Soroprevalência do Zika virus em gestante no Brasil: um estudo de coorte na macroregião de Dourados – Mato Grosso do Sul

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Cristiane de Sá Dan
Gabriel Teixeira Brito
Julio Croda
Andrea Cristine Koishi
Claudia Nunes Duarte dos Santos
Kelle Cristhiane Soria Vieira Benedetti
Silvana Beutinger Marchioro
Simone Simionatto

Resumo

Objetivo: Estimar a soroprevalência do vírus Zika em gestantes da macrorregião de Dourados-MS. Métodos: Foram selecionadas gestantes internadas no Hospital Terciário no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2017 e realizado diagnóstico sorológico utilizando a técnica de neutralização de anticorpos para quantificação de anticorpos contra ZIKV com sistema de análise de imagens de alto desempenho Operetta (PerkinElmer). O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Foram analisadas 100 amostras e a prevalência do ZIKV identificado foi de 2%. Mialgia e ostealgia (90%) e febre alta (75%) foram os sintomas mais comuns. Além disso, >50% dos casos relataram uso regular de repelentes. A infecção materna pelo ZIKV foi associada ao parto prematuro e à comunicação interatrial, mas não a alterações neurológicas. Conclusão: Esses resultados demonstraram a importância e a necessidade da criação de políticas públicas para mitigar a possibilidade de danos causados pelo ZIKV, conscientizando as gestantes quanto ao uso de repelentes e outras formas de prevenção, como o combate aos vetores e investindo na disponibilidade de novas vacinas contra o ZIKV.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
DanC. de S., BritoG. T., CrodaJ., KoishiA. C., SantosC. N. D. dos, BenedettiK. C. S. V., MarchioroS. B., & SimionattoS. (2024). Soroprevalência do Zika virus em gestante no Brasil: um estudo de coorte na macroregião de Dourados – Mato Grosso do Sul. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(6), e17324. https://doi.org/10.25248/reas.e17324.2024
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ABREU TT, et al. Crianças com microcefalia associada a infecção congênita pelo vírus Zika: características clínicas e epidemiológicas num hospital terciário. Rev Cien Med Biol., 2016; 15(3): 426-433.

2. ARAÚJO TVB, et al. Association between microcephaly, Zika virus infection, and other risk factors in Brazil: final report of a case-control study. Lancet Infect Dis., 2018; 18(3): 328-336.

3. BARRETO ML, et al. Zika virus and microcephaly in Brazil: a scientific agenda. Lancet, 2016; 387: 919-921.

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolo de atenção à saúde e resposta à ocorrência de microcefalia [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

5. BRASIL. Ministério da Saúde. Vírus Zika no Brasil: a resposta do SUS. [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2017. Available in: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/marco/28/af_Zika_28mar17_isbn_web.pdf.

6. CABRAL CM, et al. Descrição clínico-epidemiológica dos nascidos vivos com microcefalia no estado de Sergipe, 2015. Epidemiol e Serv Saude Rev Do Sist Unico Saude Do Bras., 2017; 26: 245–54.

7. CAVALCANTI DD, et al. Echocardiographic findings in infants with presumed congenital Zika syndrome: Retrospective case series study. PLoS One, 2017; 12(4): e0175065.

8. CIEVS/MS - Boletim Anual 2015 CIEV-MS. 2016. Available in: http://www.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/sites/88/2016/10/Boletim-Anual-2015-CIEVS-MS.pdf.

9. DICK GW, et al. Vírus Zika. I. Isolamentos e especificidade serológica. Trans R Soc Trop Med Hyg., 1952; 46: 509–20.

10. DENSATHAPORN T, et al. Survey on neutralizing antibodies Against Zika virus eighteen months post-outbreak in two southern Thailand communities. BMC Infectious Diseases, 2020; 921: 1-8.

11. EUROCAT. Cases and prevalence (per 10,000 births) for all full member registries from 2008 to 2012. Available in: http://www.eurocat-network.eu/accessprevalencedata/prevalencetables.

12. FONTOURA FC and CARDOSO MVLML. Association between congenital malformation and neonatal and maternal variables in neonatal units of a Northeast Brazilian city. Texto Contexto Enferm., 2014; 23(4): 907-914.

13. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE - Censo Demográfico 2010 - Características gerais da população, religião e pessoas com deficiência, Rio de Janeiro, 2010.

14. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Estimativas da População Residente para os Municípios e para as Unidades da Federação Brasileiros com data de Referência em 1º de Julho de 2015. Available in: ftp://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_de_Populacao/Estimativas_2015/estimativa_dou_2015_20150915.pdf.J

15. KOISHI AC, et al. Development and evaluation of a novel high-throughput image-based fluorescent neutralization test for detection of Zika virus infection. PLOS Neglected Tropical Diseases, 2018; 12(3): e0006342.

16. KROW-LUCAL ER, et al. Association and birth prevalence of microcephaly attributable to Zika virus infection among infants in Paraíba, Brazil, in 2015–16: a case-control study. Lancet Child Adolesc Heal., 2018; 2: 205–13.

