Plantas medicinais na gestação: abordagem baseada em evidências na atenção primária à saúde

##plugins.themes.bootstrap3.article.sidebar##

PDF
Publicado Aug 22, 2024
DOI https://doi.org/10.25248/reas.e17824.2024

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Andressa Antunes Dias Almeida
Roberta de Souza Pagotto
Vanessa Trindade Pessoa
Higor Rair Ribeiro das Santos
Lainara Hanna Bastos da Silva Menezes
Oldemi Saldanha dos Santos Júnior
Victória de Lacerda Souza
Enoch Menezes de Oliveira Júnior
Leandro Dobrachinski
UNIFASB/UNINASSAU

Resumo

Objetivo: Investigar o uso de plantas medicinais por gestantes em pré-natal nas unidades básicas de saúde de Barreiras, Bahia. Métodos: Estudo transversal correlacional, analítico e descritivo, com abordagem quantitativa, realizado entre 2020 e 2023 em quatro unidades básicas de saúde. A amostra incluiu 600 gestantes cadastradas, acompanhadas regularmente no pré-natal. As gestantes responderam a um questionário abrangendo características sociodemográficas, saúde e uso de plantas medicinais. Resultados: Das gestantes entrevistadas, 600 relataram uso de plantas medicinais, destacando-se alcaçuz (Glycyrrhiza glabra), maracujá (Passiflora edulis), aroeira do sertão (Astronium urundeuva), chapéu-de-couro (Echinodorus macrophyllus) e cana do brejo (Costus spicatus). A maioria não informou aos profissionais de saúde sobre o uso, evidenciando a necessidade de orientação integrada do conhecimento popular com o científico para garantir segurança e eficácia. Conclusão: Houve falta de conhecimento sobre riscos potenciais associados ao uso durante a gravidez, como aborto e teratogenicidade, refletindo a importância urgente de informar e orientar gestantes sobre os cuidados adequados durante esse período sensível.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
AlmeidaA. A. D., PagottoR. de S., PessoaV. T., SantosH. R. R. das, MenezesL. H. B. da S., Santos JúniorO. S. dos, SouzaV. de L., Oliveira JúniorE. M. de, & DobrachinskiL. (2024). Plantas medicinais na gestação: abordagem baseada em evidências na atenção primária à saúde. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(8), e17824. https://doi.org/10.25248/reas.e17824.2024
Edição
v. 24 n. 8 (2024): Revista Eletrônica Acervo Saúde (ISSN 2178-2091) | Volume 24 (8) | 2024
Seção
Artigos Originais

Copyright © | Todos os direitos reservados.

A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.

Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.

Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.

Referências

1. ALVES GC, et al. A percepção das gestantes frente à utilização de plantas medicinais no município de Cuité-PB. Research, Society and Development. 2020; 9(9): e719997876.

2. ASCHENBRENNER GT, et al. Efeitos adversos dos fitoterápicos na gestação. Brazilian Journal of Health Review, 2022; 5(6): 23891-23907.

3. BARBALHO SM, et al. Effects of Passiflora edulis on the metabolic profile of diabetic Wistar rat offspring. J Med Food, 2011; 14(12): 1490-5.

4. BATIHA GES, et al. Traditional uses, bioactive chemical constituents, and pharmacological and toxicological activities of Glycyrrhiza glabra L. (fabaceae). Biomolecules, 2020; 10(3): 1-19.

5. BORGES RAM e OLIVEIRA VB. Riscos associados ao uso de plantas medicinais durante o período da gestação: uma revisão. Revista Uniandrade. 2015; 16(2): 101-108.

6. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas. Manual de gestação de alto risco [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2022.

7. BRUGIOLO SSS. Avaliação da toxicidade do extrato aquoso liofilizado de chapéu-de-couro (Echinodorus macrophyllus) em ratas prenhes. Tese de Doutorado – Programa de Pós-Graduação em Saúde Brasileira. Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais, 2010; 86 p.

8. DE CARVALHO NS, et al. Percepção de gestantes quanto ao uso de plantas medicinais e fitoterápicos: Uma revisão integrativa da literatura. Brazilian Journal of Health Review. 2020; 3(4): 9282-9298.

