Associação entre diabetes mellitus gestacional e práticas obstétricas, por clusters de idade materna
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Investigar a associação entre Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) e práticas obstétricas, por clusters de idade materna, em maternidades de Belo Horizonte, Minas Gerais. Métodos: Trata-se de estudo transversal, conduzido com 1088 mulheres. Utilizada a análise de clusters para gerar grupos com informações sobre a presença ou não do DMG e médias de idade em cada grupo. As associações entre o diagnóstico de DMG (exposição) e cada prática obstétrica (desfechos) foram estimadas por meio de testes Qui-quadrado por clusters de idade materna. Resultados: Foram gerados dois clusters com médias de idade de 22 e 33 anos. No grupo de jovens com DMG houve maior proporção: analgesia durante o parto (50%), uso de fórceps (23,08%), ausência de amamentação na primeira hora (60,00%), ausência de contato pele a pele (52,00%), indução do parto com medicamento intravaginal (37.50%) e bolsa rota antes da internação (66,67%) (p<0,05). Nas mulheres mais velhas, não receber dieta (16,67%) e uso de antibiótico no trabalho de parto (24,14%) foi mais frequente nas mulheres com DMG em relação as sem DMG (p<0,05). Conclusão: A DMG pode ser potencial fator de risco para o uso de práticas obstétricas não recomendadas e mulheres mais jovens estão mais expostas a essas práticas.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. BIRU S, et al. Maternal complication related to instrumental delivery at Felege Hiwot Specialized Hospital, Northwest Ethiopia: A retrospective cross-sectional study. BMC Research Notes, 2019; 12(1): 1-5.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico. 2012. Disponível em: https ://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_tecnico_gestacao_alto_risco.pdf. Acessado em: 26 de janeiro de 2024.
4. DOUGHTY KN, et al. Barriers to exclusive breastfeeding among women with gestational diabetes mellitus in the United States. Journal of Obstetric, Gynecologic & Neonatal Nursing, 2018; 47(3): 301-15.
5. FIGUEIREDO KNRS, et al. Oferta das boas práticas do parto em maternidades da Rede Cegonha segundo a Teoria de Resposta ao Item. Ciência & Saúde Coletiva, 2022; 27: 2303-2315.
6. FRANZON ACA, et al. Estratégia de comunicação e informação em saúde e a percepção de sentir-se preparada para o parto: ensaio aleatorizado por conglomerados (PRENACEL). Cadernos de Saúde Pública, 2019; 35(10): 1-17.
7. KUO CH, et al. Triagem de diabetes mellitus gestacional: o papel da idade materna. PLoS ONE, 2017; 12(3): 173049.
8. LI H, et al. Early age at menarche and gestational diabetes mellitus risk: Results from the Healthy Baby Cohort study. Diabetes & metabolismo, 2017; 43(3): 248-252.
9. MACIEL CT, et al. Intervenções obstétricas realizadas no período expulsivo: Um destaque para episiotomia. Brazilian Journal of Health Review, 2020; 3(4): 10583–10599.
10. MAFFEI MCV, et al. Uso de métodos não farmacológicos durante o trabalho de parto. Revista de enfermagem UFPE online, 2020; 15: 245001.
11. MCGUANE JT, et al. Obesity, gestational diabetes and macrosomia are associated with increasing rates of early-term induction of labour at The Canberra Hospital. Aust N Z J Obstet Gynaecol, 2018; 59(2): 215-220.
12. MCINTYRE DH, et al. Gestational diabetes mellitus. Nature Reviews Disease Primers, 2019; 5(1): 47.
13. MEKANGO DE, et al. Determinants of maternal near miss among women in public hospital maternity wards in Northern Ethiopia: A facility-case-control study. PLoS One. 2017; 12(9): 183886.
14. MEYER R, et al. Low volume forceps practice and anal sphincter injury rate. Arch Gynecol Obstet, 2020; 301(5): 1133-1138.
15. MONGUILHOTT JJC, et al. Nascer no Brasil: the presence of a companion favors the use of best practices in delivery care in the South region of Brazil. Revista de Saúde Pública, 2018; 52: 1.
16. MONTEIRO PGA, et al. Neonatal outcomes associated with obstetric interventions performed during labor in nulliparous women. Revista Rene, 2021; 22: 67921.
17. MOKKALA K, et al. Distinct Metabolic Profile in Early Pregnancy of Overweight and Obese Women Developing Gestational Diabetes. Journal of Nutrition, 2020; 150(1): 31-37.
18. OLIVEIRA CA e SÁ RA. Cardiotocografia a anteparto. 2018. Disponível em: https ://sogirgs.org.br/area-do-associado/cardiotocografia-anteparto.pdf Acessado em: 08 de janeiro de 2024.
19. PRADO DS, et al. Practices and obstetric interventions in women from a state in the Northeast of Brazil. Revista da Associação Médica Brasileira, 2017; 63(12): 1039-1048.
20. PROSSER SJ, et al. Factors promoting or inhibiting normal birth. BMC Pregnancy Childbirth. 2018; 18(1): 241.
21. REINHEIMER SM, et al. Factors Associated With Breastfeeding Among Women With Gestational Diabetes. J Hum Lact, 2020; 36(1): 126-135.
22. SHAN D, et al. Pregnancy outcomes in women of advanced maternal age: a retrospective cohort study from China. Scientific Reports, 2018; 8(1): 1-9.
23. VASCONCELLOS MTL, et al. Sampling design for the Birth in Brazil: national survey into labor and birth. Cadernos de Saúde Pública, 2014; 30(1): 49-58.
24. ZAJDENVERG L, et al. Rastreamento e diagnóstico da hiperglicemia na gestação Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2022. Disponível em: https ://diretriz.diabetes.org.br/rastreamento-e-diagnostico-da-hiperglicemia-na-gestacao/#citacao Acessado em: 05 de fevereiro de 2024.