A vigilância epidemiológica da paracoccidioidomicose no Brasil
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Sintetizar, a partir de evidências, a vigilância epidemiológica da paracoccidioidomicose (PCM) no Brasil. Métodos: Revisão integrativa de literatura, que objetivou encontrar estudos voltados para a vigilância da paracoccidioidomicose no Brasil. Desenvolvida nas recomendações PRISMA-ScR. A pergunta norteadora foi: como ocorre o monitoramento epidemiológico da PCM no Brasil no intento de corroborar com medidas mais assertivas no controle do agravo? Selecionou-se estudos indexados na Biblioteca Virtual em Saúde, nas bases: LILACS e MEDLINE e na SCIELO, utilizando os Descritores em Ciências da Saúde: “Epidem$”, “Paracoccidioidomicose”, “Paracoccidioidomycosis” e “Brasil”. A busca ocorreu em dezembro de 2023 e incluiu-se estudos originais a partir do ano de 2013. Resultados: Das 298 publicações encontradas, escolheu-se 13 estudos para a análise. Na maioria, os estudos são da região sudeste, com autores médicos e biólogos. A pesquisa revelou que a notificação compulsória apresenta-se como um benefício eficaz para a vigilância da PCM. Considerações finais: A vigilância epidemiológica da paracoccidioidomicose no Brasil encontra-se fragmentada, devido a não compulsoriedade de sua notificação. Nos estados em que ela ocorre, observou-se uma similaridade na realização do mapeamento das regiões mais afetadas e o perfil das populações, e ainda capacitações das equipes, qualificando-as para identificar as manifestações e diagnóstico precoce.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. BARDIN L. Análise de Conteúdo. São Paulo: 2016; 70.
3. BENKO LMP, et al. Paracoccidioidomycosis and pregnancy: A 40-year single-center cohort study in the endemic area of Rio de Janeiro, Brazil. Revista PLOS Neglected Tropical Diseases, 2023; 17(9).
4. CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Resolução CNS Nº 588 de 12 de julho de 2018. Disponível em: https ://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2018/Reso588.pdf . Acesso em: 04 out. 2023.
5. COUTINHO ZF. Morbimortalidade por paracoccidioidomicose no Brasil (1998-2006). Tese (Doutorado em Ciências na área de Saúde Pública) – Escola Nacional de Saúde Pública. Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2011; 105.
6. FALCÃO EM, et al. Paracoccidioidomycosis in people living with HIV/AIDS: A historical retrospective cohort study in a national reference center for infectious diseases, Rio de Janeiro, Brazil. Revista PLOS Neglected Tropical Diseases, 2022; 16(6).
7. FALCÃO EM, et al. Trends in the Epidemiological and Clinical Profile of Paracoccidioidomycosis in the Endemic Area of Rio de Janeiro, Brazil. Journal of Fungi, 2023; 9(9).
8. FRANZ APG, et al. Paracoccidioidomicose: perfil clínico e epidemiológico de pacientes internados em Passo Fundo – RS. Revista de Medicina, 2022.
9. GRIFFITHS J, et al. The case for paracoccidioidomycosis to be accepted as a neglected tropical (fungal) disease. Revista PLOS Neglected Tropical Diseases, 2019; 13(25).
10. HAHN RC, et al. Paracoccidioidomicose: Situação Atual e Tendências Futuras. Clin. Microbiol. Rev, 2022; 101(2).
11. KRAKHECKE-TEIXEIRA AG, et al. Clinical and Eco-Epidemiological Aspects of a Novel Hyperendemic Area of Paracoccidioidomycosis in the Tocantins-Araguaia Basin (Northern Brazil), Caused by Paracoccidioides sp. Journal of Fungi, 2022; 8(5).
12. MAGALHÃES EMS, et al. Prevalence of paracoccidioidomycosis infection by intradermal reaction in rural areas in Alfenas, Minas Gerais, Brazil. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 2014; 56(4).
13. MARIO DN, et al. Paracoccidioidomycosis in the northern region of Rio Grande do Sul. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, 2020; 10(4).
14. MARTINEZ R. Epidemiology of Paracoccidioidomycosis. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 2015; 57(19).
15. MELNYK e F-O. Evidence-Based Practice in Nursing & Healthcare: A Guide to Best Practice. Wolters Kluwer Health, 2023; 5.
16. MENDES KDS, et al. Revisão integrativa: Método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto – Enfermagem, 2008; 17(4): 758-764.
17. MILLINGTON MA, et al. Paracoccidioidomicose: abordagem histórica e perspectivas de implantação da vigilância e controle. Revista do SUS: Epidemiologia e Serviços em Saúde, 2018; 27.
18. MINISTÉRIO DA SAÚDE. 2023. DATASUS. Tabnet. Brasília. Disponível em: http ://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/obt10uf.def. Acesso em: 17 dez. 2023.
19. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Paracoccidioidomicose: Situação epidemiológica. Disponível em: https ://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/p/pcm/situacao-epidemiologica. Acesso em: 30 set. 2023.
20. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente: Notificação Compulsória. Disponível em: https ://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/svsa/notificacao-compulsoria. Acesso em: 16 out. 2023.
21. NASCIMENTO MA e GOMES GG. Boletim epidemiológico: perfil de pacientes com micoses sistêmicas notificados de 2013 a 2018 em hospital de referência do estado de Goiás. Núcleo Hospitalar de Vigilância Epidemiológica do Hospital Estadual de Doenças Tropicais, Goiânia. Disponível em: https ://www.saude.go.gov.br/files/boletins/epidemiologicos/vigilancia-hospitalar/2019/Boletim%20Epidemiol%C3%B3gico.Goi%C3%A2nia%20Hospital%20Estadual%20de%
20Doen%C3%A7as%20Tropicais%20Anuar%20Auad-HDT%202019%20dez..pdf. Acesso em: 09 nov. 2023.
22. OKUMOTO O, et al. A Política Nacional de Vigilância em Saúde. Revista do SUS: Epidemiologia e Serviços em Saúde, 2018; 27(3).
23. PEÇANHA PM, et al. Paracoccidioidomycosis: What We Know and What Is New in Epidemiology, Diagnosis, and Treatment. Journal of Fungi, 2022; 8(10).
24. SANTOS CMC, et al. The PICO strategy for the research question construction and evidence search. Revista Latino Americana de Enfermagem, 2007; 15(3): 508-511.
25. SHIKANAI-YASUDA, M. A. et al. II Consenso Brasileiro em Paracoccidioidomicose – 2017: Brazilian guidelines for the clinical management of paracoccidioidomycosis. Revista do SUS: Epidemiologia e Serviços em Saúde, 2018; 27.
26. SOUZA MT, et al. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Journal Einstein, 2009; 8(1): 102-106.
27. TEIXEIRA MG, et al. Vigilância Epidemiológica. In: Guia de Vigilância Epidemiológica. Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde, Centro Nacional de Epidemiologia, Brasília, Brasil, 1994.
28. TEIXEIRA MG. et al . Seleção das doenças de notificação compulsória: critérios e recomendações para as três esferas de governo. Inf. Epidemiol. Sus, Brasília, 1998; 7(1): 7-28.
29. TRICCO AC, et al. PRISMA Extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR): Checklist and explanation. Ann Intern Med. 2018; 169(7): 467-73.
30. VIEIRA GD, et al. Paracoccidioidomycosis in a western Brazilian Amazon State: clinical-epidemiologic profile and spatial distribution of the disease. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 2014; 47(1).