Teste antígeno criptocócico de fluxo lateral na terapia preemptiva de pessoas que vivem com HIV em locais de alta prevalência da antigenemia criptocócica
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Resumo
Objetivo: Determinar a prevalência da antigenemia criptocócica através do teste CrAg-LFA em pessoas que vivem com HIV (PVHIV) e que estão em tratamento com antirretrovirais, correlacionando com a detecção do Cryptococcus spp. no líquido cefalorraquidiano (LCR). Métodos: O estudo foi realizado de abril/2021 a julho/2021 em uma amostra de 250 PVHIV, em atendimento no ambulatório de referência em HIV/AIDS do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (RJ). Avaliamos a prevalência das infecções e correlação das faixas de linfócitos T CD4+ com a ocorrência de neurocriptococose, cujo diagnóstico era definido por cultura microbiológica a partir do LCR ou por exame micológico direto. A análise estatística consistiu do teste Kappa de Cohen com classificação de Landis & Koch (1977). Para tanto, utilizamos o programa SPSS 27 for Mac IBM. Resultados: Detectamos a prevalência da antigenemia criptocócica em 8,8% dos pacientes (IC 95% 5,5-13,3%). A concordância entre a antigenemia criptocócica e a neurocriptococose demonstrou-se robusta (0,875; p=0,0001). Conclusão: A prevalência de antigenemia na população de estudo e a concordância na detecção do antígeno criptocócico, no soro e LCR, indicam a necessidade da realização do CrAg-LFA no soro, nas PVHIV, independente da carga viral ou vigência de TARV.
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