Sífilis congênita no Piauí: um retrato epidemiológico entre 2019 e 2023

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Naira Pereira da Silva do Rêgo Monteiro
Nádia Pereira da Silva do Rêgo Monteiro
Lucas Lemos Silva Maia
Cíntia Maria de Melo Mendes

Resumo

Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da sífilis congênita (SC) no estado do Piauí entre 2019 e 2023. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico utilizando dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS) no Piauí. Analisou-se coeficiente de incidência, mortalidade e variáveis: ano de ocorrência, município de residência, faixa etária, raça, escolaridade da mãe, realização de pré-natal, tratamento do parceiro, classificação final e evolução. Resultados: Entre 2019 e 2023 registraram-se 1.399 casos de SC, mais concentrados em Teresina e Parnaíba. Houve redução da incidência entre 2019 e 2020 seguida de elevação, com pico em 2022 e queda em 2023, predominância entre mães de 20 a 24 anos e de raça parda. Mais de 80% realizaram pré-natal, porém apenas 23,59% dos parceiros receberam tratamento. O coeficiente de mortalidade médio foi de 0,20 por 1.000 nascidos vivos. Conclusão: Revelou-se uma complexa dinâmica na incidência de SC possivelmente relacionada ao contexto pandêmico de saúde pública. A predominância de casos entre mães jovens e pardas, associada à significativa proporção de parceiros não tratados, destaca desafios persistentes na implementação eficaz das estratégias de controle.

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Como Citar
MonteiroN. P. da S. do R., MonteiroN. P. da S. do R., MaiaL. L. S., & MendesC. M. de M. (2024). Sífilis congênita no Piauí: um retrato epidemiológico entre 2019 e 2023. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(8), e17990. https://doi.org/10.25248/reas.e17990.2024
Seção
Artigos Originais

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