Orientações fonoaudiológicas para uso em teleconsultas de crianças com disfagia neurogênica

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Tatiana de Paula Santana da Silva
Wiliane de Souza Martins
Coeli Regina Carneiro Ximenes
Maria Luiza Lopes Timóteo de Lima
Cynthia Maria Barboza do Nascimento
Evellyn Millene Alves Camelo
Taciana Melo Cruz

Resumo

Objetivo: Apresentar orientações fonoaudiológicas que podem ser direcionadas por teleconsulta a cuidadores e pais de crianças com disfagia neurogênica. Métodos: Revisão sistemática de acordo com o modelo PRISMA e estratégia PCC, a partir da pergunta norteadora: “Quais orientações fonoaudiológicas podem ser direcionadas durante teleconsulta a cuidadores e pais de crianças com disfagia neurogênica?”. Os artigos foram buscados nas bases de dados LILACS, MEDLINE, Pubmed, SciELO e Cochrane Library. Foram achados 3.033 artigos foram identificados e 15 foram incluídos em definitivo para compor a revisão. Resultados: Sobre o perfil a maioria das pesquisas foi desenvolvida em países sul-americanos. As orientações possíveis a serem ofertadas por teleconsulta incluíram sugestões sobre a oferta da dieta por meio de utensílios, a necessidade de adaptações da consistência alimentar e o conhecimento sobre a postura e a realização de manobras auxiliares na deglutição durante a alimentação. Considerações finais: As evidências encontradas são de baixa qualidade metodológica, porém apresentam aspectos importantes no cenário de teleconsulta, que de forma geral relacionam-se a adaptações na dinâmica de alimentação do paciente, incluindo a aprendizagem de estratégicas de postura e de promoção da segurança alimentar.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
SilvaT. de P. S. da, MartinsW. de S., XimenesC. R. C., LimaM. L. L. T. de, NascimentoC. M. B. do, CameloE. M. A., & CruzT. M. (2025). Orientações fonoaudiológicas para uso em teleconsultas de crianças com disfagia neurogênica. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 25, e17409. https://doi.org/10.25248/reas.e17409.2025
Seção
Revisão Bibliográfica

Referências

1. ADAMS MS, et al. Feeding difficulties in children with cerebral palsy: low-cost caregiver training in Dhaka, Bangladesh. Child: Care, Health and Development, 2011; 38(6): 878–888.

2. AROMATARIS E, MUNN Z. JBI Manual for Evidence Synthesis. Adelaide: The Joanna Briggs Institute, 2017.

3. BAGHBADORANI MK, et al. The effect of oral sensorimotor stimulations on feeding performance in children with spastic cerebral palsy. Acta medica Iranic, 2014; 52(12): 899-904.

4. BARRÓN-GARZA F, et al. Terapia oromotora y suplemento dietético, mejora en las habilidades de alimentación y en la nutrición de pacientes con parálisis cerebral. Revista Española de Nutricción Comunitaria, 2017; 23(4).

5. BATISTA MR, et al. Efeito do exercício físico sobre a saúde e sobrecarga de mães de crianças e adolescentes com paralisia cerebral. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 2016; 22(3): 222–6.

6. BENFER KA, et al. Food and fluid texture consumption in a population-based cohort of preschool children with cerebral palsy: relationship to dietary intake. Developmental Medicine & Child Neurology, 2015; 57(11): 1056–1063.

7. CAMARGOS ACR, et al. Avaliação da sobrecarga do cuidador de crianças com paralisia cerebral através da escala Burden Interview. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 2009; 9(1): 31-37.

8. CARDOSO ELS, et al. Factors associated with the quality of life of caregivers of children and adolescents with chronic conditions. Revista Eletrônica Gaúcha Enfermagem. 2021; 42: 20190318.

9. CARVALHO APC et al. Impact of an educational program on the feeding of neurologically impaired children. Revista CoDAS, 2013; 25(5): 413–21.

10. CHAMI S, et al. Communication and swallowing management in childhood brain tumour or leukaemia: A survey of health professionals and consumers. International Journal of Speech-Language Pathology, 2022; 24(4): 395–406.

11. CHARPENTIER A, et al. A service evaluation of parent adherence with dysphagia management therapy guidelines: reports from family carers supporting children with complex needs in Greece. Disability and Rehabilitation, 2018; 42(3): 426–433.

12. DION S, et al. Use of Thickened Liquids to Manage Feeding Difficulties in Infants: A Pilot Survey of Practice Patterns in Canadian Pediatric Centers. Dysphagia, 2015; 30(4): 457–472.

13. DODRILL P e GOSA MM. Pediatric Dysphagia: Physiology, Assessment, and Management. Annals of Nutrition and Metabolism, 2015; 66(5): 24-31.

14. ESCUDERO JCS, et al. Disfagia orofaríngea neurogénica: caracterización clínica y percepción de síntomas en Antioquia, Colombia entre los años 2019 a 2021. Revista Eletrônica Medicas UIS, 2023; 36(1): 69-84.

15. FERREIRA M, et al. Qualidade de vida de adolescentes com paralisia cerebral: concordância entre autorrelato e relato do cuidador. Revista Latino-Am. Enfermagem, 2020; 28: 3300.

16. FONSÊCA RO et al. Telessaúde em fonoaudiologia no Brasil: revisão sistemática. Revista CEFAC, 2015; 17(6): 2033–43.

17. GISEL EG. Oral-motor skills following sensorimotor intervention in the moderately eating-impaired child with cerebral palsy. Dysphagia, 1994; 9(3): 180–92.

18. HIRATA GC e SANTOS RS. Rehabilitation of oropharyngeal dysphagia in children with cerebral palsy: A systematic review of the speech therapy approach. International Archives of Otorhinolaryngology, 2013; 16(3): 396–399.

19. HOLANDA NMV e ANDRADE ISN. Dinâmica familiar na alimentação de crianças com paralisia cerebral. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, 2010; 23(4): 374-79.

20. KAKODKAR K e SCHROEDER JW. Pediatric Dysphagia. Pediatric Clinics of North America, 2013; 60(4): 969–77.

21. LAWLOR CM e CHOI S. Diagnosis and Management of Pediatric Dysphagia: A Review. JAMA Otolaryngol Head Neck Surg, 2020; 146(2): 183-191.

22. LIMA CMAO, et al. Videoconferências: sistematização e experiências em telemedicina. Radiologia Brasileira, 2007; 40(5): 341–344.

23. MAGGIONI L e ARAÚJO CMT. Guidelines and practices on feeding children with cerebral palsy. Journal of Human Growth and Development, 2020; 30(1): 65–74.

24. MOHER D, et al. Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses: The PRISMA Statement. PLoS Med, 2009; 6(6): 1000097.

25. MORGAN AT e SKEAT J. Evaluating service delivery for speech and swallowing problems following paediatric brain injury: an international survey. Journal of Evaluation in Clinical Practice, 2010; 17(2): 275–281.

26. NETA VOS. Validação de contéudo de instrumento de rastreamento para dificuldades alimentares pediátricas e/ou disfagia orofaríngea na infância, SP. Dissertação (Mestrado em Fonoaudiologia)- Programa de Pós-Graduação em Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciências, da Universidade Estadual Paulista, São Paulo, 2021; 71.

27. OMORI F, et al. Desenvolvimento de um exame remoto da deglutição com base em pesquisas de consenso de clínicos (parte I): seleção de itens de exame [Development of a Remote Examination of Deglutition Based on Consensus Surveys of Clinicians (Part I): Selection of Examination Items.]. Dysphagia, 2022; 37: 954-965.

28. OVIEDO R, et al. Evaluación de la gastrostomía percutánea con funduplicatura de Nissen mínimamente invasiva versus cirugía abierta, en niños con parálisis cerebral infantil: Artículo Original. Revista Ecuatoriana de Pediatría, 2022; 23(2): 154-163.

29. PADOVANI AR, et al. Protocolo Fonoaudiológico de Avaliação do Risco para Disfagia (PARD). Revista Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 2007; 12(3): 199-205.

30. PÉREZ PO, et al. Caracterización clínico-patológica de niños con disfagia, impacto familiar y calidad de vida de sus cuidadores [Clinicopathological characterization of children with dysphagia, family impact and health-related quality of life of their caregivers]. Anales Pediatric, 2022; 96(5): 431-440.

31. PINHO APS e NUNES ML. Paralisia Cerebral. In: JOTZ, Geraldo Pereira; ANGELIS, Elisabete Carrara-de; BARROS, Ana Paula Brandão. Tratado da Deglutição e Disfagia- No adulto e na criança. Rio de Janeiro: Revinter, 2010; 249-51.

32. POLACK S, et al. Children with cerebral palsy in Ghana: malnutrition, feeding challenges, and caregiver quality of life. Developmental Medicine & Child Neurology, 2018; 60(9): 914–21.

33. RON AG, et al. Bodas Pinedo. Estado nutricional y prevalencia de disfagia en parálisis cerebral infantil. Utilidad del cribado mediante la escala Eating and Drinking Ability Classification System y su relación con el grado de afectación funcional según el Gross Motor Function Classification System. Revista Eletrônica Neurología, 2023; 38(1): 36–41.

34. SILVÉRIO CC e HENRIQUE CS. Paciente com paralisa cerebral coreoatetoide: evolução clínica pós-intervenção. Revista CEFAC, 2010; 12(2): 250–256.

35. SILVÉRIO CC, HENRIQUE CS. Indicadores da evolução do paciente com paralisia cerebral e disfagia orofaríngea após intervenção terapêutica. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 2009; 14(3): 381–386.

36. VALE, Lucimar Ramos et al. Atividades lúdicas sobre educação nutricional como incentivo à alimentação saudável. Revista Práxis, 2016; 8(1).

37. VASCONCELO ML, et al. Feeding development of children with microcephaly: a descriptive study. Revista Eletrônica CEFAC, 2023; 25(2): 0323.

38. VIANNA CIO e SUZUKI HS. Paralisia cerebral: análise dos padrões da deglutição antes e após intervenção fonoaudiológica. Revista CEFAC, 2011; 13(5): 790-800.

39. VILANOVA LCP, et al. Encefalopatia Crônica Infantil Não- Evolutiva. In: Jotz GP, Angelis EC, Barros APB. Tratado da Deglutição e Disfagia- No adulto e na criança. Rio de Janeiro: Revinter, 2010; 239-43.

40. ZAPATA LFG e MESA SLR. Alimentar y nutrir a un niño com parálisis cerebral. Una mirada desde las percepciones. Investigación y Educación en Enfermería, 2011; 29(1): 28-39.