Monitoramento de sífilis congênita durante a pandemia do SARS-CoV-2 em um estado da Amazônia

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Giselly de Lourdes da Silva Santana
Marcelo Coelho Simões
Francisca Regina Oliveira Carneiro

Resumo

Objetivo: Objetivou verificar as taxas de casos notificados e confirmados de sífilis congênita (SC) no estado do Pará, no período de 2017 a 2022. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, de abordagem quantitativa, realizado a partir dos casos notificados e confirmados de SC no Pará, entre 2017 a 2022, notificados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) da Secretaria de Estado de Saúde do Pará (SESPA). Resultados: Foram registrados 7030 casos de Sífilis Congênita, sendo perceptível um crescente aumento pós pandemia da COVID-19, com exceção para o ano de 2020 que correspondeu a (14%), mesma taxa registrada para o ano de 2017. No entanto, a infecção atingiu seu maior pico em 2022 (22%), respectivamente. Com relação a realização de exames para sífilis e HIV, houve um expressivo aumento de diagnósticos de coinfecção para ambas IST’s entre 2018 a 2021. Conclusão: Aponta-se para a necessidade de ações socioeducativas para o início do pré-natal no primeiro trimestre como estratégia na detecção precoce da sífilis, proporcionando tempo hábil para profilaxia e tratamento, reduzindo danos nos agravos infecciosos do binômio mãe-filho, além de coinfecção por HIV, o que remete a maior preocupação das autoridades de saúde na região.

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Como Citar
SantanaG. de L. da S., SimõesM. C., & CarneiroF. R. O. (2024). Monitoramento de sífilis congênita durante a pandemia do SARS-CoV-2 em um estado da Amazônia. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(10), e16783. https://doi.org/10.25248/reas.e16783.2024
Seção
Artigos Originais

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