Perfil epidemiológico dos pacientes com malformação congênita de fenda de lábio e/ou palato no Estado do Pará entre 2018 e 2022
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Resumo
Objetivo: Descrever o perfil social e clínico dos pacientes com fenda de lábio e/ou palato, no estado do Pará, entre 2018 e 2022. Métodos: Este estudo é um perfil epidemiológico, observacional e descritivo de casos no Pará, Brasil, entre 2018 e 2022, com dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Resultados: Foram registrados 314 casos, predominando bebês do sexo masculino (62,73%), nascidos via cesariana (60,85%) e de gestações únicas (98,1%). A maioria nasceu com peso > 2500g (75,47%) e pontuação Apgar ≥ 8 no primeiro (69,96%) e quinto minuto (86,94%). As mães eram principalmente pardas (84,74%), em união estável (41,09%), com idades entre 20 e 34 anos (62,42%) e mais de oito anos de escolaridade (68,47%). A maioria das gestações durou mais de 37 semanas (77,1%), e 46,82% das mães fizeram sete ou mais consultas pré-natais. Foram identificadas diferenças significativas no peso ao nascer e na pontuação Apgar entre crianças com e sem a malformação, além de associações entre variáveis sociais e gestacionais maternas e a ocorrência de lábio leporino. Conclusão: É essencial identificar fissuras labiopalatinas no pré-natal e educar gestantes sobre cuidados pré e pós-parto para melhor preparo emocional e manejo da condição.
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