Teleconsulta de crianças com disfagia neurogênica

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Wiliane de Souza Martins
Maria Luiza Lopes Timóteo de Lima
Taciana Melo Cruz
Letícia Daiana Freitas da Silva
Renata Alves de Sousa
Cynthia Maria Barboza do Nascimento
Coeli Regina Carneiro Ximenes
Tatiana de Paula Santana da Silva

Resumo

Objetivo: Construir e validar o conteúdo de um protocolo de teleconsulta para crianças com disfagia neurogênica. Métodos: Pesquisa metodológica, desenvolvida entre março de 2021 a outubro de 2022. Foi elaborada uma proposta preliminar de protocolo, construído a partir de uma revisão sistemática e submetida ao comitê de juízes experts para fins de validação do conteúdo. A amostra foi do tipo conveniência não probabilística caracterizada por nove profissionais da Fonoaudiologia. A validação seguiu os princípios da Técnica Delphi e a concordância dos juízes quanto à representatividade dos itens em relação ao conteúdo foi aferida pelo Índice de Validade de Conteúdo para cada Item (I-IVC). Resultados: A versão final do protocolo incluiu quatro domínios: gestão do cuidado e qualidade de vida dos pacientes e cuidadores, orientações sobre disfagia orofarígea neurogênica, medidas para promoção de alimentação segura (prevenção de episódios de aspiração pulmonar) e condutas de orientação para o manejo da disfagia. O protocolo mostrou-se válido, com ÍVC igual ou acima do valor preestabelecido (80%) com perfeita concordância na verificação da confiabilidade entre examinadores. Conclusão: Segundo os resultados apresentados, o conteúdo é apropriado e pertinente para o uso em teleconsulta de crianças com disfagia neurogênica. 

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
MartinsW. de S., LimaM. L. L. T. de, CruzT. M., SilvaL. D. F. da, SousaR. A. de, NascimentoC. M. B. do, XimenesC. R. C., & SilvaT. de P. S. da. (2024). Teleconsulta de crianças com disfagia neurogênica. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(10), e17931. https://doi.org/10.25248/reas.e17931.2024
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ADAMS MS, et al. Feeding difficulties in children with cerebral palsy: low-cost caregiver training in Dhaka, Bangladesh. Child: Care, Health and Development. 2011; 38(6): 878–88.

2. ASHA. AMERICAN SPEECH-LANGUAGE-HEARING ASSOCIATION. 2010. Telepractice: overview. Disponível em: https ://www.asha.org/Practice-Portal/Professional-Issues/Telepractice/. Acessado em: 29 de setembro de 2021.

3. BALBINOTTI MAA. Para se avaliar o que se espera: Reflexões acerca da validade dos testes psicológicos. Aletheia. 2005; (21): 43-52.

4. BATTEL I, et al. Cross-Cultural Validation of the Italian Version of the Functional Oral Intake Scale. Folia Phoniatrica et Logopaedica, 2018; 70: 117–23.

5. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. RESOLUÇÃO CFFa nº 580. Dispõe sobre a regulamentação da Telefonoaudiologia e dá outras providências [20 de agosto de 2020]. Disponivel em: https ://www.fonoaudiologia.org.br/resolucoes/resolucoes_html/CFFa_N_580_20.htm. Acessado em: 12 de junho de 2021.

6. CARDA S, et al. COVID-19 pandemic. What should Physical and Rehabilitation Medicine specialists do? A clinician’s perspective. European journal of physical and rehabilitation medicine. 2020; 56: 515–24.

7. CARDOSO ELS, et al. Factors associated with the quality of life of caregivers of children and adolescents with chronic conditions. Revista Gaúcha de Enfermagem. 2021; 42: 20190318.

8. CATALANI B, et al. Tele-educação e teleatendimento em disfagia orofaríngea: revisão de literatura. Revista Eletrônica de Distúrbios da Comunicação, 2016; 28(4).

9. CHARPENTIER A, et al. A service evaluation of parent adherence with dysphagia management therapy guidelines: reports from family carers supporting children with complex needs in Greece. Journal Electronic Disability and Rehabilitation, 2018; 42(3): 426–33.

10. DIAL HR, et al. Investigating the utility of teletherapy in individuals with primary progressive aphasia. Clinical Interventions in Aging, 2019; 14: 453–471.

11. FERRARI DV, et al. Telefonoaudiologia: modelos e atividades. In: Lopes AC, Barreira-Nielsen C, Ferrari DV, Campos PD, Ramos SM, organizadoras. Diretrizes De Boas Práticas Em Telefonoaudiologia: Conselho Federal de Fonoaudiologia; 2020; 1-96.

12. FONSÊCA RO, et al. Telessaúde em fonoaudiologia no Brasil: revisão sistemática. Revista Eletrônica CEFAC, 2015; 17(6): 2033–2043.

