Automedicação com descongestionantes nasais: frequência de uso e conhecimento dos riscos e possíveis complicações
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Resumo
Objetivo: Avaliar o conhecimento dos estudantes de medicina de uma cidade do interior de Minas Gerais acerca das complicações orgânicas e da propensão ao efeito rebote decorrentes do uso abusivo dessas medicações. Métodos: Trata-se de estudo transversal, com análise de dados e fundamentação bibliográfica. A coleta de dados foi realizada por questionários, após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Há uma grande taxa de automedicação de descongestionantes nasais (47,2%) além do desconhecimento de seus efeitos colaterais, mesmo entre os estudantes da área da saúde. O primeiro período possui a maior taxa de alunos que fizeram uso de descongestionantes nasais por indicação médica, mas, também é o período com a maior porcentagem de uso entre os alunos do curso. E, ainda, a rinite alérgica é a condição médica que mais frequentemente levou ao uso de descongestionantes nasais. Conclusão: Apenas 23,62% dos estudantes alegaram conhecer os efeitos adversos do uso dos descongestionantes nasais, sendo taquicardia e dependência os mais citados. Por ser uma condição médica sem acometimento grave, mesmos os alunos da área da saúde não buscam orientação médica nem procuram se informar com relação aos princípios ativos, facilitando o desenvolvimento de complicações devido a uso indiscriminado.
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