Estimativa de casos não detectados de hanseníase: análise de uma região de saúde do Estado do Pará
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Resumo
Objetivo: Analisar a situação epidemiológica da hanseníase nos municípios da Região de Saúde Tocantins, no Pará, nos anos de 2017 a 2021 e verificar a estimativa de casos não detectados da doença para o ano de 2022. Métodos: Estudo epidemiológico ecológico e transversal, utilizou-se o Datasus para coleta dos dados e para estimar a prevalência oculta usou-se método estatístico. Resultados: O perfil epidemiológico da hanseníase na Região de Saúde Tocantins, no Pará foram adultos pardos do sexo masculino. Acometendo pessoas com o ensino de 1ª a 4ª série do fundamental incompleta. A distribuição espacial revelou que durante os anos de 2017 a 2021 houve diminuição dos casos de hanseníase, sendo o ano de 2021 o mais baixo e o ano de 2018 o mais alto. A estimativa de casos não detectados para o ano de 2022 foi de 272 casos. Moju representa o município com maior número de prevalência oculta, já Limoeiro do Ajuru o menor. Considerações finais: A Região de Saúde Tocantins é atravessada pela hanseníase, por isso a integralização da vigilância em saúde e da atenção primária deve ser fortalecida para detectar casos precocemente.
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