Análise do perfil epidemiológico de mulheres submetidas a histerectomia para tratamento de lesões do colo uterino no Estado do Maranhão entre 2018 e 2023
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Resumo
Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico das mulheres submetidas à histerectomia para tratamento de lesões do colo uterino no Maranhão entre 2018 e 2023. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal e retrospectivo pautado na análise de dados do Sistema de Informação do Câncer (SISCAN). As informações coletadas foram organizadas pelo software Microsoft Office Excel®. Resultados: Foram registradas 933 cirurgias para tratamento de lesões cervicais no estado entre 2018 e 2023. O maior quantitativo ocorreu em 2019 com 190 (20,36%) procedimentos, prevalecendo a faixa etária entre 40 e 44 anos com 149 (15,96%) histerectomias. A raça amarela obteve o maior montante com 472 (50,59%) procedimentos. Quanto às alterações colposcópicas, 373 (39,98%) lesões abordadas eram sugestivas de lesões de alto grau. As lesões com diferenciação moderada foram as mais prevalentes com 202 (21,65%) registros. O tipo histopatológico mais frequente foi a cervicite crônica inespecífica com 396 casos, seguida da neoplasia intraepitelial cervical (NIC) grau III, com 195 ocorrências. Conclusão: Constata-se que há maior prevalência de pacientes da raça amarela com idade entre 40 e 44 anos submetidas à histerectomia para terapêutica de lesões cervicais. A maior parte das cirurgias abordou cervicites crônicas e NIC III, com menor incidência de neoplasias malignas.
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