Análise dos fatores associados à incidência e prevenção da sífilis gestacional no Brasil

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Matheus Moraes Silva
Andréia Ferreira da Silva
Carla Jamyli Nascimento do Nascimento
Camille Isabella Galvão da Rocha
Josele de Jesus Quaresma Trindade Costa
Maura Eduarda Sousa Fernandes
Pedro Vitor Rocha Vila Nova
Tiago Ferreira Ribeiro
Andressa Tavares Parente
Antonia Rafaela Gonçalves Macedo

Resumo

Objetivo: Analisar os fatores que influenciam no aumento da sífilis gestacional no Brasil e quais as estratégias de prevenção e controle para minimizar sua incidência. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com artigos disponíveis nas bases de dados LILACS, MEDLINE e BDENF publicados no período de 2012 a 2022. Desse processo, obteve-se uma amostra de 15 publicações para compor esta revisão. Resultados: Foi evidenciado que a baixa escolaridade, a condição socioeconômica desfavorável, o pré-natal inadequado, a faixa etária jovem e o tratamento inadequado das gestantes e parceiros, contribuem de forma significativa para a persistência da sífilis gestacional no Brasil. Em relação às estratégias de prevenção e controle identificadas neste estudo para minimizar os casos, foram: a educação em saúde, políticas de atenção que visem melhorar o pré-natal, bem como o rastreamento, diagnóstico e tratamento das gestantes e parceiros. Além disso, é primordial investir em capacitação profissional em saúde. Considerações finais: A partir das observações evidenciadas na presente pesquisa, os fatores sociais como a desigualdade socioeconômica e a baixa escolaridade são fatores de risco que influenciam as altas taxas de sífilis gestacional no Brasil.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
SilvaM. M., SilvaA. F. da, NascimentoC. J. N. do, RochaC. I. G. da, CostaJ. de J. Q. T., FernandesM. E. S., NovaP. V. R. V., RibeiroT. F., ParenteA. T., & MacedoA. R. G. (2024). Análise dos fatores associados à incidência e prevenção da sífilis gestacional no Brasil. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(11), e18057. https://doi.org/10.25248/reas.e18057.2024
Seção
Revisão Bibliográfica

Referências

1. ARAÚJO WCO. Recuperação da informação em saúde: construção modelos e estratégias. Convergências em Ciência da Informação, 2020; 3(2): 100-134.

2. AYALA ALM, et al. Análise da sífilis em gestantes nos anos de 2010 a 2019 em Joinville – SC. Espaço Saúde, 2021; 22: 774.

3. BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Itegral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2022; 211.

4. BRASIL. Ministério da saúde. Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis: sífilis (2022b). Disponível em: http ://www.aids.gov.br/pt-br/publico geral/infecções-sexualmente-transmissíveis/sífilis. acessado em 25/01/2022.

5. BRASIL. Ministério da saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Sífilis 2023. Boletim Epidemiológico. Número Especial | out. 2023 - versão eletrônica. Disponível em: https ://www.gov.br/saude/ptbr/centraisdeconteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2023/boletim-epidemiologico-de-sifilis-numero-especial-out.2023/view. acessado em 27/10/2023.

6. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Manual técnico para o diagnóstico da sífilis/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2021; 70.

7. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Fluxograma para Manejo Clínico das Infecções Sexualmente Transmissíveis/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2021; 65.

8. BRASIL. Ministério da saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. PORTARIA Nº 33, DE 14 DE JULHO DE 2005. Inclui doenças à relação de notificação compulsória, define agravos de notificação imediata e a relação dos resultados laboratoriais que devem ser notificados pelos Laboratórios de Referência Nacional ou Regional.

9. BRASIL. Ministério da saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Portaria Nº 542 de 22 dezembro de 1986. Para efeitos de Aplicação da Lei Nº 6.259 de 30 de outubro de 1975, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica e dá outras providências, ficam incluídas na relação constante da Portaria Ministerial Nº 608Bsb, de 28 de outubro de 1979, a SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA – SIDA/AIDS e a SÍFILIS CONGÊNITA.

10. BRASIL. Ministério da saúde. Sistema Único de Saúde. Informações de Saúde (TABNET), (2023). Disponível em: http ://tabnet.datasus.gov.br/cgi/menu_tabnet_php.htm. acessado em 25/06/2023.

11. CARVALHO S, et al. Consequências da sífilis gestacional na saúde pública: uma revisão integrativa. Revista científica da escola estadual de saúde pública de Goiás, 2023; 9: 1-16.

12. CAVALCANTE PAM, et al. Sífilis gestacional e congênita em Palmas, Tocantins, 2007-2014. Epidemiologia serviços de Saúde, 2017: 255-264.

13. CHEN J et al. Treponema pallidum outer membrane proteins: current status and prospects. Pathogens and Disease, 2022; 27: 1-8.