17. LATIN AMERICAN COLABORATIVE STUDY OF CONGENITAL MALFORMATIONS. 2015. ECLAMC final document. Available in: http://www.eclamc.org/eng/index.php.

18. L'HUILLIER AG, et al. Evaluation of Euroimmun Anti-Zika Virus IgM and IgG Enzyme-Linked Immunosorbent Assays for Zika Virus Serologic Testing. J Clin Microbiol., 2017; 55(8): 2462-71.

19. LUZ KG, et al. Febre pelo vírus Zika. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 2015; 24(4): 785-788.

20. MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS). Informe Epidemiológico nº 44 – Semana Epidemiológica (SE). 2016 Monitoramento dos casos de microcefalia no Brasil. Available in: http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/setembro/22/Informe-Epidemiol--gico-n---44--SE-37- 2016--21set2016.pdf.

21. MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS). Boletim Epidemiológico do vírus Zika. 2015. Available in: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/situacao-epidemiologica-dados-zika.

22. MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS). Boletim Epidemiológico: Zika Vírus - perfil epidemiológico em mulheres. 47(37). 2016. Available in: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/novembro/15/2016_031-Mulheres_publicacao.pdf.

23. MLAKAR J, et al. Zika virus associated with microcephaly. N Engl J Med, 2016; 374(10): 951-958.

24. MACNAMARA FN. Vírus Zika: um relatório sobre três casos de infecção humana durante uma epidemia de icterícia na Nigéria. Trans R Soc Trop Med Hyg., 1954; 48: 139–45.

25. NITHIYANANTHAM SF and BADAWI A. Maternal infection with Zika virus and prevalence of congenital disorders in infantsin infants: systematic review and meta-analysis. Can J Public Health, 2019; 110: 638–48.

26. NUNES ML, et al. Microcefalia e vírus Zika: um olhar clínico e epidemiológico do surto em vigênciano Brazsil,. J. Pediatr. (Rio J.), 2016; 92(3): 230-240.

27. OLIVEIRA RR, et al. The growing trend of moderate preterm births: an ecological study in one region of Brazil. PLoS One, 2015; 10: e0141852.

28. ORIOLI IM, et al. Prevalence and clinical profile of microcephaly in South America pre-Zika, 2005-14: prevalence and case-control study. BMJ, 2017; 359: j5018.

29. PANCHAUD A, et al. Emerging Role of Zika Virus in Adverse Fetal and Neonatal Outcomes. Clin Microbiol Rev. 2016; 29:659–94.

30. PELLISSARI BP, et al. Aspectos socioambientais associados à ocorrência de dengue em um município do estado do Mato Grosso. Rev Epidemiol Control Infec., 2016; 6(1): 12-7.

31. SAMARASEKERA U and TRIUNFOL M. Concern over Zika virus grips the world. Lancet, 2016; 287: 521–524.

32. SCHULER-FACCINI L, et al. Brazilian Medical Genetics Society-Zika Embryopathy Task Force. 2016. Possible association between Zika virus infection and microcephaly—Brazil. MMWR Morb Mortal Wkly Rep., 2015; 65: 59–62.

33. SILVA AA, et al. Prevalence and Risk Factors for Microcephaly at Birth in Brazil in 2010. Pediatrics, 2018; 141.

34. SLAVOV SN, et al. Zika virus seroprevalence in blood donors from the Northeastern region of São Paulo State, Brazil, between 2015 and 2017. J Infect., 2020; 80: 111–15.

35. SOUZA RT, et al. Brazilian multicenter study on preterm birth study group. The burden of provider-initiated preterm birth and associated factors: evidence from the Brazilian Multicenter Study on Preterm Birth (EMIP). PLoS One, 2016; 11: e0148244.

36. SOUZA WV, et al. Microcephaly epidemic related to the Zika virus and living conditions in Recife, Northeast Brazil. BMC Public Health, 2018; 18: 130.

37. STENGL A, et al. Simple and Sensitive High-Content Assay for the Characterization of Antiproliferative Therapeutic Antibodies. SLAS DISCOVERY: Advancing Life Sciences R&D, 2016; 22(3): 309 – 315.

38. SUBCOMMITTEE OF THE AMERICAN ACADEMY OF NEUROLOGY AND THE PRACTICE COMMITTEE OF THE CHILD NEUROLOGY SOCIETY. Practice parameter: evaluation of the child with microcephaly (an evidence-based review): report of the Quality Standards Subcommittee of the American Academy of Neurology and the Practice Committee of the Child Neurology Society. Neurology, 2009; 73: 887–897.

39. TOZETTO MTR, et al. Zika virus infection among symptomatic patients from two healthcare centers in Sao Paulo State, Brazil: Prevalence, clinical characteristics, viral detection in body fluids and serodynamics. Rev Inst Med Trop Sao Paulo, 2019; 61: 1–9.

40. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Zika virus outbreaks in the Americas. 2015. Available in: http://www.who.int/wer/2015/wer9045.pdf?ua=1.