Boas práticas obstétricas: vivência das mulheres no contato pele a pele (CPP) logo após o nascimento
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Analisar as vivências das mulheres, no processo de parturição, especialmente no contato pele a pele (CPP) logo após o nascimento. Métodos: Trata-se de estudo exploratório de campo, longitudinal, descritivo com abordagem qualitativa, realizado no período de 2022 a 2023, com 20 mulheres de pós-parto normal, por meio da aplicação de instrumento semiestruturado. Para análise dos acervos das narrativas, utilizou-se o método de análise de conteúdo. Resultados: Verificou-se a emergência de 3 (três) categorias: (Des) conhecimento das mulheres sobre as premissas do parto humanizado; Assistência durante o trabalho de parto e parto: intervenções versus boas práticas obstétricas e Vivências atribuídas pelas mães durante a assistência ao parto e em relação ao contato precoce pele a pele no pós-parto imediato. Os achados apontam: idade entre 18 a 24 anos, autodeclaradas pardas, em união estável e ensino fundamental. Em relação ao perfil obstétrico, a maioria multípara com início do pré-natal (PN) tardio e com baixa adesão ao acompanhamento. Conclusão: As boas práticas obstétricas devem ser incorporadas rotineiramente nos atendimentos. A equipe multidisciplinar deve adotar ferramentas de cuidado em saúde para promover a informação e a educação das mulheres e de suas redes de apoio durante a assistência obstétrica para que elas tornem-se protagonistas do processo parturitivo.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. BARDIN, L. Análise de conteúdo. 3rd reimp. da 1st ed. Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro, translator. São Paulo: 2016; 70.
3. BARDIN, L. Análise de conteúdo. Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro, translator. São Paulo, 2011; 70.
4. BRASIL, Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012.
Aprova diretrizes e normas regulamentadoras sobre pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2012b. Disponível em: https ://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf. Acesso em: 03 de janeiro de 2022.
5. BRASIL. Lei n 11.108, de 7 de abril de 2005. Altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para garantir às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. Diário Oficial da União [internet]. Brasília; 2005. Disponível em: http ://www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/42/2005/11108.htm. Acesso em: 12 de junho de 2022.
6. BRASIL. Ministério da Saúde. Humanização do parto e do nascimento. Ministério da Saúde. Universidade Estadual do Ceará. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: https ://www.redehumanizasus.net/sites/default/files/caderno_humanizasus_v4_humanizacao_parto.pdf. Acesso em: 22 de junho de 2022.
7. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e amamentação complementar. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009.
Disponível em: https ://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alimentacao.pdf. Acesso em: 03 de janeiro de 2022.
8. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2012a. Disponível em: https ://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_saude_recem_nascido_v1.pdf. Acesso em: 1 de agosto de 2023.
9. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012c. Disponível: https ://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf. Acesso em: 10 de agosto de 2023.
10. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção humanizada ao recém-nascido: Método Canguru: manual técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2017a. Disponível em: https ://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_humanizada_metodo_canguru_manual_3ed.pdf. Acesso em: 10 de agosto de 2023.
11. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal: versão resumida [recurso eletrônico]. Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2017b. Disponível em: https ://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_assistencia_parto_normal.pdf. Acesso em: 10 de agosto de 2023.
12. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticos de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher. Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Área Técnica da Mulher. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Disponível em: https ://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd04_13.pdf. Acesso em: 10 de agosto de 2023.
13. CAMPOS PM, at al. Skin-to-skin contact and breastfeeding of newborns in a university hospital. Rev Gaúcha Enferm [Internet]. 2020; 41: 20190154.
14. CARDOSO D de C, at al. A importância do parto humanizado: uma revisão bibliográfica. REAS [Internet]. 2020; (41): 2442.
15. CASTRO JC de e CLAPIS MJ. Parto humanizado na percepção das enfermeiras obstétricas envolvidas com a assistência ao parto. Rev Latino-Am Enfermagem [Internet]. 2005; 13(6): 960–7.
16. CECHIN PL. Reflexões sobre o resgate do parto natural na era da tecnologia. Rev Bras Enferm [Internet]. 2002; 55(4): 444–8.
17. FERREIRA, MSC, et al. Um olhar sobre a experiência do parto: trajetória, possibilidades e repercussões. Revista da Abordagem Gestáltica. 2020; 26: 416-427.
