

Resumo

Objetivo: Identificar o perfil dos nascimentos prematuros ocorridos no município de São Miguel do Oeste, Santa Catarina. Métodos: Estudo quantitativo transversal, retrospectivo, descritivo, desenvolvido a partir de dados secundários. A população foi composta pelos recém-nascidos, cadastrados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, com nascimento no município de São Miguel do Oeste, Santa Catarina, entre 2016 e 2020. Aplicou-se a análise descritiva dos dados, sendo as variáveis categorizadas e expressas por frequência relativa e absoluta. Resultados: fizeram parte do estudo 2.778 recém-nascidos. Destes, 292 eram prematuros, representando 10,5% do total de nascimentos, sendo a maioria prematuros moderados e tardios. Dentre os recém-nascidos prematuros, houve prevalência do sexo feminino (50,7%), cor branca (84,6%), com baixo peso ao nascer (55,5%), nascidos de parto cesáreo (66,8%), com Apgar 1º minuto entre 8 e 10 (76,7%) e 5º minuto entre 8 e 10 (94,5%). Conclusão: Sobreleva-se a necessidade de investir em estratégias que ampliem a cobertura e a qualidade do pré-natal, já que este é um fator de proteção para a prematuridade. Ademais, ressalta-se a importância de aprofundar os estudos sobre o assunto, com vistas ao planejamento e implementação de políticas públicas voltadas à redução da prematuridade e de seus desfechos adversos.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
AmthauerC., BrandemburgE. C., BrandemburgK., MorschbacherJ., & MeneghiniL. (2024). Perfil dos nascimentos prematuros ocorridos em município do extremo oeste de Santa Catarina. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(7), e16337. https://doi.org/10.25248/reas.e16337.2024
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ALBERTON M, et al. Prevalence and temporal trend of prematurity in Brazil before and during the COVID-19 pandemic: a historical time series analysis, 2011-2021. Epidemiologia e Serviços de Saúde. 2023;32(2): e2022603.

2. ALVES ISG, et al. Trabalho de parto prematuro: condições associadas. Rev. Enferm UFPE online. 2021;15: e245860.

3. AMTHAUER C e CUNHA MLC. Sociodemographic and gestational factors of adolescent mothers associated with prematurity. Rev Rene. 2022;23: e78741.

4. AMTHAUER C e CUNHA MLC. Maternal and neonatal factors associated with hospital readmission of newborns of adolescent mothers. Rev Gaúcha Enferm. 2023;44: e20220063.

5. BARROS FC, et al. Cesarianas e prevalência de nascimentos prematuros no Brasil: análises secundárias do registro nacional de nascimento. BMJ Open. 2018;8: e021538.

6. BERNARDINO FBS, et al. Tendência da mortalidade neonatal no Brasil de 2007 a 2017. Ciência & Saúde Coletiva. 2022;27(2): 567-78.

7. BRITO APM, et al. Enfermagem no contexto familiar na prevenção de anomalias congênitas: revisão integrativa. J. Health Biol Sci. 2019;7(1): 64-74.

8. BUENDGENS BB, et al. Características maternas na ocorrência da prematuridade tardia. Revista de Enfermagem UFPE Online. 2017;11(7): 2897-906.

9. CHAWANPAIBOON S, et al. Global, regional, and national estimates of levels of preterm birth in 2014: a systematic review and modelling analysis. Lancet Glob Health. 2019;7(1): e37-e46.

10. CHERMONT AG, et al. Fatores de risco associados à prematuridade e baixo peso ao nascer nos extremos da vida reprodutiva em uma maternidade privada. Rev Eletron Acervo Saúde. 2020(39): e2110.

11. DESCOVI MHM, et al. Resuscitation of moderate and late preterm babies in the delivery room: associated factors. Acta Paul. Enferm. 2020;33: eAPE20180134.

12. FERNANDES MMSM, et al. Prognosis of newborns in neonatal intensive care units: an integrative review. Rev Fund Care Online. 2019;11(3): 748-55.

13. GAMARRA-OCA LF, et al. Long-term neurodevelopmental outcomes after moderate and late preterm birth: a systematic review. J Pediatric. 2021; 237: 168-76. e11.

14. GUIMARÃES EAA, et al. Prematurity and associated factors in Divinópolis, Minas Gerais state, Brazil, 2008-2011: analysis of the Information System on Live Births. Epidemiol. Serv. Saude. 2017;26(1).

