Atuação de equipe multidisciplinar no atendimento à paciente pediátrico com arpão em região orofaríngea
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Relatar e discutir um caso clínico de traumatismo penetrante, causado por arpão, em paciente pediátrico. Detalhamento de caso: Paciente do gênero masculino, dez anos, foi atendido em hospital de emergência com história de queda da própria altura e perfuração acidental em orofaringe por arpão metálico. Ao exame físico, o paciente apresentava-se com disfonia, disfagia, impossibilidade de fechar a cavidade oral e dor intensa. No exame de tomografia computadorizada verificou-se a presença de corpo estranho próximo a primeira vértebra cervical, sem envolvimento de estruturas vasculares. A abordagem cirúrgica foi realizada por equipe multidisciplinar, composta por um cirurgiãovascular, cirurgiã bucomaxilofacial e um anestesiologista. Para remoção do corpo estranho foi realizada incisão em região pterigomandibular e divulsão dos tecidos moles com preservação de estruturas nobres adjacentes. O pós-operatório transcorreu sem intercorrências e o paciente encontra-se em acompanhamento ambulatorial. Conclusão: A minuciosa anamnese, o exame físico detalhado, a disponibilidade de tomografia computadorizada, bem como a experiência da equipe multidisciplinar auxiliaram na escolha da conduta mais adequada, possibilitando o sucesso terapêutico do presente caso.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. BELLOCCHI G, et al. Foreign bodies in the pediatric age: the experience of an Italian tertiary care hospital. Acta bio-medica: AteneiParmensis, 2020; 91(1): 60–64.
3. BOYETTE JR. Facial fractures in children. Otolaryngol Clin North Am, 2014; 47(5): 747–61.
4. BUSTAMI RJ, et al. No. 2 in zone 2: a case report of penetrating neck trauma in a child. Trauma Surg Acute Care Open, 2019; 4(1): 333.
5. CARRATOLA M e HART CK. Pediatric tracheal trauma. Semin Pediatr Surg, 2021; 30(3): 151057.
6. CAVALCANTE WC, et al. Corpo Estranho na Intimidade dos Ossos da Face: Relato de Caso. Revista Brasileira de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, 2010; 10(1): 97-102.
7. CRUVINEL J e DADIVITIS RA. Prognostic factors of penetrating neck trauma. Braz J Otorhinolaryngol, 2011; 77(1): 121.
8. DOURADO E, et al. Trauma facial em pacientes pediátricos. Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, 2004; 4(2): 105 - 114.
9. GOODENOUGH CJ, et al. Cervical Spine Injuries in Pediatric Maxillofacial Trauma: An Under-Recognized Problem. J Craniofac Surg; 2020; 31(3): 775-777.
10. GRAY ML, et al. Management of an Unusual Intranasal Foreign Body Abutting the Cribriform Plate: A Case Report and Review of Literature. Clinical medicine insights. Ear, nose and throat, 2019; 12: 1179550619858606.
11. HOFMANN E, et al. Pediatric Maxillofacial Trauma: Insights into Diagnosis and Treatment of Mandibular Fractures in Pediatric Patients. International journal of clinical pediatric dentistry, 2023; 16(3): 499–509.
12. LALITHA RM, et al. Potential danger of toothbrushes for children. J Investig Clin Dent, 2011; 2(2): 148-50.
13. LIMA EPA, et al. Presença de corpo estranho no complexo buco-maxilo facial: relato de 2 casos. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac, 2014; 14(3): 45-52.
14. MANGUSSI-GOMES J, et al. ENT foreign bodies: profile of the cases seen at a tertiary hospital emergency care unite. Braz. J Otorhinolaryngol, 2013; 79(6): 699-703.
15. MARQUES MPC, et al. Tratamento dos corpos estranhos otorrinolaringológicos: um estudo prospectivo. Rev. Bras.otorrinolaringol, 1998; 64(1): 42.
16. MARTINS CBG e ANDRADE SM. Acidentes com copo estranho em menores de 15 anos: análise epidemiológica dos atendimentos em pronto-socorro, internações e óbitos. Cad Saúde Pública, 2008; 24(9): 1983-1990.
17. NETO JNN, et al. Remoção de fragmento dentário deslocado em cavidade oral por projétil de arma de fogo: Relato de dois casos. Revista Bahiana de Odontologia, 2016; 7(2): 112-117.
18. NGO A, et al. Otorhinolaryngeal foreign bodies in children presenting to the emerncy department. Singapore Med J, 2005; 46(4): 172.
19. PEREIRA AS, et al. Metodologia da Pesquisa Científica (1 ed.). Núcleo de Tecnologia Educacional da Universidade Federal de Santa Maria, 2018; 119.
20. RODRÍGUEZ-RAMOS A, et al. Frontal penetrating arrow injury: A case report. World J Clin Cases, 2023; 11(17): 4117-4122.
21. RYU CH, et al. Removal of a metallic foreign body embebed in the external nose via open rhinoplasty approach. Int J Oral Maxillofac Surg, 2008; 37: 1148-52.
22. SERRA AVP, et al. Remoção de objeto alojado em terço médio de face: relato de caso. Revista Odontológica de Araçatuba, 2016; 37(1): 60-62.
23. SHINOHARA EH, et al. Impacted knife injuries in the maxillofacial region: report of 2 cases. Journal of oral and maxillofacial surgery official journal of the American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons, 2001; 59(10): 1221–1223.
24. STEEL BJ, et al. A 10 year study of penetrating head and neck injury by assault in the Northeast of England. Oral and Maxillofacial Surgery, 2022; 26: 213–222.
25. TENG TS, et al. Traumatic transnasal penetrating injury with cerebral spinal fluid leak. EXCLI journal, 2019; 18: 223–228.
26. TIAGO RSL, et al. Corpo estranho de orelha, nariz e orofaringe: experiência de um hospital terciária. Ver BrasOtorrinolaringol, 2006; 72(2): 177-81.
27. VIEIRA CL, et al. Ferimento transfixante em criança-relato de caso clínico. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe, 2013; 13: 57-62.