Malformações congênitas e associação com condições socioeconômicas no estado de Roraima
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Verificar a influência de condições socioeconômicas e ambientais no aparecimento de AC, das gestantes atendidas no estado de Roraima. Métodos: Trata-se de um estudo observacional baseado na análise de dados de prontuários e aplicação de questionário às gestantes atendidas no Centro de Referência de Saúde da Mulher, no período de 2017 a 2019. Resultados: Obteve-se um total de 127 participantes, das quais 28 tinham fetos com AC diagnosticada. A maioria tinha menos de 30 anos, com média de até 12 anos de estudo, do lar e com renda familiar de até 3 salários mínimos. Condições como residir próximo à área de plantação, criação de animais de grande porte e queimada como o destino do lixo mostraram uma tendência de associação aos casos de malformações. As AC mais frequentes foram de sistema nervoso, do aparelho circulatório e osteomuscular. Também foram relatados 2 casos de síndrome de Body-Stalk, considerada rara. Conclusão: Observa-se que existem situações desfavoráveis associadas a malformações congênitas em Roraima, dentre as quais estão gestação em idade mais jovem, baixa renda familiar, não trabalhar fora de casa, residir em ambientes próximos à área de plantação e criação de animais de grande porte e onde não há coleta de lixo.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Gestação de alto risco: manual técnico. 2010. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/gestacao_alto_risco.pdf. Acessado em 18 de junho de 2024.
3. BRITO SRV, et al. Malformações congênitas e fatores de risco materno em Campina Grande – Paraíba. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, 2010; 11(2): 27- 36.
4. CORGUINHA APB, et al. Assessing arsenic, cadmium, and lead contents in major crops in Brazil for food safety purposes. Journal of Food Composition and Analysis, 2015; 37:143–150.
5. DÜSMAN E, et al. Principais Agentes Mutagênicos e Carcinogênicos de Exposição Humana. Revista de Saúde e Biologia, 2012; 7(12): 66-81.
6. PEIXOTO S. Manual de Assistência Pré-natal: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetríca (FEBRASGO). 2ª ed. São Paulo: FEBRASGO, 2014; 180p.
7. FERNANDES CGM, et al. Age of first pregnancy in Brazil: data from the national health survey. Journal of Human Growth and Development, 2019; 29(3):304- 312.
8. FONSECA VM, et al. Consumo de folato em gestantes de um hospital público do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2003; 6(4): 319-27.
9. FURTADO RFF, et al. Malformações congênitas relacionadas ao sistema nervoso de recém-nascidos das macrorregiões do estado do Ceará. Revista Interdisciplinar em Saúde, 2019; 6(5): 72-84.
10. GONÇALVES MKS, et al. Prevalência e fatores associados às malformações congênitas em nascidos vivos. Acta Paulista de Enfermagem, 2021; 34: eAPE00852.
11. LAZARONI TLN, et al. Body stalk anomaly: Three months of survival. Case report and literature review. Journal of Pediatric Surgery Case Reports, 2016; 14: 22-25.
12. LUZ GS, et al. Anomalias Congênitas no estado do Rio Grande do Sul: análise de série temporal. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2019; 22: E190040.
13. MACIEL ELN, et al. Perfil epidemiológico das malformações congênitas no município de Vitória-ES. Cadernos Saúde Coletiva, 2006; 14(3): 507-18.
14. MENDES IC, et al. Anomalias congênitas e suas principais causas evitáveis: uma revisão. Revista Médica de Minas Gerais, 2018; 28: e-1977.
15. OLIVEIRA FCC, et al. Defeitos congênitos - Tópicos relevantes. Gazeta Médica da Bahia, 2007; 77(1): S32-S39.
16. PINHEIRO MO e SOUZA CB. Efeitos teratogênicos dos metais pesados sobre a Infertilidade humana e malformações congênitas. Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, 2017; 14(35): 2318-2083.
17. RODRIGUES RPGTO, et. al. Profile of congenital malformations in a state in northeastern Brazil. Research, Society and Development, 2020; 9 (12): e40491211298.
18. RODRIGUES SL, et al. Características das crianças nascidas com malformações congênitas no município de São Luiz, Maranhão, 2002-2011. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2014; 23(2): 295-304.
19. SANTOS ACC, et al. List of priority congenital anomalies for surveillance under the Brazilian Live Birth Information System. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2021; 30(1): e2020835.
20. SILVA JH, et al. Profile of congenital anomalies among live births in the municipality of Tangará da Serra, Mato Grosso, Brazil, 2006-2016. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2018; 27(3): e2018008.
21. SILVA SRG, et al. Defeitos congênitos e exposição a agrotóxicos no Vale do São Francisco. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2011; 33 (1): 20-6.
22. SOUZA FS, et al. Incidência de malformação congênita e atenção em saúde nas instituições de referências. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, 2010; 11(4): 29-37.
23. VIEIRA BD e PARIZOTTO APAV. Alterações psicológicas decorrentes do período gravídico. Unoesc & Ciência – ACBS, 2013; 4(1): 79-90.
24. XAVIER RB, et al. Risco reprodutivo e renda familiar: análise do perfil de gestantes. Ciência & Saúde Coletiva, 2013; 18(4): 1161-1171.