14. DIAS, MS. Síntese de evidências para políticas de saúde: enfrentamento da sífilis congênita no âmbito da Atenção Primária à Saúde. 2019. Dissertação (Mestrado em Cuidado em Atenção Primária em Saúde) - Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. Acesso em: 16 jun. 2024.

15. FERNANDES JFV, et al. Sífilis em gestantes residentes em São Luís, Maranhão: perfil e evolução de 2006 a 2018. Revista Eletrônica de Comunicação e Informação e Inovação em Saúde, 2021; 15: 362-378.

16. IOM. INSTITUTE OF MEDICINE. Health Literacy: A Prescription to End Confusion. Washington, DC: National Academies Press. Available from: www.nap.edu. 2004; 367.

17. JESUS TBS, et al. Sífilis em gestante e congênita: casos notificados de um município do Noroeste Paulista. Revista Nursing, 2019; 22: 2766-2771.

18. JÚNIOR EAS, et al. Desafios da enfermagem na assistência da sífilis gestacional na atenção primária de saúde: revisão integrativa. Revista Eletrônica Acervo Enfermagem, 2021; 11: 7392.

19. LIBÓRIO NETO AO, et al. Epidemiological profile of pregnant women with syphilis in the city of Macaé, Rio de Janeiro. Clinical and Biomedical Research, 2020; 40: 206-212.

20. MARASCHIN MS, et al. Sífilis materna e sífilis congênita notificadas em um hospital de ensino. Revista Nursing, 2019; 22: 3209-3213.

21. MASCHIO-LIMA T, et al. Epidemiological profile of patients with congenital and gestational syphilis in a city in the State of São Paulo, Brazil. Revista Brasileira de Saúde Maternidade Infantil, 2019; 19: 865-872.

22. MÉLO KC, et al. Syphilis among pregnant women in Northeast Brazil from 2008 to 2015: a trend analysis according to sociodemographic and clinical characteristics. Revista Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 2020; 53: 199-201.

23. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Sistema de Informação da Atenção Básica - SISAB: indicadores 2020 - SIGTAP: (0214010082) Teste Rapido Para Sifilis Na Gestante Ou Pai/Parceiro. Brasília (DF); 2024.

24. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Sistema de Informação da Atenção Básica - SISAB: indicadores 2021 - SIGTAP: (0214010082) Teste Rapido Para Sifilis Na Gestante Ou Pai/Parceiro. Brasília (DF); 2024.

25. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Sistema de Informação da Atenção Básica - SISAB: indicadores 2022 - SIGTAP: (0214010082) Teste Rapido Para Sifilis Na Gestante Ou Pai/Parceiro. Brasília (DF); 2024.

26. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Sistema de Informação da Atenção Básica - SISAB: indicadores 2023 - SIGTAP: (0214010082) Teste Rapido Para Sifilis Na Gestante Ou Pai/Parceiro. Brasília (DF); 2024.

27. MIRANDA BL, et al. Perfil epidemiológico de gestantes portadoras de sífilis em um município da região do Cariri. Revista epidemiológica de controle de infecção, 2020; 10: 146-150.

28. MOROSKOSKI M, et al. Perfil de gestantes adolescentes diagnosticadas com sífilis em Curitiba-PR. Revista de Saúde Pública, 2021; 1: 48-58.

29. MOZZATTO L, et al. Sífilis congênita e gestacional: indicadores temporais entre 2008-2018, no Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Associação Médica do Rio Grande do Sul, 2021, 65: 102-105.

30. PAGE MJ, et al. The PRISMA 2020 statement: na updated guideline for reporting systematic reviews. https ://doi.org/10.31222/osf.io/v7gm2.

31. PEREIRA AL, et al. Impacto do grau de escolaridade e idade no diagnóstico tardio de sífilis em gestantes. Femina, 2020; 48: 563-567.

32. PLA-DÍAZ M, et al. Evolutionary Processes in the Emergence and Recent Spread of the Syphilis Agent, Treponema pallidum. Molecular Biology and Evolution, 2022; 39: 1-9.

33. RONCALLI AG, et.al. Efeito da cobertura de testes rápidos na atenção básica sobre a sífilis em gestantes no Brasil. Rev Saúde Pública. 2021; 55: 94. https ://doi.org/10.11606/s1518-8787.2021055003264.

34. SILVA MAM, et al. Perfil de gestantes diagnosticadas com sífilis. Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis, 2017; 29:54-58.

35. SOEIRO CMO, et al. Syphilis in pregnancy and congenital syphilis in Amazonas State, Brazil: an evaluation using database linkage. Caderno saúde pública, 2014; 30: 715-723.

36. SOUSA SS, et al. Aspectos clínico-epidemiológicos da sífilis gestacional no nordeste do Brasil. Revista Ciência Plural, 2022; 8: 225.

37. SOUZA MT, et al. Revisão integrativa da literatura: o que é e como fazer. Einstein, 2010; 8: 102-6.