9. DOMINGOS FR, SILVA MAP. Uso, conhecimento e conservação de Myracrodruon urundeuva: uma revisão sistemática. Research, Society and Development, 2020; 9(11): e2329118851.

10. DOROTEA NJ, et al. Utilização de plantas medicinais durante a gestação. Revista Fitos. Rio de Janeiro. 2022; 16(1): 39-53.

11. DUARTE AFS, et al. O Uso de Plantas Medicinais Durante a Gravidez e Amamentação. Visão Acadêmica, 2017; 18(4): 1518-8361.

12. IDRIS SMA e KHUSHTAR M. Phytochemical, ethanomedicinal and pharmacological applications of escin from Aesculus hippocastanum L. towards future medicine. Journal of Basic and Clinical Physiology and Pharmacology. 2020; 31(5):20190115.

13. KAMAL Z, et al. The relationship between aggravated Allium sativum consumption and cytotoxicity of the pregnant rats with subsequent embryonic growth retardation. Egyptian Journal of Zoology. 2024; 28(81): 44-60.

14. MARQUES AM, et al. Echinodorus grandiflorus: Ethnobotanical, phytochemical and pharmacological overview of a medicinal plant used in Brazil. Food and Chemical Toxicology. 2017; 109(2); 1032-1047.

15. MARQUES BL, et al. Orientações às gestantes no pré-natal: a importância do cuidado compartilhado na atenção primária em saúde. Escola Anna Nery. 2021; 25(1): 134-152.

16. MENDONÇA RCF, et al. Conhecimento popular e automedicação com plantas medicinais em gestantes de um município do Nordeste brasileiro. R. Saúde Pública. Paraná. 2022; 5(3): 1-23.

17. MENGUE SS, MENTZ LA, SCHENKEL EP. Uso de Plantas Medicinais na Gravidez. Revista Brasileira de Farmacognosia, 2001; 11(1): 21-35.

18. NASCIMENTO AKP, et al. Passiflora edulis: uma breve revisão dos efeitos antidiabéticos. Archives of Health Investigation, 2020; 9(2): 190-193.

19. NASCIMENTO EMGC, et al. Benefícios e perigos do aproveitamento da casca de maracujá (Passiflora edulis) como ingrediente na produção de alimentos. Revista do Instituto Adolfo Lutz, 2013; 72(1): 1-9.

20. NUNES AMM e SILVA VA. O uso de plantas abortivas no nordeste brasileiro: Uma revisão. Ethnoscientia - Brazilian Journal of Ethnobiology and Ethnoecology. 2021; 6(2): 100-112.

21. PASTORINO G, et al. Liquorice (Glycyrrhiza glabra): A phytochemical and pharmacological review. Phytotherapy Research, 2018; 32(12): 2323-2339.

22. PICCININI CS, et al. Gestação e a Constituição da Maternidade. Psicologia em Estudo, 2008; 13(1): 63-72.

23. RANGEL M e BRAGANÇA FCR. Representações de gestantes sobre o uso de plantas medicinais. Rev. Bras. Pl. Med, 2009; 11(1): 100-109.

24. ROCHA NSC, et al. Costus spp e sua relevância medicinal: Uma revisão integrativa. Research, Society and Development, 2021; 10(8): e4410816902.

25. RODRIGUES HG, et al. Efeito embriotóxico, teratogênico e abortivo de plantas medicinais. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 2011; 13(3): 359-366.

26. SANTOS TG, et al. Análise Etnofarmacológica de Plantas Medicinais em uma Comunidade Quilombola: Ênfase em Doenças Crônicas. Cogitare Enfermagem. 2023; 28: e88742.

27. SCHNEIDER LR, et al. Prática Baseada em Evidências e a análise sociocultural na Atenção Primária. Physis: Revista de Saúde Coletiva. 2020; 30(2): e300232.

28. SILVA A, et al. Os riscos do uso de plantas medicinais durante o período gestacional: uma revisão bibliográfica. Acta Toxicol. Argent. 2018; 26 (3): 118-125.

29. SILVA MSC e GUEDES JPM. Segurança no uso de plantas medicinais e fitoterápicos durante a gestação. Research, Society and Development. 2022; 11(7): e4611729431.

30. SOUSA MG, et al. Epidemiologia da hipertensão arterial em gestantes. Einstein (São Paulo). 2020; 18:eAO4682.