Práticas, desafios e potencialidades do acolhimento nas casas de apoio à saúde indígena
##plugins.themes.bootstrap3.article.sidebar##
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: verificar como ocorre o acolhimento nas Casas de Apoio à Saúde Indígena (CASAIs) e identificar os desafios e as sugestões para superá-los. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo de natureza qualitativa com profissionais da saúde indígena atuantes nos DSEIs (Distrito Sanitário Especial Indígena) do Estado do Pará. Resultados: A maioria dos participantes foram enfermeiras com qualificação e experiência em saúde indígena, com pouca compreensão da língua materna das etnias atendidas, mas que consideraram regular a comunicação com o usuário. Destacam-se como práticas de acolhimento nas CASAIs: recepção e orientação; escuta qualificada; triagem e avaliação. Os principais desafios identificados foram: barreira linguística, ausência de capacitação, dificuldades na gestão, infraestrutura inadequada, insuficiência de recursos humanos e falta de compreensão em interculturalidade. As sugestões apontadas para superar os desafios foram: capacitação e treinamento, melhoria da comunicação, adequação da estrutura física, adequação cultural do acolhimento, envolvimento com a comunidade indígena e institucionalização de instrumentos de sistematização. Considerações finais: As sugestões refletem a necessidade de uma abordagem abrangente e integrada, considerando tanto aspectos técnicos e estruturais quanto culturais e humanos para proporcionar um tratamento mais adequado e eficaz ao usuário indígena.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas, Brasília, 2002. 40 p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_saude_indigena.pdf. Acessado em: 05 de janeiro de 2024.
3. CAMELO MS, et al. Acolhimento na atenção primária à saúde na ótica de enfermeiros. Acta Paulista de Enfermagem. 2016; 29(4): 463-8.
4. CARDOSO MD. Saúde e povos indígenas no Brasil: notas sobre alguns temas equívocos na política atual. Cad. Saúde Pública, 2014; 30(4): 860-866.
5. COSTA AB, et al. Percepção dos enfermeiros sobre o acolhimento e classificação de risco na Atenção Primária à Saúde (APS). Revista Enfermaría actual Costa Rica (Online), 2018; (35): 103-115.
6. COUTINHO LRP, et al. Acolhimento na Atenção Primária à Saúde: revisão integrativa. Saúde em debate, 2015; 39: 514-524.
7. FERNANDE MNF e SIMPSON CA. Saúde indígena: experiência de enfermagem com a etnia Munduruku. Biblioteca Lascasas, 2016; 12(2).
8. FERMINO JM, et al. Potencialidades e dificuldades nas práticas de acolhimento na rede de atenção básica conforme a política nacional de humanização. Saúde & Transformação Social/Health & Social Change, 2016; 6 (2): 054-069.
9. FERREIRA LB, et al. A Criação da Secretaria Especial de Saúde Indígena. Tempus Actas de Saúde Coletiva. 2013; 7(4): 83-95.
10. FLORINDO AA e HALLAL PC. Epidemiologia da atividade física. São Paulo: Editora Atheneu, 2011.
11. MALTA DC, et al. Doenças crônicas não transmissíveis e a utilização de serviços de saúde: análise da Pesquisa Nacional de Saúde no Brasil. Rev Saude Publica. 2017;51 Supl 1:4s
12. GUSMÃO ROM, et al. Acolhimento na atenção primária à saúde na percepção da equipe multiprofissional. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, 2021; 13:1590-1595.
13. MARINELLE NP, et al. Assistência à população indígena: dificuldades encontradas por enfermeiros. Revista Univap, 2012; 18:32.
14. MARTINS AL. Política de saúde indígena no Brasil: reflexões sobre o processo de implementação do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) – Universidade Federal de Brasília, Brasília, 2013.
15. MONTEIRO MAC, et al. Assistência de enfermagem à saúde das populações indígenas: Revisão de escopo. Cogitare Enfermagem, 2023; 28: e 88372.
16. MOURA EL, et al. Evidências sobre acolhimento e vínculo de enfermeiros da estratégia saúde da família junto aos adolescentes. Saúde em Foco, 2015; 2(2): 62-79.
17. PONTES ALM, et al. O modelo de atenção diferenciada nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas: reflexões a partir do alto Rio Negro/AM, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 2015; 20(10).
18. RIBEIRO AA, et al. O trabalho de enfermagem em uma instituição de apoio ao indígena. Texto Contexto Enferm, 2015; 24(1): 138-45.
19. ROCHA DF, et al. A luta dos povos indígenas por saúde em contextos de conflitos ambientais no Brasil (1999-2014). Ciência & Saúde Coletiva, 2019; 24(2): 383-392.
20. ROCHA ES, et al. Perfil de enfermeiros (as) que atuam na saúde indígena e não indígena. Cienc Cuid Saude. 2018;17(4):e45195.
21. VIANA JA, et al. A atuação do enfermeiro na saúde indigena: uma análise integrativa da literatura / Nurses ’performance in indigenous health: an integrative analysis of the literature. Brazilian Journal of Health Review, 2020; 3(2): 2113–2127.
22. WebQDA. Disponível em: https://www.webqda.net/o-webqda/. Acessado em: 23 de abril de 2024