Perfil de vítimas de acidentes ofídicos no estado do Amapá no período de 2010 a 2020
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Caracterizar os acidentes ofídicos por área de ocorrência, população acometida e peçonha de maior incidência. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e exploratório com abordagem quantitativa realizado no estado do Amapá no período de 2010 a 2020. Resultados: Os acidentes ofídicos acometem principalmente o sexo masculino (82,4%), de raça parda (75,2%), entre 20 e 39 anos (39,3%), que possuem instrução a nível de ensino fundamental (80,8%), residentes de municípios do interior (61,2%). A peçonha mais incidente foi a botrópica (90%), onde, o local da mordedura frequentemente acomete pés (61,3%) e pernas (19,7%). Em relação a evolução clínica dos acidentes, o tempo entre a picada e o atendimento variou de uma a seis horas (48%), sendo que em 92% dos casos foi utilizada a soroterapia resultando em sua maioria em casos leves (58,8%) e moderados (36,5%), evoluindo para cura em 99,7% dos casos. Conclusão: Conclui-se que os acidentes ofídicos de maior incidência no estado do Amapá no período de 2010 a 2020 acometeram residentes de zona rural, majoritariamente homens dentro faixa etária economicamente ativa e de baixa escolaridade, sendo a peçonha botrópica a mais incidente.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. ALVES RF, et al. Gênero e saúde: o cuidar do homem em debate. Psicol. teor. prat, 2011; 152-166.
3. AZEVEDO MM e HERING SE. Acidentes por animais peçonhentos. Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2003; 480-489.
4. BALDASSIN JCS, et al. Perfil epidemiológico e dinâmica da distribuição dos acidentes ofídicos em humanos no estado de São Paulo. Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, 2021; 17: 216-226.
5. BARBOSA PF, et al. Renal toxicity of Bothrops moojeni snake venom and its main myotoxins. Toxicon, [S.L.], 2002; 1427-1435.
6. BELTRAME V e D’AGOSTINI FM. Acidentes com animais peçonhentos e venenosos em idosos registrados em municípios do estado de Santa Catarina, Brasil. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, 2017; 14(3): 265-274.
7. BRASIL. Biblioteca Virtual em Saúde, Ministérios de Saúde. 2020. Disponível em: https ://bvsalud.org/. Acesso em: 26 de junho de 2023.
8. BRASIL, Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos, 2001: Disponivel em https ://www.icict.fiocruz.br/sites/www.icict.fiocruz.br/files/Manual-de-Diagnostico-e-Tratamento-de-Acidentes-por-Animais-Pe--onhentos.pdf. Acesso em: 26 de junho de 2023.
9. BRASIL, Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico, 2020. Disponível em https ://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos.Acessado em: 26 de novembro de 2023.
10. CÂMARA OZ, et al. Envenenamentos ofídicos em uma região da Amazônia Ocidental Brasileira. Jornal de Crescimento e Desenvolvimento Humano, 2020; 30(1): 120-128.
11. CARDOSO JLC e WEN FH. Animais Peçonhentos no Brasil: Biologia, Clínica e Terapêutica dos Acidentes. Introdução ao Ofidismo, 2003; 6-12.
12. CASTRO ID. Estudo da toxicidade das peçonhas crotálicas e botrópicas, no acidente ofídico, com ênfase a toxicidade renal. Mundo Saúde, 2006; 644-653.
13. FARSKY SH, et al. Characterization of local tissue damage evoked by Bothrops jararaca venom in the rat connective tissue microcirculation: an intravital microscopic study. Toxicon. 1999.
14. FEITOSA SB, Perfil epidemiológico das pessoas acometidas por acidentes ofídicos e seus determinantes no Tocantins. Dissertação (Mestrado) - Curso de Saúde Coletiva, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2017.