18. FOCEPSJG. FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ ESCOLA POLITÉCNICA DE SAÚDE JOAQUIM GUARIENTO, A. Obstetrícia Normal. Barueri/SP: Manole, 2011.
19. IBGE –INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (2022). Censo demográfico. Cidades e estados. Disponível em: https ://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/anapolis/panorama. Acesso em: 15 de junho de 2024.
20. KOLOGESKI, TK, et al. "Contato pele a pele do recém-nascido com sua mãe na perspectiva da equipe multiprofissional." Rev. enferm. UFPE on line. 2017: 94-101.
21. MASCARENHAS VHA, et al. Evidências científicas sobre métodos não farmacológicos para alívio a dor do parto. Acta paul enferm [Internet]. 2019; 32(3): 350–7.
22. MATOS TA, et al. Contato precoce pele a pele entre mãe e filho: significado para mães e contribuições para a enfermagem. Rev Bras Enferm [Internet]. 2010; 63(6): 998–1004.
23. MEDEIROS RMK, et al. Repercussões da utilização do plano de parto no processo de parturição. Rev Gaúcha Enferm [Internet]. 2019; 40: 20180233.
24. MENDONÇA TRM, et al. Pulsatility of the umbilical cord in full-term natural childbirths. Rev Gaúcha Enferm [Internet]. 2021; (42): 20200241.
25. MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014; 34.
26. MONTENEGRO, CABR; Rezende: obstetrícia fundamental. [Reimpr.]. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019; 14.
27. NILSEN E, et al. Dor e comportamento de mulheres durante o trabalho de parto e parto em diferentes posições. Rev esc enferm USP [Internet]. 2011; 45(3): 557–65.
28. OMS. Organização Mundial da Saúde (CH). Saúde Reprodutiva e da Família. Saúde Materna e Neonatal. Unidade de Maternidade Segura. Assistência ao parto normal: um guia prático: relatório de um grupo técnico. Genebra: OMS; 1996.
29. PATIAS ND e HOHENDORFF JV. Critérios de qualidade para artigos de pesquisa qualitativa. Psicol Estud [Internet]. 2019; 24: 43536.
30. PEREIRA R da R, et al. A dor e o protagonismo da mulher na parturição. Rev Bras Anestesiol [Internet]. 2011; 61(3): 382–8.
31. RAMOS M, et al. Perspectivas das gestantes sobre o medo do parto normal em uma maternidade do médio Paraíba / Rio de Janeiro: estudo transversal observacional. RCUBM [Internet]. 2024; 26(50): 73-9.
32. REIS TL da R dos, et al. Autonomia feminina no processo de parto e nascimento: revisão integrativa da literatura. Rev Gaúcha Enferm [Internet]. 2017; 38(1): 64677.
33. SANTOS LM dos, et al. Vivenciando o contato pele a pele com o recém-nascido no pós-parto como um ato mecânico. Rev Bras Enferm [Internet]. 2014; 67(2): 202–7.
34. SCHIMITH MD, et al. Relações entre profissionais de saúde e usuários durante as práticas em saúde. Trab educ saúde [Internet]. 2011; 9(3): 479–503.
35. SILVA ALNV da, et al. Plano de parto: ferramenta para o empoderamento de mulheres durante a assistência de enfermagem. Rev Enferm UFSM [Internet]. 2017; 7(1): 144-51.
36. SILVA BAA e BRAGA LP. Fatores promotores do vínculo mãe-bebê no puerpério imediato hospitalar: uma revisão integrativa. Rev. SBPH [Internet]. 2019; 22(1): 258-279.
37. STRADA JKR, et al. Factors associated with umbilical cord clamping in term newborns. Rev esc enferm USP [Internet]. 2022; (56): 20210423.
38. TONG, A, et al. Consolidated criteria for reporting qualitative research (COREQ): a 32-item checklist for interviews and focus groups. International Journal for Quality in Health Care, 2007; 19(6): 349-357.
39. VIDAL ÁT, et al. Barreiras à implementação de recomendações ao parto normal no Brasil: a perspectiva das mulheres [Barriers to implementing childbirth recommendations in Brazil: the women's perspective Obstáculos para la aplicación de las recomendaciones de asistencia al parto normal en Brasil: perspectiva de las mujeres]. Rev Panam Salud Publica. 2020; 44: 164.
40. WHO. World Health Organization. Protecting, promotion and supporting breastfeeding in facilities providing maternity and newborn services: guideline. Geneva: OMS. 2017. Disponível em: