Automedicação com descongestionantes nasais: frequência de uso e conhecimento dos riscos e possíveis complicações

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Anne Gabrielle Dias de Miranda Viana
Jackeline Adlung Siqueira
Samyra Giarola Cecílio
Larissa Mirelle de Oliveira Pereira

Resumo

Objetivo: Avaliar o conhecimento dos estudantes de medicina de uma cidade do interior de Minas Gerais acerca das complicações orgânicas e da propensão ao efeito rebote decorrentes do uso abusivo dessas medicações. Métodos: Trata-se de estudo transversal, com análise de dados e fundamentação bibliográfica. A coleta de dados foi realizada por questionários, após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Há uma grande taxa de automedicação de descongestionantes nasais (47,2%) além do desconhecimento de seus efeitos colaterais, mesmo entre os estudantes da área da saúde. O primeiro período possui a maior taxa de alunos que fizeram uso de descongestionantes nasais por indicação médica, mas, também é o período com a maior porcentagem de uso entre os alunos do curso. E, ainda, a rinite alérgica é a condição médica que mais frequentemente levou ao uso de descongestionantes nasais. Conclusão: Apenas 23,62% dos estudantes alegaram conhecer os efeitos adversos do uso dos descongestionantes nasais, sendo taquicardia e dependência os mais citados. Por ser uma condição médica sem acometimento grave, mesmos os alunos da área da saúde não buscam orientação médica nem procuram se informar com relação aos princípios ativos, facilitando o desenvolvimento de complicações devido a uso indiscriminado.  

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
VianaA. G. D. de M., SiqueiraJ. A., CecílioS. G., & PereiraL. M. de O. (2024). Automedicação com descongestionantes nasais: frequência de uso e conhecimento dos riscos e possíveis complicações. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(9), e17575. https://doi.org/10.25248/reas.e17575.2024
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ARREDONDO E, et al. Overview of the Role of Pharmacological Management of Obstructive Sleep Apnea. Medicina, 2022; 58(2): 225.

2. AKHOURI S, HOUSE SA. Allergic rhinitis. In: StatPearls. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; July 16, 2023; 1.

3. BEHZADIFAR M, et al. Prevalence of self-medication in university students: systematic review and meta-analysis. Eastern Mediterranean Health Journal, 2020; 26(7): 846–857.

4. COLOM GORDILLO A, et al. Unintentional poisoning by cough and cold medications: Drugs with little usefulness and potential toxicity. Anales de Pediatría (English Edition), 2022; 97(5): 326–332.

5. DEGEORGE KC, et al. Treatment of the Common Cold. American Family Physician, 2019; 100(5): 281–289.

6. DE SUTTER AI, et al. Oral antihistamine-decongestant-analgesic combinations for the common cold. Cochrane Database of Systematic Reviews, 2022; 1.

7. DIONIZIO IC, et al. A dependência de descongestionantes nasais e seus efeitos colaterais. Revista Esfera Acadêmica Saúde, 2020; 5(2).

8. GREEN RJ, et al. Treating acute rhinitis and exacerbations of chronic rhinitis – A role for topical decongestants? South African Family Practice, 2020; 62.

9. LAGUE LG, et al. Prevalência do uso de vasoconstritores nasais em acadêmicos de uma universidade privada do Rio Grande do Sul. Rev. AMRIGS, 2013; 39–43.

10. LIMA JHC, et al. Os perigos do uso indiscriminado dos descongestionantes nasais derivados da nafazolina principalmente na pediatria / The dangers of the indiscriminate use of naphazoline derived nasal decondgeants, especially in pediatrics. Brazilian Journal of Development, 2021; 7(10).

11. MELO JRR, et al. Automedicação e uso indiscriminado de medicamentos durante a pandemia da COVID-19. Cadernos de Saúde Pública, 2021; 37.

12. MOKHATRISH M. et al. Pharmacists’ Attitudes Towards Long-Term Use of Nasal Decongestants: A Cross-Sectional Study. Journal of multidisciplinary healthcare, 2024; 17: 1079–1090.

13. NORMAN K, NAPPE TM. Alpha Receptor Agonist Toxicity. Disponível em: . Acesso em: 3 abr. 2024.

14. OSTROUMOVA OD, et al. [Rhinitis medicamentosa]. Vestnik Otorinolaringologii, 2020; 85(3): 75–82.

15. RODRIGUES LB, et al. Descongestionantes nasais tópicos por automedicação e a autopercepção da qualidade de vida por universitários de cursos de saúde / Topical nasal decongestants through self-medication and self-perception of quality of life by students of health occupations. Brazilian Journal of Health Review, 2020; 3(5): 14789–14802.

16. RUSSO E, et al. Use, Abuse, and Misuse of Nasal Medications: Real-Life Survey on Community Pharmacist’s Perceptions. Journal of Personalized Medicine, 2023; 13(4): 579.

17. SCHIFANO F, et al. Focus on Over-the-Counter Drugs’ Misuse: A Systematic Review on Antihistamines, Cough Medicines, and Decongestants. Frontiers in Psychiatry, 2021; 12(657397).

18. VAN CAUWENBERGE P, et al. Consensus statement on the treatment of allergic rhinitis. European Academy of Allergology and Clinical Immunology. Allergy. [Internet]. 2000; 2: 116-134.

19. WAHID NWB, SHERMETARO C. Rhinitis Medicamentosa. StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2024; 1.

20. WILLIAMS SP, SWIFT AC. Nasal sprays: commonly used medications that are often misunderstood. British Journal of Hospital Medicine, London, England: 2005; 84(10): 1–8.