Barreiras para a prestação de serviços farmacêuticos com qualidade nas farmácias comunitárias privadas brasileiras

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Elias Matias Laurentino
Ana Cláudia de Brito Passos
Joyce da Silva Almeida
Maria Danielle de Sousa Martins
Tomaz de Medeiros Aquino
Paulo Sérgio Dourado Arrais

Resumo

Objetivo: Identificar as principais barreiras para a prestação de serviços farmacêuticos (SF) com qualidade nas farmácias comunitárias (FC) privadas brasileiras. Métodos: Revisão integrativa, que recuperou estudos em que a coleta de dados foi realizada após a publicação da RDC nº44/2009. Utilizou-se como pergunta norteadora: “Quais as barreiras para a prestação de SF com qualidade nas FC privadas brasileiras?”. O levantamento bibliográfico ocorreu em novembro/2023, nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), SCOPUS e Web of Science, observando os critérios de inclusão baseados no mnemônico PCC: População (FC privadas brasileiras), Conceito (barreiras que impedem ou prejudicam a oferta de SF com qualidade e segurança) e Contexto (SF prestados ao público). Resultados: Foram recuperados 516 estudos e permaneceram 32 após o processo de seleção. As barreiras foram classificadas em oito categorias e 22 subcategorias. Considerações finais: Há diversas barreiras para a prestação plena dos SF nas FC, frequentemente limitado à oferta de serviços pontuais e entrega do medicamento no balcão da farmácia, por profissionais despreparados, que encontram vários problemas para a promoção da saúde, numa infraestrutura desfavorável à prática do cuidado.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
LaurentinoE. M., PassosA. C. de B., AlmeidaJ. da S., MartinsM. D. de S., AquinoT. de M., & ArraisP. S. D. (2024). Barreiras para a prestação de serviços farmacêuticos com qualidade nas farmácias comunitárias privadas brasileiras. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(5), e16391. https://doi.org/10.25248/reas.e16391.2024
Seção
Revisão Bibliográfica

Referências

1. ARAGÃO AF et al. Avaliação das Boas Práticas Farmacêuticas em drogarias de pequeno e grande porte no município de Teresina – PI. Boletim Informativo Geum, 2014; 4(1): 84-93.

2. BALDONI AO, et al. Profile of activities developed by community pharmacists: do they corroborate the precepts of the pharmaceutical profession? Braz. J. Pharm. Sci. 2020; 56.

3. BRASIL. Lei nº 13.021, de 8 de agosto de 2014. Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas. [Internet]. Diário Oficial da União, 11 ago 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13021.ht. Acessado em: 07 de fevereiro de 2024.

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 44 de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Poder Executivo, Brasília, DF, 17 ago. 2009. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_44_2009_COMP2.pdf/51e7ed13-3998-4082-9b8b-9e1878964761. Acessado em: 07 de fevereiro de 2024.

5. BRASIL. Resolução de Diretoria Colegiada nº 786, de 05 de maio de 2023 - Dispõe sobre os requisitos técnico sanitários para o funcionamento de Laboratórios Clínicos, de Laboratórios de Anatomia Patológica e de outros Serviços que executam as atividades relacionadas aos Exames de Análises Clínicas (EAC) e dá outras providências. Disponível em: https://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/5919009/RDC_786_2023_.pdf/d803afbc-59c1-4dc2-9bb1-32f5131eca59. Acessado em: 07 de fevereiro de 2024.

6. CANIBAL NA, et al. Farmacovigilância em farmácias e drogarias: situação atual. Revista intellectus. 2017; 37: 4662.

7. CFF. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução nº 499 de 17 de dezembro de 2008. Dispõe sobre a prestação de serviços farmacêuticos, em farmácias e drogarias, e dá outras providências. Disponível em: https://www.cff.org.br/userfiles/20%20-%20BRASIL_%20CONSELHO%20FEDERAL%20DE%20FARM%C3%81CIA_%202009%20Resolucao_499_2008_CFF.pdf. Acessado em: 07 de fevereiro de 2024.

8. COULIBALY IGS, et al. Sexually transmitted diseases and the vulnerability of the population in the Alto Solimões region, in Amazonas, Brazil. Saúde E Sociedade, 2017; 26(1): 51-60.

9. DINIZ HG e NICOLETTI MA. Cenário da dispensação de medicamentos a pessoas da terceira idade em farmácias comunitárias. Infarma - Ciências Farmacêuticas, 2020; 32(3): 281-291.

10. EL-DAHIYAT F, et al. A survey study to measure the practice of patient counseling and other community pharmacy services in Jordan. J. Pharm. Health.Serv. Res., 2019; 133-139.

11. FERNANDES BD, et al. Avaliação dos serviços farmacêuticos: indicadores de estrutura e processo em farmácias comunitárias. Revista Brasileira de Pesquisa e Saúde, 2015; 17(1): 31-37.

12. FERNANDES BD, et al. Uma proposta de instrumento de avaliação da qualidade em farmácias comunitárias utilizando um sistema de informação geográfica. Rev. gest. sist. saúde, São Paulo, 2021; 10(3): 253-274.

13. HALILA GC, et al. The practice of OTC counseling by community pharmacists in Parana, Brazil. Pharm Pract (Granada), 2015; 13(4): 597.

14. JUBÉ TA e BARRETO JOM. Ações da vigilância sanitária em farmácias comunitárias: análise de uma consulta nacional. Vigil Sanit Debate, 2022; 10(1): 25-33.

