Avaliação do poder discriminatório da escala brasileira de empatia clínica
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Resumo
Objetivo: Avaliar o poder discriminatório da Escala Brasileira de Empatia Clínica (EBEC) em relação à dimensionalidade da empatia demonstrada pelo estudante de medicina. Métodos: Estudo transversal, com abordagem qualitativa e quantitativa, realizado com 110 estudantes do 5°, 6° e 11° períodos de medicina. Os estudantes responderam ao questionário sociodemográfico e à EBEC. Em seguida, assistiram a um vídeo contendo um caso clínico e, logo após, preencheram o Mapa da Empatia em Saúde (MES) sobre o caso clínico contido no vídeo. Resultados: No geral, o nível de empatia dos estudantes mensurado pela EBEC foi alto, sendo que as variáveis sexo feminino, experiência de doença grave na família e pretensão de cursar especialidade clínica ou clínica/cirúrgica apresentaram associação com escores mais elevados de empatia. Não houve diferença significativa nas médias de escores entre os estudantes do início da fase clínica e os do final do curso. Observou-se, ainda, que tanto os estudantes que abordaram a dimensão afetiva quanto aqueles classificados como bidimensional ou multidimensional pelo MES apresentaram escores mais elevados de empatia. Conclusão: Conclui-se que a EBEC é uma ferramenta útil em identificar as diferenças de dimensões de empatia entre os estudantes, quando apresentam bidimensionalidade ou multidimensionalidade.
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