Influência dos movimentos antivacina e da hesitação vacinal no Brasil
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Resumo
Objetivo: Analisar a influência dos movimentos antivacina e da hesitação vacinal sobre a cobertura vacinal no Brasil, em trabalhos publicados na literatura no período entre 2003 e 2023. Revisão bibliográfica: É notável uma redução da cobertura vacinal no território brasileiro ao longo da última década. As explicações para essa retração são diversas e abrangem desde questões relacionadas à infraestrutura de saúde até fatores socioeconômicos e culturais. No entanto, há uma lacuna de pesquisa no que diz respeito à hesitação vacinal e aos fatores que a influenciam, como a disseminação de notícias falsas. Contudo, aproximadamente 17% dos documentos avaliados correlacionam as fake news ao aumento da hesitação vacinal, evidência emergente que sugerem uma influência considerável desse fenômeno. Além disso, a ascensão dos movimentos antivacina tem contribuído negativamente para os índices de vacinação, promovendo discursos baseados em informações cientificamente refutadas, o que cria um ambiente propício para a disseminação de dúvidas sobre a segurança e eficácia das vacinas. Considerações finais: Promover confiança na vacinação, combater a hesitação vacinal e desmantelar a propagação de fake news são cruciais para garantir a eficácia dos programas de imunização no Brasil e proteger a saúde da população.
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