15. JÚNIOR EH, et al. Quality indicators of pharmacists’ services in community pharmacies in Paraná State, Brazil. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, 2017; 53(1): e16021.

16. LIMA SI, et al. Rationality of Antimicrobial Prescriptions in Community Pharmacy Users. PLoS One, 2015; 10(10): e0141615.

17. MARCOLINO PA. Análise da vigilância pós-comercialização realizada por farmacêuticos no município de Niterói. Dissertação (Mestrado em Ciências Aplicadas A Produtos Para Saúde) da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, 2017; 1.

18. MELO AC e FRADE JCQP. Serviços farmacêuticos diretamente destinados ao paciente, à família e à comunidade: contextualização e arcabouço conceitual. Brasília: Conselho Federal de Farmácia, 2016; 1.

19. MENDES GL e ARRAIS PSD. Ações de Vigilância Sanitária na área de produtos e serviços farmacêuticos em município de grande porte do Nordeste do Brasil: Vigil Sanit Debate, 2023; 11: e02130.

20. MESQUITA AR, et al. Assessment of pharmacist's recommendation of non-prescription medicines in Brazil: a simulated patient study. Int J Clin Pharm., 2013; 35(4): 647-55.

21. MORO LD, et al. Abordagem do gerenciamento de resíduos de serviços de saúde em drogarias e farmácias de manipulação em cidade de pequeno porte da região sul do brasil. Holos Environment, 2017; 17(1): 79-93.

22. OBRELI-NETO PR, et al. Use of simulated patients to evaluate combined oral contraceptive dispensing practices of community pharmacists. PLoS One, 2013; 8(12): e79875.

23. OLIVEIRA AD, et al. Avaliação das penalidades em farmácias de Goiânia-GO. Vigil Sanit Debate, 2017; 5(2): 42-52.

24. OLIVEIRA JC, et al. Levantamento dos serviços farmacêuticos ofertados pelas farmácias e drogarias do Município de Toledo, Estado do Paraná, Brasil. Research, Society and Development, 2020; 9(9): e983998116.

25. OLIVEIRA NS, et al. Concordância entre avaliadores na seleção de artigos em revisões sistemáticas. Rev Bras Epidemiol. 2006; 9(3): 309-15.

26. OLIVEIRA NVBV, et al. Atuação profissional dos farmacêuticos no Brasil: perfil sociodemográfico e dinâmica de trabalho em farmácias e drogarias privadas. Saude soc., 2017; 26(4): 1105-1121.

27. PIVELLO VL. Perfil e atuação dos farmacêuticos comunitários do município de São Paulo na vigência da Resolução 44/2009 da ANVISA. 2014. Dissertação (Mestrado em Produção e Controle Farmacêuticos) - Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014; 1.

28. REIS TM, et al. Knowledge and conduct of pharmacists for dispensing of drugs in community pharmacies: a cross-sectional study. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, 2015; 51(3): 733-744.

29. ROCHA CE, et al. Assessment of Community Pharmacists' Counseling Practices With Simulated Patients Who Have Minor Illness: A Pilot Study. Simul Healthc., 2015; 10(4): 227-38.

30. SANTOS AP, et al. Assessment of community pharmacists' counselling skills on headache management by using the simulated patient approach: a pilot study. Pharm Pract (Granada), 2013; 11(1): 3-7.

31. SANTOS SC, et al. Perception of community pharmacists about the work process of drug dispensing: a cross-sectional survey study. BMC Health Serv Res., 2022; 22: 161.

32. SANTOS SC, et al. Which factors may influence the implementation of drug dispensing in community pharmacies? A qualitative study. J Eval Clin Pract., 2023; 29(1): 83-93.

33. SILVA AF e MARTINS VLFD. Logística reversa de pós-consumo de medicamentos em Goiânia e região metropolitana – um estudo de caso. Boletim Goiano De Geografia, 2017; 37(1): 56-73.

34. SILVA PS, et al. Avaliação da propaganda de medicamentos isentos de prescrição em farmácias comunitárias do Município de Niterói (RJ, Brasil). Revista De Direito Sanitário, 2018; 18(3): 77-93.

35. SOARES CB, et al. Revisão integrativa: conceitos e métodos utilizados na enfermagem. Rev. esc. enferm. USP, 2014; 48(2): 335-345.

36. SOARES PBP, et al. A logística reversa de medicamentos vencidos nas farmácias da região do centro de Belo Horizonte. Sustentare, 2018; 2(2).

37. SOUZA EV, et al. Evaluation of pharmacist’s practices regarding the antimicrobials dispensing: a simulated patient study. BMC Health Serv Res., 2022; 22: 1576.

38. SOUZA MFR, et al. Analysis of the clinical practice of the pharmacist in a community pharmacy: A Cross-sectional Study from Brazil. Pharmacy Practice, 2022; 20(2): 2658.

39. SOUZA SS. Farmacêuticos e suas atividades em farmácias comunitárias: uma análise de perfil. Natal. Dissertação de Mestrado - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 2012; 90.

40. TOSCANO IG e NOBREGA CC. Logística reversa de medicamentos vencidos e em desuso em um país em desenvolvimento. estudo de caso: João Pessoa – Paraíba/Brasil. Revista AIDIS De Ingeniería Y Ciencias Ambientales. Investigación, Desarrollo Y práctica, 2021; 14(3): 997-1012.