Trauma abdominal: principais achados na laparotomia exploratória e comparativo entre opções terapêuticas
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Analisar os principais achados na laparotomia exploratória no trauma abdominal, a fim de ampliar o conhecimento acerca das lesões e de seus respectivos manejos. Revisão bibliográfica: Traumas abdominais possuem alta morbimortalidade. Entre os órgãos mais atingidos estão fígado, baço, rins, intestino e grandes vasos; e frequentemente a ausência de sinais evidentes ao exame físico dificulta o diagnóstico. Nesses pacientes, a laparotomia exploratória é considerada um método eficaz, para investigação e tratamento. Em relação às lesões de vísceras maciças, o manejo conservador é o padrão ouro para pacientes hemodinamicamente estáveis, enquanto aos instáveis a laparotomia exploratória é indicada. Entretanto, nos casos suspeitos de lesões de vísceras ocas, independente da estabilidade, a laparotomia exploratória é sempre indicada. Ainda assim, essa opção terapêutica apresenta riscos inerentes tanto à cirurgia quanto à anestesia; desse modo, as laparotomias brancas possuem desvantagens quando comparadas ao tratamento conservador. Considerações finais: Os principais achados mostram uma superioridade da cirurgia videolaparoscópica à laparotomia exploratória convencional; além de evidenciar menos complicações nas abordagens conservadoras, como o manejo não cirúrgico seletivo (SNOM) em relação à intervenção cirúrgica, desde que corretamente indicadas.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. AWAD S, et al. Impact of laparoscopy on the perioperative outcomes of penetrating abdominal trauma. Asian Journal of Surgery, 2022; 45: 461–467.
3. BALACHANDRAN G, et al. Penetrating injuries of the inferior vena cava. Injury, 2020; 51: 2379–2389.
4. BOLÍVAR-RODRÍGUEZ MA, et al. Concordancia entre los grados de lesión AAST tomográficos y quirúrgicos en hígado, bazo y riñón por trauma cerrado de abdômen. Cirugía y Cirujanos, 2022; 90(3): 385-391.
5. BRUNELLO LFS, et al. Influence of trauma origin site on admission rates of patients submitted to emergency laparotomy. Revista Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 2018; 45(5): e1970.
6. CIROCCHI R, et al. Damage control surgery for abdominal trauma. Cochrane Database of Systematic Reviews 2013, 2013; 3: CD007438.
7. COUTINHO IG, et al. Retrospective study of polytrauma patients’s medical records that presented abdominal trauma, compared to abdominal trauma and extra-abdominal injuries. Acta Scientiarum. Health Sciences, 2021; 43(1): e56944.
8. EVANS S, et al. Mesenteric Vascular Injury in Trauma: An NTDB Study. Annals of Vascular Surgery, 2021; 70: 542–548.
9. FELICIANO DV. Abdominal vascular hemorrhage. Surgery Open Science, 2022; 7: 52–57.
10. FONSECA MK, et al. Assessment of trauma scoring systems in patients subjected to exploratory laparotomy. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 2020; 47: e20202529.
11. HARVIN JA, et al. Damage control laparotomy in trauma: a pilot randomized controlled trial. The DCL trial. Trauma Surgery & Acute Care Open, 2021; 6: e000777.
12. HARVIN JA, et al. Mortality after emergent trauma laparotomy: A multicenter, retrospective study. Journal of Trauma and Acute Care Surgery, 2017; 83(3): 464-468.
13. KEIZER AA, et al. Blunt and Penetrating Liver Trauma have Similar Outcomes in the Modern Era. Scandinavian Journal of Surgery, 2021; 110(2): 208-213.
14. KORDZADEH A, et al. Blunt abdominal trauma and mesenteric avulsion: a systematic review. European Journal of Trauma and Emergency Surgery, 2016; 42: 311–5.
15. LEONARDI L, et al. Fatores preditivos de mortalidade na cirurgia de controle de danos no trauma abdominal. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 2022; 49: e20223390.
16. LI Y, et al. A Comparison of Laparoscopy and Laparotomy for the Management of Abdominal Trauma: A Systematic Review and Meta-analysis. World Journal of Surgery, 2015; 39: 2862–2871.
17. OYO-ITA A, et al. Surgical versus non‐surgical management of abdominal injury. Cochrane Database of Systematic Reviews, 2015.
18. PARREIRA JG, et al. Indicadores de lesões intra-abdominais "ocultas" em pacientes vítimas de trauma fechado admitidas sem dor abdominal ou alterações no exame físico do abdome. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 2015; 42(5): 311-317.
19. PIMENTEL SK, et al. Tomografia no trauma abdominal grave: risco justificável? Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 2019; 46(1): e2064.
20. POORIA A, et al. A Descriptive Study on the Usage of Exploratory Laparotomy for Trauma Patients. Open Access Emergency Medicine, 2020; 12: 255-260.
21. REVELL MA, et al. Gastrointestinal Traumatic Injuries. Critical Care Nursing Clinics of North America, 2018; 30: 157–66.
22. SCHURR LA, et al. Diaphragmatic Injuries among Severely Injured Patients (ISS ≥ 16) — An Indicator of Injury Pattern and Severity of Abdominal Trauma. Medicina, 2022; 58: 1596.
23. WANG J, et al. Laparoscopy vs. Laparotomy for the Management of Abdominal Trauma: A Systematic Review and Meta-Analysis. Frontiers in Surgery, 2022; 9: 817134.