15. JANTSCH LB, et al. Health care network (dis)articulation in late and moderate prematurity. Rev Bras Enferm. 2021;74(5): e20200524.

16. KALE PL e FONSECA SC. Intrauterine growth restriction, prematurity, and low birth weight: risk phenotypes of neonatal death, Rio de Janeiro State, Brazil. Cad. Saúde Pública. 2023;39(6): e00231022.

17. LEAL MC, et al. Progress in childbirth care in Brazil: preliminary results of two evaluation studies. Cad. Saúde Pública. 2019; 35(7): e00223018.

18. MACHADO MCHS, et al. Atenção à saúde no primeiro ano de vida de uma coorte prospectiva de lactentes prematuros tardios e a termo de Botucatu, São Paulo, 2015-2017. Epidemiol. Serv. Saude. 2021;30(2): e2020619.

19. MARTINELLI KG, et al. Prematuridade no Brasil entre 2012 e 2019: dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. R. bras. Est. Pop., v.38, 1-15, e0173, 2021.

20. MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: https ://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf.
Acessado em: 29 de junho de 2022.

21. MOURA BLA, et al. Factors associated with hospitalization and neonatal mortality in a cohort of newborns from the Unified Health System in São Paulo. Rev Bras Epidemiol. 2020;23: E200088.

22. OHUMA EO, et al. National, regional, and worldwide estimates of preterm birth in 2020, with trends from 2010: a systematic analysis. Lancet. 2023;402(10409): 1261-7.

23. OLIVEIRA LL, et al. Maternal and neonatal factors related to prematurity. Rev Esc Enferm USP. 2016;50(3): 382-389.

24. PAIXAO ES, et al. Risk of mortality for small newborns in Brazil, 2011-2018: a national birth cohort study of 17.6 million records from routine register-based linked data. The Lancet. 2021; 3:100045.

25. PERIN J, et al. Global, regional, and national causes of under-5 mortality in 2000-19: an updated systematic analysis with implications for the Sustainable Development Goals. Lancet Child Adolesc Health. 2022;6(2): 106-15.

26. PITILIN EB, et al. Perinatal factors associated with prematurity in neonatal intensive care unit. Texto Contexto Enferm. 2021;30: e20200031.

27. QUARESMA ME, et al. Factors associated with hospitalization during neonatal period. J Pediatr. 2018; 94:390-8.

28. RAMASWAMY VV, et al. ELBW and ELGAN outcomes in developing nations - systematic review and meta-analysis. PLoS One. 2021; 16e0255352.

29. ROSA NP, et al. Fatores de risco e causas relacionados à prematuridade de recém-nascidos em uma instituição hospitalar. Research, Society and Development. 2021;10(9): e55610918431.

30. SALES IMM, et al. Sentimentos de mães na unidade canguru e as estratégias de suporte dos profissionais de enfermagem. Rev Cuid. 2018;9(3):2413-22.

31. SANTIAGO ACT, et al. Perfil de crescimento de recém-nascidos prematuros menores de 32 semanas no primeiro ano de vida. Rev Ciênc Méd. Biol. 2014;13(3):269-73.

32. SANTOS LM, et al. Caracterização de nascidos vivos prematuros em um município do nordeste brasileiro. Rev Soc Bras Enferm Ped. 2021;21(2): 85-90.

33. SARDA SP, et al. Global prevalence of long-term neurodevelopmental impairment following extremely preterm birth: a systematic literature review. J Int Med Res. 2021;49: (3000605211028026).

34. SCHIAVO RA, et al. Saúde emocional materna e prematuridade: influência sobre o desenvolvimento de bebês aos três meses. Pensando Fam. 2021;25(2): 98-113.

35. SARRAZIN PSV, et al. Prevalence of premature birth between 2018 and 2019 in a public maternity in the municipality of Manaus-Amazonas. Saúde Coletiva (Barueri). 2023;13(87): 12835-40.

36. SOUZA DM, et al. Prevalence of prematurity and associated factors in the state of Rio Grande do Sul. Braz J Health Rev. 2019;2(5): 4052-70.

37. SOUZA FL, et al. Motivos para não realiação do pré-natal por gestantes. Rev Eletron Acervo Saúde. 2020;55: e3878.

38. VANIN LK, et al. Maternal and fetal risk factors associated with late preterm infants. Rev Paul Pediatr. 2020;38: e2018136.

39. WHO. World Health Organization. Preterm birth. Genebra: World Health Organization, 2023. Disponível em:https ://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/preterm-birth. Acessado em: 30 de novembro de 2023.