Encefalite límbica de origem autoimune na infância
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Resumo
Objetivo: Descrever o caso de uma paciente com suspeita de encefalite límbica de origem autoimune, a fim de alertar para uma investigação e conduta inicial do caso e, consequentemente, obter um melhor prognóstico evitando sequelas irreversíveis. Detalhamento do caso: Escolar, 7 anos e 2 meses, iniciou quadro de sintomas gripais como, febre, astenia, mialgia, odinofagia, coriza, tosse, cefaleia e dor retro orbitária. Em ambiente domiciliar, apresentou episódio de crise convulsiva e outro episódio na Unidade Básica de Saúde, sendo necessário internação na sala vermelha da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pediátrica de Anápolis. Em avaliação da neurologia pediátrica, levantaram a hipótese diagnóstica de encefalite infecciosa, sendo iniciado Ceftriaxone e Aciclovir até descartada a possibilidade de infecções. Com os exames disponíveis, firmaram diagnóstico em encefalite límbica de provável etiologia autoimune, iniciando pulsoterapia com Metilprednisolona via endovenosa por 5 dias, e Imunoglobulina humana também por cinco dias, apresentando melhora clínica. Considerações finais: Diante da impossibilidade de detecção rápida de autoanticorpo, o diagnóstico e tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, se baseando nas manifestações clinicas e exames de imagem, como demostrado neste relato de caso, para obter melhor prognóstico e amenizar as sequelas.
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