Fatores relacionados ao conhecimento de adolescentes sobre vacinação em tempos de fake news
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Analisar a rede causal do conhecimento de adolescentes sobre vacinação no contexto da disseminação de fake news. Métodos: Estudo quantitativo, realizado com 106 estudantes de uma instituição pública federal. A coleta dos dados ocorreu entre novembro de 2020 a janeiro de 2021, com auxílio de formulário eletrônico. Foi mensurado o conhecimento dos adolescentes sobre vacinação e a habilidade para identificar notícias falsas. Inicialmente foi realizada análise descritiva das variáveis, após, foi proposto um modelo causal do conhecimento, com a construção de duas variáveis latentes (perfil sociodemográfico e crenças). A análise foi realizada com auxílio do software R. Resultados: As crenças dos adolescentes apresentaram efeito direto e significativo acerca do conhecimento sobre vacinação (34,062); enquanto o perfil sociodemográfico apresentou efeito menor e indireto (4,750). Adolescentes que acreditam no benefício e na segurança das vacinas, com pais de maior escolaridade e maior renda, que residem na zona urbana e têm a Internet como principal fonte de informação apresentaram melhor escore de conhecimento. Conclusão: A rede causal foi capaz de identificar os fatores que podem influenciar o conhecimento dos adolescentes sobre vacinação e podem auxiliar na identificação dos principais desafios, bem como, permitir o desenvolvimento de estratégias campanhas de vacinação mais eficazes.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. BOLLEN KA. Structural Equations with latent Variables. 2nd ed. New York: J. Wiley, 1989; 528p.
3. BRAGAZZI NL. Pharmacists as Immunizers: The Role of Pharmacies in Promoting Immunization Campaigns and Counteracting Vaccine Hesitancy. Pharmacy (Basel), 2019; 7(4).
4. BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução n 466 de 12 de dezembro de 2012: diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília (DF): 2012.
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações. 2023. Disponível em: https ://sipni.datasus.gov.br. Acesso em: 23 de jan. 2024.
6. BUGES NM, et al. Fatores que interferem na adesão dos pais e/ou responsáveis no cumprimento do calendário básico de vacinação infantil. Revista Amazônia Science & Health, 2020; 8(3).
7. CHOI S, et al. eHealth Literacy, Awareness of Pandemic Infectious Diseases, and Healthy Lifestyle in Middle School Students. Children, 2021; 8(8): children8080699.
8. DFNDRLAB. Relatório de Segurança Digital no Brasil. 2018. Disponível em: https ://www.psafe.com/dfndr-lab/wp-content/uploads/2018/08/dfndr-lab-Relat%C3%B3rio-da-Seguran%C3%A7a-Digital-no-Brasil-2%C2%BA-trimestre-de-2018.pdf. Acessado em: 11 nov. 2020.
9. GOMES AT, et al. Active methodologies as an instrument for a sensitive look and cozy about the importance of vaccination in adolescents. Research, Society and Development, 2020; 9(5): e79953131.
10. IGREJA PN, et al. Mother’s perception about child vaccination in a family health strategy in Tucuruí-PA. Brazilian Journal of Development,2020; 6(3): e7294.
11. JIANG F, et al. Perceived health literacy and COVID-19 vaccine acceptance among Chinese college students: A mediation analysis. PLoS ONE, 2022; 17(9): e0273285.
12. KLINE, R. B. Principles and practice of structural equation modeling, New York: Guilford Press, 2011.
13. KOHLER RE, et al. Mothers' perceptions and attitudes about HPV vaccination initiation among 9- and 10-year-olds. Hum Vaccin Immunother, 2023; 19(3): e2270842.
14. LAGO EG. Hesitação/recusa Vacinal: Um Assunto Em Pauta. Scientia Médica, 2018; 28(4): e32808.
15. LEITE FPA, et al. O impacto negativo das ‘Fake news’ nos serviços públicos de saúde: redução da vacinação e da erradicação de doenças no Brasil. Revista de Direito Brasileira, 2020; 25(10).
16. LI S, et al. Associations between Health Literacy, eHealth Literacy, and COVID-19-related health behaviors among Chinese College Students: A Cross-Sectional Study. J Med Internet Res, 2020; 23(5): e25600.
17. LORINI C, et al. Vaccination as a social practice: towards a definition of personal, community, population, and organizational vaccine literacy. BMC Public Health, 2023; 23.
18. MASSARANI L, et al. O debate sobre vacinas em redes sociais: uma análise exploratória dos links com maior engajamento. Cadernos de Saúde Pública, 2022; 36(14): e00148319.
19. MCCOY JD, et al. Perceptions of vaccination within a Christian homeschooling community in Pennsylvania. Vaccine, 2019; 37(38).
20. MOREIRA KCC, MARTINS RAS. A não vacinação dos filhos e a literacia para a saúde. Revista Família, Ciclos De Vida E Saúde No Contexto Social, 2020; 8.
21. NASSARALLA APA, et al. Dimensões e consequências do movimento antivacina na realidade brasileira. Revista Educação em Saúde, 2019; 7.
22. NETO M, LACHTIM SAF. Campanha de Vacinação contra COVID-19: Infodemia das Fake News. Revista Brasileira de Enfermagem, 2022; 75(4): e750401.
23. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE; ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OPAS; OMS). Dez ameaças à saúde que a OMS combaterá em 2019. Disponível em: https ://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5848:dez- ameacas-a- saude-que-a-oms-combatera-em-2019&Itemid=875. Acesso em: 04 dez. 2020.
24. PIMENTEL SM, et al. Association of health literacy, COVID-19 threat, and vaccination intention among Brazilian adolescents. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 2022; 30(spe): e3759.
25. PINTO JUNIOR VL. Comunicação breve: Anti-vacinação, um movimento com várias faces e consequências. Cadernos Ibero-Americanos de Direito Sanitário, 2019; 8(2): ciads. v8i2.542.
26. R Core Team. 2023. R: A language and enviroment for statistical computing, R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria. Disponível em:http ://www.R-project.org/.
27. ROSSEEL, Y. lavaan: An R Package for Structural Equation Modeling. Journal of Statistical Software, 48(2), 1-36. Disponível em:https ://doi.org/10.18637/jss.v048.i02. Acesso em: 03 mar. 2023.
28. SANTOS WM, et al. HPV immunization in Brazil and proposals to increase adherence to vaccination campaigns. Revista De Saúde Pública, 2023; 57(1).
29. SIMKO, J. et al. Fake News Reading on social media: An Eye-tracking Study. In: 30th ACM Conference on Hypertext and social media, 2019, Baviera, Germany. Proceedings. New York: ACM Digital Library, 2019, p. 221–230. doi: https ://doi.org/10.1145/3342220.3343642.
30. SOUZA ATS, et al. Estado vacinal de adolescentes de uma unidade básica de saúde. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2020; 12(6): e3059.
31. TEOH D. The Power of Social Media for HPV Vaccination-Not Fake News! Am Soc Clin Oncol Educ Book, 2019; 39.
32. VIEGAS MPB, SANTOS MA. Compreensão de adolescentes de uma escola pública de Gurupi-Tocantis sobre saúde e as fontes de informação. Revista Cereus, 2020; 12(1).
33. WAISBORD S. Fake news sobre saúde no novo regime de verdade e informações (in)corretas. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde, 2020; 14(1): e1953.