15. FONSECA JJS. Metodologia da pesquisa científica. UEC, 2002.
16. FRAY B. Snakebite: When the Human Touch Becomes a Bad Touch. Toxins. 2018; 170.
17. GIL A C. Como elaborar projetos de pesquisa. Atlas, 2007.
18. GONÇALVES RM e DOMINGOS IM. População ribeirinha no Amazonas e a desigualdade no acesso à saúde. Revista de Estudos Constitucionais, 2019; 99–108.
19. GRACIANO SA, et al. Perfil epidemiológico dos acidentes ofídicos em homens. Revista de Enfermagem Referência, 2013; 3(10): 89-98.
20. HAACK BM e LUTINSKI JA. Perfil dos acidentes com animais peçonhentos envolvendo crianças. Research, Society and Development, 2021; 10(10): 131101018709.
21. INSTITUTO BUTANTAN. Entenda por que a OMS quer reduzir pela metade os casos de envenenamento por picada de cobra até 2030. https ://butantan.gov.br/noticias/entenda-por-que-a-oms-quer-reduzir-pela-metade-os-casos-de-envenenamento-por-picada-de-cobra-ate-2030. Acessado em: 26 de maio de 2023.
22. ISABELLA CD, et al. Acidentes ofídicos: revisão de literatura. Imes, 2020.
23. KONRAD AZ, et al. Concepções de envelhecimento saudável e ativo de idosos moradores do meio rural. Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento, 2023; 28.
24. LEMOS JDC, et al. Epidemiologia dos acidentes ofídicos notificados pelo Centro de Assistência e Informação Toxicológica de Campina Grande, Revista Brasileira de Epidemiologia, 2009; 50–59.
25. LIMA ACSF, et al. Perfil epidemiológico de acidentes ofídicos do Estado do Amapá. Rev. Soc. Brasil. Med. Tropp. 2009; 329–335.
26. LOPES AB, et al. Perfil epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos na região Norte entre os anos entre 2012 e 2015: uma revisão. Revista de Patologia do Tocantins, 2017; 4(2): 36-40.
27. MAGALHAES CS, et al. Aspectos epidemiológicos e clínicos dos acidentes ofídicos ocorridos nos estados de Alagoas e de Pernambuco. Revista Saúde e Meio Ambiente, 2020; 10(1): 119-132.
28. MATTOS RR e IGNOTTI E. Incidência de acidentes ofídicos por gêneros de serpentes nos biomas brasileiros. Ciência & Saúde Coletiva, 2020; 25(7): 2837-2846.
29. MIRANDA UM. Como a subnotificação interfere no cotidiano do SUS, Dissertação UFBA. 2017.
30. MORAES ALCS, et al. Aspectos epidemiológicos dos acidentes ofídicos na região nordeste no período entre 2016-2019. Revista Interdisciplinar em Saúde, 2021; 8: 226-238.
31. NATÁLIA MA, et al. Desigualdade no acesso à saúde entre as áreas urbanas e rurais do Brasil: uma decomposição de fatores entre 1998 e 2008. Saúde pública. 2018.
32. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). Snakebite envenoming. Disponível em https ://www.who.int/health-topics/snakebite#tab=tab_1 Acesso: 5 de maio de 2024.
33. PARDAL PPO, et al. Acidente por surucucu (Lachesis muta, muta) em Belém-Pará: relato de caso. Revista Paraense de Medicina, 2007; 37-42.
34. PEREIRA ID. Ofidismo. Ass Med Brasil, 2001; 27.
35. ROSANY B e CLAUDIO JS. Epidemiologia dos acidentes ofídicos nos últimos 100 anos. Saúde Pública, 2003.
36. SALOMÃO M, et al. Perfil Biológico dos acidentes por animais peçonhentos no Município de Guarulhos, Arquivos do Instituto Biológico, 2003.
37. SARAIVA MG, et al. Perfil epidemiológico dos acidentes ofídicos no Estado da Paraíba, Brasil, 2005 a 2010. Epidemiol. Serv. Saúde, 2012; 21(3): 449-456.
38. TRIVIÑOS ANS. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. Atlas, 1987.