13. FRAGA PL e MARTINS FSC. Doença do Refluxo Gastroesofágico: uma revisão de literatura. Cadernos UniFOA. 2012; 7(18): 93-99.

14. FREITAS LV, et al. Exame físico no pré-natal: construção e validação de hipermídia educativa para a Enfermagem. Acta Paulista de Enfermagem, 2012; 25(4): 581–588.

15. GOMES AAB, et al. Investigação da qualidade de vida dos cuidadores de crianças com paralisia cerebral. Fisioterapia Brasil. 2021; 22(5): 625-636.

16. LAWLOR CM e CHOI S. Diagnosis and Management of Pediatric Dysphagia: A review. JAMA Otolaryngology–Head & Neck, 2020; 146(2): 183-191.

17. LUCIAN R e DORNELAS JS. Mensuração de Atitude: Proposição de um Protocolo de Elaboração de Escalas. Revista de Administração Contemporânea, 2015; 19(2): 157-77.

18. MAGGIONI L e ARAÚJO CMT. Guidelines and practices on feeding children with cerebral palsy. Journal of Human Growth and Development, 2020; 30(1): 6574.

19. MALANDRAKI GA, et al. Telehealth for Dysphagia Across the Life Span: Using Contemporary Evidence and Expertise to Guide Clinical Practice During and After COVID-19. American Journal of Speech-Language Pathology, 2021; 30(2): 532–550.

20. MEDEIROS RKS, et al. Modelo de validação de conteúdo de Pasquali nas pesquisas em Enfermagem. Revista de Enfermagem, 2015; 4(4): 127-135.

21. MELO, WS, et al. Guide of attributes of the nurse’s political competence: a methodological study. Revista Brasileira de Enfermagem, 2017; 70(3): 526–534.

22. MILES A, et al. Dysphagia Care Across the Continuum: A Multidisciplinary Dysphagia Research Society Taskforce Report of Service-Delivery During the COVID-19 Global Pandemic. Journal Dysphagia. 2021; 36: 170–182.

23. NIELSEN CB e CARNEIRO LA. Telessaúde: verificação da efetividade de um programa de orientação e aconselhamento audiológico para adultos através da teleconsulta. Revista Eletrôncia de Distúrbios da Comunicação, 2015; 27(4): 696-706.

24. NIETO RAH. Contributions to statistical analysis. Mérida: Universidad de Los Andes, 2002; 119.

25. NOBREGA KIM. Qualidade de vida, ansiedade e depressão em cuidadores de criança com neoplasia cerebral. Periódicos de Psicologia, 2011; 13(1).

26. OLIVEIRA MS, et al. Manual educativo para o autocuidado da mulher mastectomizada: um estudo de validação. Texto &Contexto-Enfermagem, 2008; 17(1): 115–138.

27. PANEBIANCO M, et al. Dysphagia in neurological diseases: a literature review. Journal of the Neurological Sciences. 2020; 41(11): 3067-3073.

28. PASQUALI L. Instrumentação psicológica: Fundamentos e práticas. Porto Alegre: Artmed, 2010.

29. RAYMUNDO VP. Construção e validação de instrumentos: Um desafio para a psicolinguística. Revista Eletrônica Letras de Hoje. 2009; 44(3): 86-93.

30. REVERBERI C, et al. The neurogenic dysphagia management via telemedicine: a systematic review. European Journal of physical and rehabilitation Medicine. 2022; 58(2): 179-189.

31. RIVIÈRE P, et al. Low FODMAPs diet or usual dietary advice for the treatment of refractory gastroes ophageal reflux disease: An open‐labeled randomized trial. Neurogastroenterology & Motility. 2021; 33(9): 14181.

32. RUBIO DM, et al. Objectifying content validity: Conducting a content validity study in social work research. Social Work Research, 2003; 27(2): 94-105.

33. THEODOROS D, et al. Technology-enabled management of communication and swallowing disorders in Parkinson’s disease: a systematic scoping review. International journal of language & communication disorders. 2019; 54: 170–88.

34. THOMAS EE, et al. Building on the momentum: Sustaining telehealth beyond COVID-19. Journal of Telemedicine and Telecare, 2020; 28(4): 301-308.

35. VIANNA CIO e SUZUKI HS. Paralisia cerebral: análise dos padrões da deglutição antes e após intervenção fonoaudiológica. Revista CEFAC, 2011; 13(5): 790-800.

36. VINUTO J. A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa. Tematicas, 2014; 22(44): 203–220.

37. WRIGHT JTC e GIOVINAZZO RA. Delphi - uma ferramenta de apoio ao planejamento prospectivo. Caderno de Pesquisas em Administração, 2000; 1(12): 54-65.