Qualidade de vida, ansiedade e depressão em pacientes oncológicos e investigação de dor total
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Avaliar a percepção da qualidade de vida e a prevalência de ansiedade e depressão em pacientes oncológicos e investigar se há dor total nestes pacientes, considerando as quatro dimensões (físicas, emocionais, sociais e espirituais). Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, observacional, com abordagem quantitativa. A população foi constituída de pacientes em tratamento oncológicos de um hospital e uma clínica referência em oncologia em uma cidade no interior de Minas Gerais no período de julho e agosto de 2023. Foram aplicados questionários que avaliaram os dados sociodemográficos, qualidade de vida, ansiedade e depressão Resultados: A qualidade de vida manteve preservada em quantidade majoritária, diante boa assistência e acompanhamento da equipe multidisciplinar. Pacientes que apresentaram menor qualidade de vida, tiveram maior prevalência de ansiedade e depressão. Referente a dor total (comprometimento em todas as quatro dimensões (físicas, emocionais, sociais e espirituais), apenas 2,0% da população estudada apresentaram desempenho inferior ou igual a 50%, configurando quadro de dor total. Conclusão: A reflexão da equipe interdisciplinar acerca da conexão entre o conceito de Dor Total possibilitou o entendimento da complexidade e singularidade implicadas no cuidado ao paciente oncológico, resultando em melhores desfechos clínicos.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. ANDRADE V, et al. Quality of life in hematologic oncology patients undergoing chemotherapy. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 2013; 47(2): 350-356.
3. ARRAIS TA. Qualidade de Vida de mulheres usuárias do SUS com câncer de colo de útero, atendidas no hospital de Palmas-TO. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, Brasília, 2010.
4. BOTEGA NJ. Psychiatric morbidity among medical in-patients: a standardized assessment (GHQ-12 and CIS-R) made by ‘lay’ interviewers in a Brazilian hospital. Soc. Psychiatry Psychiat. Epidemiol, 1995; 30: 127-31.
5. BRASIL. Manual de Cuidados Paliativos ANCP. 2012. Disponível em: https ://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Manual-de-cuidados-paliativos-ANCP.pdf?hidemenu=true. Acessado em 16 de janeiro de 2024.
6. CARVALHO V, et al. Temas em psico-oncologia. São Paulo: Summus Editorial, 2008.
7. CASTRO M, et al. Dor total e teoria do conforto: implicações no cuidado ao paciente em cuidados paliativos oncológicos. Revista Gaúcha de Enfermagem, 2021; 42: 20200311.
8. CHAVES PL e GORINI MIPC. Qualidade de vida do paciente com câncer colorretal em quimioterapia ambulatorial. Revista Gaúcha de Enfermagem, 2011; 32(4): 767-73.
9. CLARK D. Cicely Saunders: A Life and Legacy. Oxford: Oxford University Press, 2018.
10. COELHO A, et al. Comfort experience in palliative care: a phenomenological study. BMC Palliat Care, 2016; 15: 71.
11. CID-10 – Critérios diagnósticos para pesquisa/Organização Mundial de Saúde; trad.: Maria Lúcia Domingos; - Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
12. DINIZ R, et al. O conhecimento do diagnóstico de câncer não leva à depressão em pacientes sob cuidados paliativos. Revista da Associação Médica Brasileira, 2006; 52(5): 298-303.
13. FRANCESCHINI J, et al. Relationship between the magnitude of symptoms and the quality of life: a cluster analysis of lung cancer patients in Brazil. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 2013; 39(1): 23-31.
14. Gazzotti AMVJN, et al. Functional Assessment of Cancer Therapy-Brain questionnaire: translation and linguistic adaptation to Brazilian Portuguese. Sao Paulo Med J [Internet]. 2011; 129(4): 230–5.
15. GRANER K, et al. Dor em oncologia: intervenções complementares e alternativas ao tratamento medicamentoso. Temas em Psicologia, 2010; 18(2): 345-355.
16. KOLCABA K. Comfort Theory and Practice: a Vision for Holistic Health Care and Research. 1st ed. New York: Springer Publishing Company, 2003.
17. MCCOUGHLAN MA, necessidade de cuidados paliativos. Mundo Saúde, 2003; 27(1): 6-14.
18. Ministério da Saúde (BR). Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (BR). Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2019.
19. MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). Comissão Intergestores Tripartite. Dispõe sobre as diretrizes para a organização dos cuidados paliativos, à luz dos cuidados continuados integrados, no âmbito Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial União, 2018; 41.
20. MURRAY SA, et al. Palliative care from diagnosis to death. BMJ, 2017; 356: 878.
21. NURAINI T, et al. Spirituality-focused palliative care to improve Indonesian breast cancer patient comfort. Indian J Palliat Care, 2018; 24(2): 196-201.
22. PEDROSA D, et al. Avaliação da qualidade de vida em clientes com dor crônica isquêmica. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 2011; 19(1): 1-6.
23. SANTOS FS. Cuidados Paliativos: Discutindo a Vida, a Morte e o Morrer. São Paulo: Editora Atheneu, 2009.
24. SIMÕES JC. Câncer - Estadiamento e Tratamento: AJCC/TNM. 2nd ed. São Paulo: Lemar& Goi, 2008.
25. WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO Expert Committee on Cancer Pain Relief and Active Supportive Care. Cancer pain relief and palliative care: Report of a WHO Expert Committee. Geneva: World Health Organization, 1990.
26. WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHOQOL: Measuring Quality of Life. Geneva: World Health Organization, 1997.
27. WORLD HEALTH ORGANIZATION (CH). Palliative Care. Cancer control: knowledge into action: WHO guide for effective programmes. Geneva: WHO, 2007.
28. WORLD HEALTH ORGANIZATION (CH). National cancer control programmes: policies and managerial guidelines. 2nd ed. Geneva: WHO, 2002.
29. ZIGMUNDO AS e SNAITH RP. The hospital anxiety and depression scale. Acta Psychiatrica Scandinavica, 1983; 67(6): 361-370.