Oficina culinária como estratégia de educação alimentar e nutricional para pessoas com estomia

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Ana Beatriz Ribeiro Queiroz
Suzany Trindade Queiroz
Máyra Patrícia do Carmo Amaral
Alyne França da Silva
Melissa de Oliveira Rocha Pimentel
Ana Paula Albuquerque Silva
Marília Souza Araújo
Regina Ribeiro Cunha
Vanessa Vieira Lourenço Costa

Resumo

Objetivo: Avaliar a aplicação de uma oficina culinária como instrumento de educação alimentar e nutricional para pessoas com estomia. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com 26 indivíduos com estomia intestinal, de ambos os sexos, de idade igual ou superior a 18 anos. Para avaliação da oficina culinária foi aplicado um questionário estruturado acerca da aceitabilidade das preparações culinárias e da satisfação dos participantes com a ação educativa. A análise estatística foi realizada por meio dos softwares BioEstat 5.0 e EpiInfo 3.5.1. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Foi encontrada prevalência do sexo feminino (80,8%) na amostra. Do total dos indivíduos, a maioria (73,1%) nunca havia participado de uma oficina culinária. As receitas foram consideradas de fácil execução (92,3%), com alta probabilidade de reprodução pelos participantes (61,5%). Em relação a aceitabilidade das preparações, a maioria (80,8%) comeu tudo nas degustações e todos (100%) informaram gostar das receitas. 50,0% dos indivíduos classificaram como excelente seu conhecimento sobre alimentação após participação na oficina. A oficina culinária apresentou 96,2% de satisfação segundo a escala hedônica (p<0,0001). Conclusão: A oficina culinária atuou como método eficaz de educação alimentar e nutricional para pessoas com estomia ao promover hábitos alimentares saudáveis.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
QueirozA. B. R., QueirozS. T., AmaralM. P. do C., SilvaA. F. da, PimentelM. de O. R., SilvaA. P. A., AraújoM. S., CunhaR. R., & CostaV. V. L. (2024). Oficina culinária como estratégia de educação alimentar e nutricional para pessoas com estomia. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(9), e17148. https://doi.org/10.25248/reas.e17148.2024
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ALPAUGH M, et al. Cooking as a Health Behavior: Examining the Role of Cooking Classes in a Weight Loss Intervention. Nutrients. 2020; 12(12): 3669.

2. AMBE PC, et al. Intestinal ostomy: classification, indications, ostomy care and complication management. Deutsches Ärzteblatt International, 2018; 115: 182-7.

3. ASHER RC, et al. Impact and evaluation of an online culinary nutrition course for health, education and industry professionals to promote vegetable knowledge and consumption. Journal of Human Nutrition and Dietetics, 2023; 36(3): 967-980.

4. AYIK C, et al. Ostomy Complications, Risk Factors, and Applied Nursing Care: A Retrospective, Descriptive Study. Wound Management & Prevention, 2020; 66(9): 20-30.

5. BACKES V, et al. Educação alimentar e nutricional aplicada a adultos através de oficinas gastronômicas. Saúde e Desenvolvimento Humano, 2021; 9(3): 1-8.

6. BARROS ER, et al. Prevalência de estomias de eliminação em uma microrregião do norte de Minas Gerais. ESTIMA: Brazilian Journal of Enterostomal Therapy, 2018; 16: 3418.

7. BERALDO RA e FERRARI LSO. Oficinas culinárias como estratégias de educação alimentar e nutricional para promoção de saúde e prevenção de doenças na população. Revista Foco, 2023; 16(5): 1886.

8. BERNARDO GL, et al. Positive impact of a cooking skills intervention among Brazilian university students: Six months follow-up of a randomized controlled trial. Appetite, 2018; 130: 247-255.

9. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2ª ed. 2014. Disponível em: https ://bvsms. saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf. Acessado em: 30 de outubro de 2023.

10. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Marco de referência de educação alimentar e nutricional para as políticas públicas. 2012. Disponível em: https ://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/2017/03/marco_EAN.pdf. Acessado em: 30 de outubro de 2023.

11. FERNÁNDEZ-GÁLVEZ A, et al. Nutritional and Educational Intervention to Recover a Healthy Eating Pattern Reducing Clinical Ileostomy-Related Complications. Nutrients, 2022; 14(16): 3431.

12. FERREIRA JW e WAYNE LS. A cozinha das mulheres: de espaço de domesticação ao de empoderamento a partir de saberes e fazeres culinários. Revista Espacialidades, 2018; 13(01): 107-126.

13. FREITAS JPC, et al. Caracterização da clientela e avaliação de serviço de atenção à saúde da pessoa com estomia de eliminação. ESTIMA: Brazilian Journal of Enterostomal Therapy, 2018; 16: 0918.

14. GONÇALVES MPM, et al. A importância da gastronomia para a nutrição. Revista Empreenda UniToledo Gestão, Tecnologia e Gastronomia, 2018; 2(1).

15. HAGMANN D, et al. Acquisition of cooking skills and associations with healthy eating in Swiss adults. Journal of nutrition education and behavior, 2020; 52(5): 483-491.

16. HOLLYWOOD L, et al. Critical review of behaviour change techniques applied in intervention studies to improve cooking skills and food skills among adults. Critical reviews in food science and nutrition, 2018; 58(17): 2882-2895.

17. LILLQUIST S, et al. Recipes for Health: A Community-Based Nutrition and Culinary Intervention. Cureus, 2022; 14(12): 32322.

18. MAZZONETTO AC, et al. Percepções de indivíduos sobre o ato de cozinhar no ambiente doméstico: revisão integrativa de estudos qualitativos. Ciência & Saúde Coletiva, 2020; 25: 4559-4571.

19. MIGDANIS A, et al. The effect of a diverting ileostomy formation on nutritional status and energy intake of patients undergoing colorectal surgery. Clinical nutrition ESPEN, 2020; 40: 357-362.

20. MORAES JT, et al. Anthropometric and dietetic evaluation of people with ileostomies. Arquivos de gastroenterologia, 2019; 56(1): 34–40.

21. OLIVEIRA AL, et al. A cross-sectional study of nutritional status, diet, and dietary restrictions among persons with an ileostomy or colostomy. Ostomy Wound Manage, 2018; 64(5):18-29.

22. QUEIROZ ST, et al. Consumo alimentar de macronutrientes e estado nutricional de pessoas com estomia. ESTIMA: Brazilian Journal of Enterostomal Therapy, 2022; 20: 1722.

23. REIS TC. Oficina culinária para pacientes com ostomia por câncer colorretal. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição). Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2019.

24. SARAIVA ES, et al. Perfil sociodemográfico das pessoas com estomia de eliminação em um Serviço de Estomaterapia em um Hospital Universitário no Sul do Brasil. Research, Society and Development, 2022; 11(14): 83111435973.

25. SELAU CM, et al. Perception of patients with intestinal ostomy in relation to nutritional and lifestyle changes. Texto & Contexto-Enfermagem, 2019; 28: 20180156.

26. SILVA SC, et al. Vídeos educativos de oficina culinária para incentivo da alimentação saudável em Unidades de Saúde/Educational Videos of Culinary Workshop to encourage a healthy diet at Basic Health Units. Brazilian Journal of Development, 2020; 6(4): 21316–21336.

27. SUN V, et al. Diet and behavior modifications by long-term rectal cancer survivors to manage bowel dysfunction-associated symptoms. Nutrition and cancer, 2019; 71(1): 89-99.

28. VASILOPOULOS G, et al. Pre- and Post-Operative Nutrition Assessment in Patients with Colon Cancer Undergoing Ileostomy. International Journal of Environmental Research and Public Health, 2020; 17(17): 6124.